LÈVY, Pierre. A nova relação com o saber. Cibercultura. Trad. De Carlos Irineu Costa. São Paulo: Edit. 34, 1999, cap. X, PP. 157-167, (5ª reimp., 2005)
Outros pontos relevantes da obra de Pierre Lévy: (2005)
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a possibilidade de apropriação do fenômeno técnico como sinônimo de liberdade – a rede como metáfora da vida, na qual a cognição é mais que informação, ou aprendizagem racional e individual; confunde-se com a própria existência, e só se realiza mediante interação. Nesse sentido seu pensamento se aproxima ao de Maturana e Varela (1995), que afirmam, numa crítica ao processo de transmissão do conhecimento, que o indivíduo capta ativamente a realidade externa, na medida em que, não sendo um mero objeto, interpreta o que vê ou sente. Assim, é preciso que cada indivíduo refaça a experiência e recrie o mundo, a partir de seu próprio olhar.
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O ciberespaço visto como o espaço que altera a relação sujeito-objeto do conhecimento, fazendo emergir novas formas de pensar, de relacionar-se com o outro, de dar sentido ao mundo, de organizar a sociedade, ao contrário do cartesianismo, que negando as dimensões humanas, privilegia a racionalidade.
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As profundas mudanças na vida cotidiana e nas subjetividades, ao longo da história, decorrentes das ‘tecnologias da inteligência: da oralidade, passando pela escrita até o advento da informática, que potencializa inteligências, sistemas cognitivos e instituições, possibilitando a democratização do conhecimento uma vez a rede não é constituída de um centro de poder, mas de inúmeros centros em que cada indivíduo se constitui em um nó.