Criando um roteiro para dialogarmos com as professoras Inês Barbosa e Nilda Alves - Turma 2013-1

Criando um roteiro para dialogarmos com as professoras Inês Barbosa e Nilda Alves - Turma 2013-1

Criando um roteiro para dialogarmos com as professoras Inês Barbosa e Nilda Alves - Turma 2013-1

Número de respostas: 100
Brincando de entrevistar e ser entrevistado...

Olá turma!boca aberta

De agora em diante vamos fazer um estudo mais sistemático sobre fundamentos e princípios das pesquisa e práticas com os cotidianos escolares. Vamos dialogar um pouco mais com alguns autores. Nesta aula temos duas ótimas entrevistas com as professoras Nilda Alves e Inês Barbosa e outros textos de suas autorias. Vamos conhecer as entrevistas, os textos e simular novas questões para as autoras. Leiam os textos, tragam suas dúvidas, relatos e narrativas cotidianas. todas e todas devem entrar no debate com autoria. Numa próxima aula, teremos a presença das professoras numa webconferência onde teremos a oportunidade de conversasr um pouco mais com as professoras.

Quem abre este fórum?

Aproveitem o recesso, para estudar e curtir o verão carioca.piscando

[]s

Méa
Em resposta à Primeiro post

Re: Criando um roteiro para dialogarmos com as professoras Inês Barbosa e Nilda Alves - Turma 2013-1

por Mirian Amaral -

Olá pessoal,

Iniciamos nosso curso falando sobre cotidianos e sua relação com a cultura. Agora, associamos outra variável às nossas conversas: o currículo. Em busca de síntese, destaco alguns aspectos significativos que surgiram neste ambiente, a partir de nosssas interações e de nosso diálogo com outros pesquisadores.

Fiquem à vontade para pinçar outros aspectos.Vamos lá!

· COTIDIANO não é um lugar de rotina, repetições e reproduções. Consiste num espaçotempo de criatividade, inventividade, negociação e diferenciação, no qual a vida vai passando e as ações humanas se desenvolvendo;

· CULTURA e EDUCAÇÃO caminham de mãos dadas; são faces da mesma moeda. Não há como separá-las. Daí a importância de se trabalhar, nos cotidianos, o dentrofora da escola.

· É preciso valorizar as EXPERIÊNCIAS PRÉVIAS DOS ALUNOS e os SABERES DOCENTES, sejam eles pedagógicos, científicos,tecnológicos, ou relacionados à experiência;

· Aprendeensina-se, em REDE. Na relação com o outro, vamos refinando nossas identidades, ao mesmo tempo em que tecemos nossos conhecimentos.

· CURRÍCULO é uma construção socioeducacional que, em geral, materializa-se nas instituições de ensino como um conjunto de conhecimentos e atividades considerados formativos, de onde decorrem proposições (grade curricular, Diretrizes, parâmetros, projeto pedagógico) para aprendizagens em níveis técnico, político, ético, cultural e estético, numa concepção fechada de educação.

· CURRÍCULOS PRATICADOS; ou seja, aquilo que é efetivamente trabalhado pelos professores em sala de aula, traz uma ideia de abertura a diferentes possibilidades. Nessa perspectiva, todos os integrantes da comunidade acadêmica são vistos como atores curriculares, quando sua participação está relacionada/implicada com as questões curriculares.

Como se vê, há muito a ser discutido. Vamos refletir sobre os assuntos tratados nos novos textos disponibilizados. Compartilhem seus relatos e narrativas. Tragam seus questionamentos para o debate! Vamos aceitar o desafio da profa. Edméa, 'trocar figurinhas', e brincar de ser entrevistador e entrevistado. Dessa forma, poderemos ir delineando nosso roteiro para dialogar com as professoras Inês Barbosa e Nilda Alves.

Abrs.

Em resposta à Mirian Amaral

Re: Criando um roteiro para dialogarmos com as professoras Inês Barbosa e Nilda Alves - Turma 2013-1

por Renata Lopes Marinho de Almeida -
Gostaria de levantar a questão do currículo. Estamos no curso de história vivenciando um momento de pesquisa e preocupação específica com o nosso currículo, montamos uma comissão de reforma curricular, formada com alunos e professores e a partir disso estamos estudando outros currículos e os problemas do nosso.
Acredito que o currículo influencia diretamente o cotidiano e a prática disciplinar. Precisamos nos preocupar com uma estrutura capaz de satisfazer nossas necessidades básicas - voltadas para o aprendizado das disciplinas e etc - e também nossas necessidades pessoais, afinal, acredito que o ambiente escolar, independente do nível, vai muito além da simples experiência de aprender um conteúdo padrão.
A minha preocupação está na forma como conseguimos acoplar essas duas necessidades numa aula. Precisamos estabelecer uma metodologia completa, capaz de gerar no receptor, aluno, um sentimento maior do que simplesmente ter aprendido algo novo, ou seja, fazer com que ele leve esse algo novo para a sua vida fora da escola.
Fiquei encantada com a professora Nilda e acho que precisamos estudar com base as colocações feitas por ela. É preciso muito mais do que um padrão a seguir, precisamos contar com as especificidades, com as particularidades, com a imaginação, ou melhor, com a inovação. Acho que trata-se de se superar em cada aula. 
Em resposta à Primeiro post

Re: Criando um roteiro para dialogarmos com as professoras Inês Barbosa e Nilda Alves - Turma 2013-1

por Karine Costa Maia -
Achei interessante a entrevista da prof Nilda. Quando ela fala de escola e sociedade, penso mais ou menos como ela. A escola não está fora da sociedade, ela está dentro e é mudada pela sociedade q está e a escola tbm muda a sociedade, (produção e reprodução).

A discussão da formação do professor que na universidade é segmentada, o conhecimento é fragmentado onde cada um forma o seu e esquece do outro é algo comum e poucos discute.. pq será???
Criticamos o professor pq ele não sabe mexer nas tecnologias, mas não pensamos como diz Nilsa que muitas vezes esse professor precisar trabalhar em 3 turnos para ganhar um salário digno, que tem centenas de coisas pra fazer e muitas vezes é acusado por não saber, se sente acuado e não tem apoio de ninguém para ajudá-lo.

O professor que sabe e pode trabalhar com uma grande rede hoje na escola (quando ela dá "suporte" para isso) essa rede pode ser livros, jornais, revistas, tv, radio, internet, celular e etc.. que faz com que o ensino se movimente e se renove no seu dia a dia(cotidiano)

Nilda tbm fala da formação do professor que não começa só quando ele entra pra uma licenciatura ou para o normal, estamos em contato com a nossa profissão desde crianças, sabemos oq acontece na sala de aula e como ela "funciona" somos formados pra essa profissão desde que entramos na escola (não estou dizendo que TODO MUNDO possa ser professor)  pela primeira vez. É interessante a professora falar sobre aprendizagem das crianças com as tecnologia, elas aprendem rápido assim pq isso faz parte de sua geração. 


Deixo com vcs 2 videos que achei no Youtube que quando li essa entrevista eu logo pensei neles:

Em resposta à Karine Costa Maia

Re: Criando um roteiro para dialogarmos com as professoras Inês Barbosa e Nilda Alves - Turma 2013-1

por Mirian Amaral -

Karine,

Você destaca pontos importantes da entrevista da profa. Nilda, como:

  • relação escola/sociedade
  • fragmentação do ensino
  • despreparo do professor para o uso de tecnologias/desvalorização
  • trabalho em rede, com ou sem apoio de tecnologias digitais
  • competências docentes
  • facilidade no uso de tecnologias, pelas crianças (vídeos)

  1. Por que você diz concordar 'mais ou menos' com a professora? O que não se 'encaixa', na sua percepção?
  2. Se a relação entre escola e sociedade é de produção/reprodução, nã há espaço para o novo, a criatividade, a inventividade?

Pense nisso!

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Em resposta à Mirian Amaral

Re: Criando um roteiro para dialogarmos com as professoras Inês Barbosa e Nilda Alves - Turma 2013-1

por Karine Costa Maia -
Mirian o mais ou menos foi uma forma de falar, pq ela falou de outra maneira sobre a escola e sociedade... então eu meio q falei com outras palavras com medo de q eu não tivesse entendido completamente..
Produção e Reprodução eu digo de ambos a escola produz e reproduz a sociedade, e a sociedade produz e reproduz a escola não acredito q as relações sejam separadas.

Ps: Mirian vc é tutora daqui?
Ps2: Só perguntei pq vc se colocou muito bem no 1° post
Em resposta à Karine Costa Maia

[Re: Criando um roteiro para dialogarmos com as professoras Inês Barbosa e Nilda Alves - Turma 2013-1

por Mirian Amaral -

Olá. Karine,

Agora você deixou clara sua concordância com o pensamento da profa Nilda. Entendi seu posicionamento acerca da relação escola/sociedade. No entanto, penso que essa relação vai além da simples reprodução, para englobar o novo, o inusitado, o que surpreende.

Sobre sua pergunta, a resposta é sim. Sou uma das professoras-pesquisadoras que participam desse ambiente. Nessa perspectiva, compartilho, questiono, colaboro, formulo e respondo a algumas questões acerca dos processos de formação de professores. Na associação prática-teoria-prática, vou formando e me formando com vocês.

Que bom você ter apreciado meu post. Até mais!

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Em resposta à Mirian Amaral

Mais uma vez apresentando as professoras-pesquisadoras Miriam e Mayra

por Edméa Santos -
boca abertaOlá turma!

Já apresentamos aqui, em outros fóruns, nossas professoras-pesquisadoras Mariam e Mayra. Elas são pesquisadoras e doutorandas do GPDOC - Grupo de Pesquisa Docência e Cibercultura. Trabalhamos juntas na pesquisa em Educação Online. Com elas vamos cocriar conhecimentos, potencializar nossas mediações. Vamos aproveitar!

Mas pensem também que cada estudante aqui presente é em potência um mediador da aprendizagem online. Paulo Freire já nos ensinou que não existe docência sem discência. Em Educação Online então...Dialoguem como todos os presentes aqui, professores e estudantes. Ok?

Karine, parabéns pelas interações provocadas pela Miriam. Pessoal, vamos aproveitar as mediações, vamos nos desafiar a cada dia.

Nossa turma é grande e poucos estudantes estão interagindo. Isso não é bom. Vamos continuar investindo em nossa formação.

  • O que estão achando dessa aula?
  • Como os textos e noções apresentadas estão agregando valor aos saberes que já tínhamos construído?

Espero todos e todas para o debate!piscando

[]s

Méa
Em resposta à Edméa Santos

Re: Mais uma vez apresentando as professoras-pesquisadoras Miriam e Mayra

por Karine Costa Maia -
Falo de uma maneira geral e tenho gostado muito das entrevistas e dos vídeos, pq na sala de aula fisica pelo menos no meu caso é sempre texto e mais texto. Acredito que trabalhar nesta disciplina texto com entrevistas e vídeos tem sido bem interessante. E com a conversa com os alunos e professoras a realidade se aproxima e não fica tão distante.
Em resposta à Edméa Santos

Re: Mais uma vez apresentando as professoras-pesquisadoras Miriam e Mayra

por Lhays Marinho da Conceição Ferreira -
Estou gostando bastante da interação entre vídeos e textos, parece que dinamiza o processo de aprendizado, e chega perto daquilo que gostamos, cibercultura. Além de nos trazer, mesmo que "pelo computador", uma parte do cotidiano escolar, e nos atenta para a experiência de outro que está mais perto, e não só de alguns autores do passado que estudamos na faculdade, que são importantes para nos dar uma base teórica, mas precisamos da prática também e podemos aprender um pouco dela através do relato de outros profissionais.
Em resposta à Lhays Marinho da Conceição Ferreira

Re: Mais uma vez apresentando as professoras-pesquisadoras Miriam e Mayra

por Mirian Amaral -

Oi, Lhays,

É isso mesmo. Os autores que estudamos na faculdade (teorias) continuam sendo importantes; mas é preciso ir além – praticar -, trabalhar o dentrofora da escola, explorando a riqueza dos cotidianos escolares em todas as suas possibilidades. Isso demanda entendê-los, não como um lugar de reprodução e consumo, mas como um espaçotempo de produção, de criação, de inovação, como já ressaltado nesse ambiente.

[ ]s

Em resposta à Edméa Santos

Re: Mais uma vez apresentando as professoras-pesquisadoras Miriam e Mayra

por Daniel Castiajo -

Mesmo parecendo que não estou presente por conta das poucas participações nos fóruns, eu ressalto que este curso online está contribuindo bastante para a minha formação. Eu estou gostando muito das aulas, só achei os textos longos para mim que tenho ainda as disciplinas obrigatórias a cumprir, não sabia que o quinto período seria tão intenso. RsRs! Digo, estou afetado pela transformação provocada pelas últimas leituras acadêmicas. Não posso deixar de citar os textos da professora Nilda Alves e a sua entrevista, que parece tão simples, porém me fez refletir profundamente sobre o meu interesse real na educação, por um lado seria possível pensar a profissão docente como um meio de vida sem qualquer interferência ao modelo fragmentado, a partir das leituras ficou claro a efetiva capacidade de transformação que o professor/pesquisador pode provocar no cotidiano escolar, mesmo que o modelo não favoreça tal inovação.
Enfim, estarei complementando o meu pensamento dialogando com os outros atores deste ambiente virtual, de forma a tentar expor melhor o meu entendimento acerca da aula.

Em resposta à Edméa Santos

Re: Mais uma vez apresentando as professoras-pesquisadoras Miriam e Mayra

por Beatriz Lages de Oliveria -

Olá turma e professoras!

Respondendo às perguntas da Méa:

O que estão achando dessa aula? Como os textos e noções apresentadas estão agregando valor aos saberes que já tínhamos construído?

Vou confessar aqui que logo nos primeiros fóruns achei que não iria me adaptar a essa modalidade de aula, pois é necessário que nós alunos tenhamos uma alta disciplina, o que sabemos que nem todos possuem. Com o passar das aulas e depois do encontro presencial esse sentimento passou, vi que possível aprender e trocar conhecimento dessa forma, como na da dinâmica em sala em que meu conceito de currículo ficou muito mais rico.

Com os textos e noções apresentadas pelas professoras e pela turma é mesma coisa, nosso aprendizado vai ficando cada vez mais rico através das trocas de saberes. Aprendi também que o conhecimento que trazemos é sempre válido, nenhuma noção de currículo ou cotidiano que trouxemos aos fóruns estavam erradas, precisavam apenas de algumas pinceladas ou outras visões para que pudessem chegar a um conceito mais completo. Acredito que esta experiência está sendo ótima para todo o grupo.

Em resposta à Beatriz Lages de Oliveria

Re: Mais uma vez apresentando as professoras-pesquisadoras Miriam e Mayra

por Mayra Ribeiro -
Oi Beatriz e Todos,

Concordo com você, é necessário disciplina em tudo que fazemos, principalmente quando se trata de estudos e formação. A cultura do presencial ainda é muito forte, mesmo quando o online se torna mais interativo. O fato de vivermos em uma sociedade "do controle", nos condiciona a sentirmos a necessidade de horários e atividades fixas. Mas, como você mesma falou nada como viver a experiência para ressignificar esse pensarfazer a educação online.
Tenho certeza que todos nós crescemos muito nessa experiência, nossas redes se ampliaram através dos vários conceitos e interações aqui estabelecidas. E o mais importante, fortalecemos a nossa autoria  expressando o que pensamos,o que interpretamos, concordamos, nos inquietamos... Mas o debate continua, faça sua avaliação aqui e no encontro presencial, diga o que achou, o que pode ser melhor. o que deve permanecer.
Bjs
Em resposta à Karine Costa Maia

Re: Criando um roteiro para dialogarmos com as professoras Inês Barbosa e Nilda Alves - Turma 2013-1

por Mayra Ribeiro -
Karine,
Primeiro quero pensar com você sobre algumas questões suscitadas pela sua percepção da entrevista e texto de Nilda. Sou professora de uma Universidade Pública do Nordeste e estou cotidianamente em contato com professores da educação básica e pública. Já conversei com professores que dizem nunca ter entrado em um teatro ou leram um livro inteiro. Penso que você tem razão quando menciona o salário e as condições do trabalho docente no Brasil, mas o fato não é  só a falta de acesso as tecnologias da informação e do conhecimento, mas sim a falta de cultura em geral, dos quais podemos pensar desde artefatos culturais dos mais diversos às tecnologias em seus usos. Como esse problema será resolvido, temos que pensar, pesquisar, contribuir, não acha?!
Adorei os vídeos postados por você. A criança é naturalmente curiosa, qualquer objeto/artefato colocado em suas mão será explorado por ela, ainda mais com a mediação de uma pessoa mais experiente, como nos fala Vygotsky. Os jovens que nasceram dos anos 90 para cá são parte dessa cultura digital e a tendência é uma imersão cada vez maior. Recomendo um livro muito bom que retrata o cotidiano dos jovens no contexto da cultura digital: "POLEGARZINHA" (Michel Serres). Bjs
Em resposta à Mayra Ribeiro

Re: Criando um roteiro para dialogarmos com as professoras Inês Barbosa e Nilda Alves - Turma 2013-1

por Karine Costa Maia -
Oi Mayra, acredito que sou uma privilegiada por ter estudado numa boa escola e ter tido sempre o contato com diversas culturas(não to querendo ser pedante ou me achar) conheço tbm muita gente que até hoje não leu um livro por inteiro e não se interessa por isso e nem por usufruir da cultura e de procurar saber mais sobre qualquer coisa, tem muita gente que é acomodada( não to falando do caso dos seus professores). No dia a dia eu sei q é praticamente impossível o professor e quem foi tragado mesmo pela vivencia capitalista de tudo na hora, sempre rápido, vc parar, ler, ouvir, falar com o outro.. pensar perde tempo e perder tempo quando se tem várias coisas pra fazer não dá. rs.(Não to colocando culpa no professor)
Eu mesma vejo MUITAS séries que muita gente deve achar uma bobeira e desperdicio de tempo, mas isso é oq me faz relaxar, fazer novos amigos, pesquisar e aprender. Quando não tenho tempo pra vê-las "o sistema" me engole mesmo, e fico sem meu pedaço de cultura. Temos mesmo que ajudar o professor e não só ele, mas a todos a olhar pro mundo e buscar aprender, buscar saber mais 
Noooossa acho q viajei na maionese kkkkkkkkkkkkk
Em resposta à Karine Costa Maia

Re: Criando um roteiro para dialogarmos com as professoras Inês Barbosa e Nilda Alves - Turma 2013-1

por Mirian Amaral -

Karine,

"Viajar na maionese" é dar asas à imaginação, criar e se autorizar. Continue a pensar, refletir "em voz alta", expor suas ideias. Vamos dicutindo e tecendo nossos conhecimentos, nesse ambiente plural, de interação e colaboração.

Em seus posts, você levanta questões bem interessantes, como, por exemplo:

  • falta de tempo/acomodação - a correria diária, assim como o imediatismo e o consumo desenfreado são características da contemporaneidade, e presentes em quaiquer profissões. Mas, nesse borburinho, há os que "fazem a diferença" e os que "apenas reclamam", ou se acomodam, como você bem ressaltou. É da natureza humana.

  • desvalorização docente - você já reparou que uma grande quantidade de pesquisas em educação ressalta as precariedades das escolas e a falta de preparo dos professores, ao invés de destacar o que existe de positivo e funciona nesses espaços? Alguma vez empresas bem-sucedidas vieram a publico, voluntariamente, expor suas mazelas? Como os governantes podem valorizar nosso trabalho, se somos os primeiros a depreciá-lo?

  • uso da tecnologia - bem sabemos que o acesso às tecnologias digitais é importante; mas não basta. Outras variáveis precisam se trabalhadas. Dependendo da forma de apropriação, as tecnologias são grandes alidas, ao potencializarem situações em que professores e alunos pesquisam, discutem e constroem, individual e coletivamente, seus conhecimentos, sem, contudo, garantirem, por si só, a interatividade entre os participantes de um grupo – condição fundamental para que a ação comunicativa se realize. Sobre o seu mau uso ... é isso aí!

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Em resposta à Mirian Amaral

Re: Criando um roteiro para dialogarmos com as professoras Inês Barbosa e Nilda Alves - Turma 2013-1

por Renata Lopes Marinho de Almeida -
Mirian, suas colocações foram perfeitas e me fizeram refletir profundamente sobre o meu posicionamento, muitas vezes passivo, frente ao "mundo" escolar e acadêmico. Quando você colocou a questão do posicionamento e das pesquisas acerca dos bônus existentes nas escolas e na profissão do docente, me fez ver esse cenário de uma forma completamente nova.

Concordo com você, o erro, muitas vezes, começa em nós. Precisamos aprender a valorizar o que fazemos e a partir disso mostrar ao mundo, aos governantes e à própria comunidade o porque somos tão importantes. Precisamos pesquisar esse lado e, assim, contagiar nossos pares. Acredito que uma renovação possa iniciar daí.

Em relação ao uso da tecnologia, acredito que seja preciso criar no aluno essa mentalidade. Desde novo apresentar a ele esse mundo como algo capaz de completar sua vida acadêmica e pessoal até. Mas também acho que isso precisa começar em nós, o melhor ensinamento é o nosso testemunho, nosso exemplo.

Caramba, poderia ficar comentando sem parar, só com base no que você colocou. Mas para ser breve, gostaria somente de agradecer, realmente me senti tocada com suas palavras.
Em resposta à Mayra Ribeiro

Re: Criando um roteiro para dialogarmos com as professoras Inês Barbosa e Nilda Alves - Turma 2013-1

por Renata Lopes Marinho de Almeida -
Mayra, mas quando você fala em "falta de cultura em geral" me preocupa um pouco. O que seria cultura? Entendo as colocações feitas por você e outros membros sobre a leitura e as oportunidades e etc. Mas entendo como cultura, TUDO, desde a coisa mais simples como observar um grafite na rua. Irá depender do público. 

As vezes o livro, ou determinados livros, podem não dizer nada a determinados grupos da sociedade, inclusive professores. Acho que o nosso papel é ter a percepção de saber como chegar ao público que estamos lidando. E talvez desse grupo se reconhecer em seu papel e ser capaz de trabalhar com isso.

São apenas algumas reflexões. 
Em resposta à Karine Costa Maia

Re: Criando um roteiro para dialogarmos com as professoras Inês Barbosa e Nilda Alves - Turma 2013-1

por Fabiana Vieira -
Após a leitura e a análise dos textos eu concordo com seu ponto de vistas, perante a situação dos professores por uma certa dificuldade não conseguem utilizar os meios tecnológicos, para utilizarem na sala de aula. E quando vi seu ponto de vista, lembrei de uma aula que tive no primeiro período sobre tecnologia na educação.
E lembro bem dos debates, sobre esse tema, e vem na minha mente que a professora disse que tinha caso de professores que realmente se recusavam a aceitar utilizar esses meios tecnológicos, e eram por dois motivos: um dois pontos eram porque não conseguiam realmente utilizar esses e outro é porque achavam que essas tecnologias iam tomar conta do lugar deles, e fora que os alunos com mas acesso as informações por causa do acesso a internet traziam mais duvidas e as vezes os professores ficavam com receio. Dai vem alguns dos motivos, que alguns professores não aceitam. 
Em resposta à Primeiro post

Re: Criando um roteiro para dialogarmos com as professoras Inês Barbosa e Nilda Alves - Turma 2013-1

por Fabiana Vieira -
Olá a todos, bom não é nada relacionado a matéria, mais queria avisar se alguém que mora na região de realengo bangu valqueire, tenha muito cuidado, ontem passei por um momento horrível, a van que eu estava foi sequestrada por um casal de negros e a mulher estava grávida, ambos bem favelados, pediu que o motorista levassem todos para uma favela na Av. Brasil, e certo momento roubou todos e saltou em algum ponto, prestem bastante atenção pois eles são perigosos.
Em resposta à Fabiana Vieira

Re: Criando um roteiro para dialogarmos com as professoras Inês Barbosa e Nilda Alves - Turma 2013-1

por Marta Maria dos Santos Gonçalves -
Oi Fabiana.
Gostaria de saber se você está bem?
Está precisando de alguma coisa?
Em resposta à Marta Maria dos Santos Gonçalves

Re: Criando um roteiro para dialogarmos com as professoras Inês Barbosa e Nilda Alves - Turma 2013-1

por Fabiana Vieira -
Agora sim, ainda um pouco assustada, mas vou superar. Não preciso de nada muito obrigada pela preocupação.

Todos tenham cuidado...
Em resposta à Fabiana Vieira

Re: Criando um roteiro para dialogarmos com as professoras Inês Barbosa e Nilda Alves - Turma 2013-1

por Mirian Amaral -

Olá, Fabiana,

Espero que você já tenha se refeito do susto, e aproveite para relaxar um pouco nesse final de semana.

Você afirma, que sua mensagem nada tem a ver com a "matéria". É isso mesmo? Não seria esse um exemplo claro de como não se pode separar o 'dentro' e 'fora' da escola, dado que tudo se imbrica?

Esse e tantos outros acontecimentos -positivos ou não - adentram os cotidianos escolares, sem pedir 'licença' aos currículos instituídos. O que fazer...ignorá-los?

A violência está em todas as camadas sociais e se expressa de diferentes formas. Que 'lições' podemos tirar dessa experiência? Como trabalhar essas questões em nossos cotidianos, sem que se dicotomizem os currículos (formal/praticados)?

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Em resposta à Mirian Amaral

Re: Criando um roteiro para dialogarmos com as professoras Inês Barbosa e Nilda Alves - Turma 2013-1

por Fabiana Vieira -
Sim to me recuperando do acontecido ainda um pouco com medo em sair de casa sozinha.

Sim concordo com o que você falou, não relacionado diretamente com a matéria sim indiretamente, mas isso sim ta em sala de aula pois além de ensinar, estamos em contato com o cotidiano de cada aluno indiretamente e isso influência sim na sala de aula.
Não podemos deixar de lado esses acontecimentos, pois isso ta mais do que em nossos cotidianos e trabalhamos isso em aula, não podemos ignorar de maneira alguma esses acontecimentos. O que posso tirar deste acontecimento e essa experiência em compartilhar com vocês o que aconteceu comigo, é que temos que prestar mas atenção o que acontece fora da matéria fora do espaço escolar, pois isso ta ligado a nossa rotina escolar, infelizmente a violência está estampada de todas as formas no meio escolar e social, e forma que podemos tratar esses assuntos, de uma forma que não influencie diretamente no currículo escolar, ao meu ponto de vista e compartilhar o que se passa, e assim procurar esclarecer e ensinar como passar e lhe dar com isso, pois é na troca de conhecimentos e de vivencia que aprendemos a lidar com a vida e o que ela nos reserva.

Não sei consegui compartilhar do meu ponto de vista, de uma forma esclarecedora.

Obrigada pelo apoio.



Em resposta à Primeiro post

Re: Criando um roteiro para dialogarmos com as professoras Inês Barbosa e Nilda Alves - Turma 2013-1

por Thaís Trindade -
A partir da leitura do texto de cultura de cotidiano escolar, da Nilda Alves quando ela aborda o cotidiano da escola como uma "caixa preta" em que apenas através de estudos específicos podemos entender essa realidade. Além disso, concordo com ela quando diz que muitas vezes não se sabe muito sobre a realidade escolar. Com isso, esse cotidiano é difícil de ser explicado e transcrito por muitos, pois não é a rotina diretamente falando é o a autora traz como espaçotempo educativo. Em que em alguns momentos vale a pena mostrar a correção, a calma e a disciplina dos alunos e professora; mas também vale a pena mostrar a indisciplina, o castigo, a incapacidade de controle do grupo pela professora. Como Mirian nos resume muito bem.
Acerca do texto O currículo no cotidiano escolar o que mais chamou me minha atenção foi em um certo momento da entrevista de Corinta em que ela discuti sobre saberes e principalmente dos saberes acumulados trazidos não só pelos alunos, mas por nós educadores. Além disso, pensar no currículo para realmente formar um sujeito crítico e fora dos "achismos" presentes na sociedade. A partir das minhas aulas de didáticas consegui incorporar isso em todas as aulas que tenho a oportunidade de ministrar.
Com isso, podemos associar tal tema ao texto de Currículos praticados: regulamentação e emancipação no cotidiano escolar. Pois, como a própria professora Inês o inicia, o estudo ao qual ela mais se dedica é sobre as práticas reais do currículo e me remeto assim ao discurso da Karine sobre o grande avanço das tecnologias no cotidiano escolar e das influencias delas nesse cotidiano.
Em resposta à Thaís Trindade

Re: Criando um roteiro para dialogarmos com as professoras Inês Barbosa e Nilda Alves - Turma 2013-1

por Mirian Amaral -

Thaís,

Você ressalta alguns pontos interessantes no material consultado:

  • o cotidiano como uma 'caixa preta'
  • a importância dos saberes docentes e discentes
  • formação do sujeito crítico
  • currículos praticados
  1. Se o cotidiano é uma 'caixa preta', que guarda diferentes realidades, de que forma podemos desvelar 'as realidades não visíveis' nesses cotiadianos, pelo menos a olho nu'? Quem é (são) o(s) guardião(ões) da chave capaz de abrir essa caixa?
  2. Que estratégias e práticas cotidianas você tem utilizado para desenvolver o pensamento crítico de seus alunos, em suas aulas de didática. Fale-nos um pouco de sua experiência nessa direção.

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Em resposta à Mirian Amaral

Re: Criando um roteiro para dialogarmos com as professoras Inês Barbosa e Nilda Alves - Turma 2013-1

por Thaís Trindade -
Olá Mirian, então penso que somente o professor que está em sala de aula conseguiria desvelar essas realidades. No entanto, como os pesquisadores que estudam o cotidiano conseguiriam também ter a chave dessa caixa? Visto que quando há uma pessoa diferente em sala de aula já temos uma outra realidade. Mas também esse pesquisador pode ser o próprio professor e ele junto aos alunos seriam os únicos que teriam a chave dessa caixa preta.
Com relação a essas estratégias e práticas, o que eu faço com os alunos quando tenho a oportunidade é saber o que eles sabem sobre o tema que estarei discutindo naquela aula. A partir das diferentes falas que eles trazem inicio o conteúdo de uma forma, pois em um mesmo segmento os pontos que chamam mais a atenção das crianças são completamente diferentes uns dos outros. Então por exemplo, em uma aula de história que eu dei sobre direitos e deveres dos cidadãos na sociedade em uma turma de 4° o foco foi o que eles devem fazer na escola e o que eles tem o direito de reclamar. Já na outra turma, as crianças mantiveram a discussão acerca do que achavam que os adultos deviam fazer para melhorar a sociedade e o planeta. Com isso, em um mesmo tema tive duas abordagens diferentes. E uma coisa que sinto falta na escola em que trabalho, algumas vezes, é os professores pararem para ouvir o que o aluno tem a dizer sobre o que ele está aprendendo ou já aprendeu ou simplesmente vivenciou. 

Em resposta à Primeiro post

Re: Criando um roteiro para dialogarmos com as professoras Inês Barbosa e Nilda Alves - Turma 2013-1

por Mariana Trindade Gonçalves -
Onde estão as entrevistas(textos) não to achando !!!
Em resposta à Mariana Trindade Gonçalves

Re: Criando um roteiro para dialogarmos com as professoras Inês Barbosa e Nilda Alves - Turma 2013-1

por Renata Viana da Fonseca -
Correção, na página cotidianos.. Lá tem todos os fóruns e materiais disponíveis
Em resposta à Mariana Trindade Gonçalves

Re: Criando um roteiro para dialogarmos com as professoras Inês Barbosa e Nilda Alves - Turma 2013-1

por Marta Maria dos Santos Gonçalves -
Em resposta à Primeiro post

Re: Criando um roteiro para dialogarmos com as professoras Inês Barbosa e Nilda Alves - Turma 2013-1

por Karine Costa Maia -
Não sei se entendi muito bem, é pra tbm elaborarmos perguntas pra fazermos as pesquisadoras???
Em resposta à Primeiro post

Re: Criando um roteiro para dialogarmos com as professoras Inês Barbosa e Nilda Alves - Turma 2013-1

por Bárbara Castanheira Pires -
Tenho uma questão, mas não sei se ela será pertinente ...
Eu gostaria de saber como as pesquisas sobre cotidiano são feitas... 
As professoras costumam acompanhar uma turma, um trabalho, um projeto? 

Em resposta à Bárbara Castanheira Pires

Re: Criando um roteiro para dialogarmos com as professoras Inês Barbosa e Nilda Alves - Turma 2013-1

por Thaís Trindade -
Olá Bárbara, tive esse mesma dúvida. Como os pesquisadores da área do cotidiano fazem para pesquisar? Normalmente pesquisam na turma em que lecionam, tem abertura com a professora de uma turma e dialogam com ela e com os alunos? Qual o tempo necessário para efetuar uma pesquisa na área de cotidiano?
Em resposta à Thaís Trindade

Re: Criando um roteiro para dialogarmos com as professoras Inês Barbosa e Nilda Alves - Turma 2013-1

por Mariana Trindade Gonçalves -
Thaís e Bárbara, também tive essa dúvida.. mas lendo o texto da Inês, ela diz quase no final como se deu a pesquisa, que foi através de observação e entrevistas com os professores..E a pesquisa dela foi de agosto de 2011 a dezembro de 2012. Agora, o tempo necessário acho que cada pesquisador decide isso, ou não ? Também não sei rs
Em resposta à Mariana Trindade Gonçalves

Re: Criando um roteiro para dialogarmos com as professoras Inês Barbosa e Nilda Alves - Turma 2013-1

por Mayra Ribeiro -
Mariana,
O tempo de uma pesquisa depende de uma série de fatores, desde a pergunta que encaminha a pesquisa até o tempo em que os sujeitos envolvidos tem para concluir sua pesquisa, ou seja, não existe o tempo certo ou o tempo ótimo para a realização de uma pesquisa com os cotidianos. Quanto a metodologia, vai depender da concepção de ciência, do propósito da pesquisa, então, pode ser utilizado registros fotográficos, entrevistas, observações, e, no caso da pesquisa formação, o professor pesquisa sua própria prática, registrando, refletindo, dialogando...
O que me parece importante pensar também é sobre possíveis incoerências de pesquisas que dizem se aproximar de uma perspectiva teórico epistemológica e utilizam práticas metodológicas contraditórias. Por exemplo, será coerente uma pesquisa com os cotidianos na qual o pesquisador envia de casa questionários para serem respondidos? Ou uma pesquisa que não "olhaescutasente" o espaço da escola com suas narrativas?
Vamos ao diálogo!! Bjs
Em resposta à Bárbara Castanheira Pires

Re: Criando um roteiro para dialogarmos com as professoras Inês Barbosa e Nilda Alves - Turma 2013-1

por Mayra Ribeiro -
Bárbara, Thaís, Mariana e demais

Gostei muito das inquietações de vocês e apesar de Méa ter colocado questões esclarecedoras, quero também problematizar um pouco. O que diferencia a pesquisa com os cotidianos de outras pesquisas? Qual o papel da ciência na pesquisa com os cotidianos? Que saberes para além dos científicos estão implicados na pesquisa com os cotidianos? Essas questões nos levará a uma outra: qual a potência da pesquisa com os cotidianos, como pode contribuir com a melhoria da escola, da formação do docente, dos alunos?
Em resposta à Primeiro post

Re: Criando um roteiro para dialogarmos com as professoras Inês Barbosa e Nilda Alves - Turma 2013-1

por Gabrielle Carvalho de Aragão Santana -
Na entrevista com a Nilda Alves, achei interessante toda a entrevista, mas achei a questão da religião uma boa questão, já que muitos pesquisadores/professores tem um certo receio nessa questão.
Assim como a Nilda, eu entendo que cada um tenha a sua religião, mas defendo as escolas laicas, porque religião é uma demonstração de fé, nunca uma forma de causar desentendimentos, raiva, rancor... Infelizmente, a história mostra que desde muito tempo que existem brigas por causa da religião.

Hoje em dia é difícil encontrarmos uma escola totalmente laica... As vezes, essas instituições até se denominam laicas, porém tem certos símbolos, como a cruz ou santos.

Eu perguntaria pra ela, ainda sobre essa questão. Eu entendo a necessidade de não existir a religião dentro da escola para as brigas serem evitadas. Porém, como trabalhar a diversidade de religiões e o respeito que se deve ter com cada uma delas, entendendo que cada um tem a sua religião, tem seus ritos, tem seus costumes e não devem ser julgado por isso?
Normalmente, quando as escolas católicas tem aula de religião, são abordados apenas sobre a religião católica, e isso acontece em escolas de todas as religiões. As escolas laicas não poderiam ter uma aula, não de "religião", mas que pudesse abordar as diversidades de religiões que existem e mostrar que cada uma é diferente da outra, mas é preciso o respeito?
Em resposta à Gabrielle Carvalho de Aragão Santana

Re: Criando um roteiro para dialogarmos com as professoras Inês Barbosa e Nilda Alves - Turma 2013-1

por Fabiana Vieira -
Gabrielle.


Isso que você trouxe em relação a religião eu ainda não tinha me atentado a esse assunto, mais isso ta mas do que no cotidiano escolar.
Quando falaram que iam começar a lecionar ensino religioso nas escolas públicas, eu não concordei pois, se o nosso ensino é laico, o porque desse ensino religioso, pois em uma turma não existem somente católicos, evangélicos e outras religiões, então para esses professores não criarem um ambiente ruim eles necessitam ser flexíveis.

Precisamos de mais educação e não educação religiosa, não sei se estou sendo radical neste ponto, mais precisamos investir no ensino geral. 
Em resposta à Primeiro post

Re: Criando um roteiro para dialogarmos com as professoras Inês Barbosa e Nilda Alves - Turma 2013-1

por Mariana Trindade Gonçalves -

A prof.ª Nilza usa a tecnologia como foco em sua pesquisa sobre o cotidiano, o que é  importantíssimo, já que está muito presente hoje em dia e os alunos estão inteiramente e literalmente conectados à ela. Penso que a tecnologia veio para ajudar, facilitar. Creio que não seja essencial, mas mesmo quem não usufrui dessa tecnologia, acaba sendo obrigado a adentrar nela, pois a mesma veio de uma maneira tal, devastadora de que quem não se adéqua  com a presença da tecnologia, acaba sendo excluído, é adjetivado negativamente. E concordo com que a Karine diz que o prof. é criticado por não saber usar a tecnologia, por isso creio que já que se é cobrado,é importante também que se crie oportunidades e programas de aperfeiçoamento sejam disponibilizados aos mesmos. Então minha pergunta é:  existe algum programa que dê esse suporte tecnológico ao professores? Se sim, como ele funciona? Sei que os professores estaduais têm um notebook dado pelo governo,sem entrar na questão política desse "presente"(rs),seria já uma prática tentando incluir a tecnologia no cotidiano desses professores?   


Sobre o que a Inês discute: 

“...é preciso desaprender para voltarmos a aprender (pp. 382–383). É preciso romper alguns dos nós cegos de nossas redes de saberes, nós reguladores do que podemos perceber, nós que cristalizam nossas redes de conhecimentos tornando-as ilusoriamente completas e, metodologicamente inoperantes, porque imóveis.” 

 A autora fala desse trecho, como um processo necessário para entender o cotidiano escolar,uma ruptura de saberes prévios e é dessa forma em que a mesma vem mentalmente preparada para entrar em sua pesquisa, para não criar,  rótulos, pensamentos pré-concebidos e se fechar/negar diante de alguma informação que venha surgir durante sua pesquisa. Apesar de estar relacionando apenas ao cotidiano, estendo essa questão para além, para o currículo que temos na escola, e também para o currículo que temos na nossa formação de professores e penso que nós como professores, muitas das vezes nos deixamos levar apenas por atitudes que achamos que é o certo, é o que convém para determinadas práticas e não tentamos buscar outras maneiras de ver o que já conhecemos. Não tentamos buscar entender o fenômeno por si só, sem concepções pré-estabelecidas. Penso que aprenderíamos muito mais e ainda poderíamos proporcionar aos nossos alunos um trabalho muito melhor. Mas acredito que também não é uma tarefa fácil, pois  abandonar o que é pra si uma referência ,uma concepção, uma ideologia, nem que seja apenas para buscar que o fenômeno  se mostre por si só, e aí sim a partir disso relacionar com os conhecimentos que temos, é uma questão até histórica, vivemos num sistema educacional vicioso,em que acabamos repetindo o que aprendemos, e vai passando de geração em geração. Aí entra o conflito que a autora também aborda em seu texto acerca de “currículos tradicionais” e as ditas propostas inovadoras, “progressistas ”. 


Concordo plenamente com a prof.ª Inês ao dizer que: “Assim, ampliando a compreensão sobre quem são e o que fazem essas professoras, podemos contribuir com o desenvolvimento do campo dos estudos curriculares, no que ele se refere aos currículos reais, praticados por professores reais nas escolas reais para além das normas curriculares formuladas pelas autoridades educacionais.”   

 É entendendo o que se passa no cotidiano escolar e as pessoas envolvidas nesse processo  que são :alunos, professores,família e cultura é que podemos pensar como elaborar adequadamente o currículo. Vejo muito isso na própria Universidade, há muitos currículos defasados,que não atendem o que realmente vivenciamos, esse tipo de pesquisa deveria haver também na Universidade. Então lanço a minha pergunta: Há pesquisas desse âmbito voltados para os currículos universitários ? Ou há alguma pretensão de desenvolve-los ? Porque penso que seria de grande valia esse tipo de pesquisa se estender para outros segmentos. 

Em resposta à Mariana Trindade Gonçalves

Re: Criando um roteiro para dialogarmos com as professoras Inês Barbosa e Nilda Alves - Turma 2013-1

por Rodolpho Silva -
No Estado eu não sei, mas no município eu já observei funcionários da CRE oferecendo suporte aos professores. Se eu não me engano nesse dia eles estavam mostrando como fazia para lançar as notas dos alunos. Sei também que o município banca cursos de aperfeiçoamento para os professores da rede municipal, porém não sei se esses cursos são destinados a questão levantada por você Mariana!




Em resposta à Rodolpho Silva

Re: Criando um roteiro para dialogarmos com as professoras Inês Barbosa e Nilda Alves - Turma 2013-1

por Rodolpho Silva -
Boa Noite,
Vocês conhecem a Educopédia?
O site da educopédia fica disponível para qualquer pessoa acessar. O endereço é: http://www.educopedia.com.br/

No site tem aulas pré programadas do 1°ao 9°ano do ensino fundamental, aulas da educação infantil,  Jovens e adultos, Educação especial e cursos para professores!
No mesmo link podemos acessar a Educoteca. A Educoteca disponibiliza, livros, contos, fábulas para os alunos lerem, com trilha sonora, narração e glossário!

Para acessar os conteúdos devemos entrar como visitante. Os professores da prefeitura do RJ podem  acessar com a sua senha individual!

A prefeitura oferece aos professores treinamento para trabalhar com o Educopédia!




Em resposta à Rodolpho Silva

Re: Criando um roteiro para dialogarmos com as professoras Inês Barbosa e Nilda Alves - Turma 2013-1

por Juliana Rebelo -
Ahh, eu conheci a Educopédia em uma disciplina eletiva.
Achei a proposta interessantíssima. E já até falei sobre ela para alguns alunos da escola que fiz estágio uma vez. 
Ela oferece ao aluno um recurso que pode ajudá-lo muito no seu estudo diário e fora da escola. 

Acho muito interessante que os professores saibam e possam divulgá-lo aos alunos e aos pais. 

Em resposta à Mariana Trindade Gonçalves

Re: Criando um roteiro para dialogarmos com as professoras Inês Barbosa e Nilda Alves - Turma 2013-1

por Pollyana Fernandes -
Essa questão dos notebooks dados pelo governo que a Mariana falou me chama atenção. Ao meu ver, é clara a tentativa sim de incluir os professores no "mundo da tecnologia", mas não é o que vi acontecer na prática quando fiz estágio por algum tempo em duas escolas estaduais da Baixada Fluminense.

Nunca observei nenhum professor os notebooks em sala na tentativa de uma aula mais interessante para os alunos, incorporar alguma inovação na dinâmica ou até mesmo consulta a dúvidas que poderiam surgir durante a aula.

Na primeira escola, a rede wi-fi da escola funcionava perfeitamente, havia um laboratório de informatica com vários computadores legais até, mas nenhum professor utilizava ou incentivava o uso por parte dos alunos. Presenciei casos até engraçados na aula de certo professor, pois estava vazia e o mesmo já sabia que os alunos estavam no laboratório e foi busca-los para que voltassem para a sala e dar uma aula nada atrativa, ao invés de pensar em usar o local onde os alunos já estavam e criar novas possibilidades de aprendizado.
Com esses professores vi de tudo um pouco, professor que assumia que o notebook estava parado em casa pois não sabia utilizar, outros que repassaram o presente para filho, alguns que diziam que aquilo não adiantava de nada para manter os alunos focados na aula e só atrapalharia a disciplina deles...
A escola oferecia os recursos mas os professores se distanciavam deles por N motivos diferentes, desde não saber utilizar até não acreditar no potencial que eles poderiam ter com uma mediação adequada.

Na segunda escola que estagiei, acontecia o inverso. Os professores procuravam inovações, procuravam incorporar novas e diferentes atividades, reconhecendo o uso das tecnologias como benéfico para a aprendizagem, mas não era possível pela falta ou má conservação de recursos, mal funcionamento da rede wi-fi e outros.

Também gostaria de saber se existe algum programa de aperfeiçoamento docente sobre as tecnologias proposto pela rede pública ou alguma forma de capacitação.
Já ouvi comentários de professores sobre "cursos" oferecidos pelo governo, que até dava uma gratificação no salário e muitos faziam por isso, só não entendi e nunca consegui saber direito como funcionava.
Em resposta à Pollyana Fernandes

Re: Criando um roteiro para dialogarmos com as professoras Inês Barbosa e Nilda Alves - Turma 2013-1

por Fabiana Vieira -
Olá.
Bom eu estava lendo sua resposta e logo vei na minha cabeça o que minha madrinha e uma tia falaram sobre esse notebooks dados pela prefeitura e os cursos que eles oferecem.
Bom o que elas passaram para mim é que tem medo de usar o computadores nas salas por causa de roubas pois professores já haviam sido assaltados e de forma violenta, sei que isso não é desculpa para não utilização de novas formas de inserir tecnologias nas salas de aulas mas realmente é complicado quando ha resistência.
E em relação aos cursos, elas tem até interesse minha madrinha até fez e minha tia não fez pelo fato ser de ser no flamengo e ela morar na baixada e ser a noite, como já disse em sala de aula as vezes eles querem fazer os cursos mas quando eles tem oportunidades é muito longe da sua casa ou outros diversos fatores.
Em resposta à Primeiro post

Re: Criando um roteiro para dialogarmos com as professoras Inês Barbosa e Nilda Alves - Turma 2013-1

por Caio Abitbol Carvalho -
Olá, boa noite a todos e a todas.
Apos ler a entrevista e os textos, uma coisa me chamou bem a atenção, que foi esta:
"Salto – Alguns críticos dizem, por exemplo, que a escola não acompanhou os avanços da sociedade. Você concorda com essa afirmação?
Nilda Alves – O que eu acho é que isso é impossível. Antes se dizia que a escola tinha muros que a fechavam do resto da sociedade. É uma grande invenção do início do século XIX, mais precisamente da Escola Nova, e que nós repetimos até o fim como se fosse "verdade verdadeira" e como se isso fosse possível. Nós todos, cada um de nós que vai para a escola, vai com tudo aquilo que aprendeu fora da escola, com tudo o que acredita, com o que faz. Obviamente, a escola nunca teve muros, a escola avança como avança toda a sociedade, com os dramas da sociedade, com as dificuldades da sociedade, com a incapacidade de dar soluções a problemas graves que a sociedade tem. Essa escola que está aí é fruto de uma sociedade em crise, como a gente estava dizendo anteriormente. Eu costumo dizer, com frequência, quando as pessoas dizem que nós estamos em crise, eu digo que nós continuamos em guerra, como em meados do século XIX, e somos incapazes de não fazer essas guerras terríveis que ceifaram vidas, milhões de vidas, cada uma das vezes em que as guerras foram feitas."

A minha pergunta entra na questão do currículo, e propriamente da escola.
Quanto mais a escola se democratiza( e isso é completamente correto), mais ela esta "vulnerável" a problemas da sociedade. Mais os problemas da sociedade entram no ambiente escolar. Essa escola, que é mais democrática que a antiga, enfrenta novos problemas, que antes não se era enfrentado. Hoje, o professor se depara com uma nova realidade de aluno. Para a senhora, as faculdades que formam professores, ainda pecam no que diz respeito a teorias, e dar base sobre os problemas atuais, dessa nova conjuntura?
Em resposta à Caio Abitbol Carvalho

Re: Criando um roteiro para dialogarmos com as professoras Inês Barbosa e Nilda Alves - Turma 2013-1

por Edméa Santos -
boca abertaOlá turma!

Olá Caio!


Os cursos de formação de professores, em geral as licenciaturas, ainda estão focados no ensino de seus conteúdos científicos específicos. Aprendemos a ser professores muito mais quando atuamos profissionalmente. Aprendemos com nossos alunos, colegas de trabalho. Mas aprendemos também com a atualização de nossas memórias pessoais de alunos que fomos e de professores que tivemos. Damos mais sentido e valor também ao que aprendemos na universidade.

Mas a grande maioria dos cursos de formação inicial , pouco interagem com as redes educativas em geral, muitos nem chegam a compreender as realidades escolares. Mas isso tem mudado. As diretrizes curriculares nacionais deram uma grande contribuição para a reestrituração dos cursos. Por outro lado, temos que avaliar "os curriculos praticados" nas universidade.

Vamos aproveitar as disciplinas e atividades que vão além dos conteúdos escolares. Por exemplo, estamos tentando construir aqui , em nosso curso online, um currículo diferenciado.

  • Mas quantos alunos estão efetivamente participando?
  • Muitas vezes não aproveitamos as formações que estão em emergência. Temos preguiça das novidades?
  • Por que será que valorizamos mais as práticas que tanto criticamos?
  • Vamos pensar juntos? Estou falando besteira?

[]s

Méa
Em resposta à Edméa Santos

Re: Criando um roteiro para dialogarmos com as professoras Inês Barbosa e Nilda Alves - Turma 2013-1

por katia prado -

Bom dia! Tenho que concordar com a Edméa, muitas vezes temos preguiça sim, de aprender coisas novas, e eu falo por experiência própria, mas, não é só preguiça a razão de nossas recusas, ao que é novo em parte, isso é conseqüência da vida corrida que levamos, da falta de tempo para nos dedicarmos as novas descobertas. 

 Esta disciplina online, foi uma ótima alternativa, eu diria que mais que uma alternativa, uma oportunidade! Oportunidade de vivenciar  o desenvolvimento de um currículo diferenciado do que estamos acostumados, com atividades onde as pessoas interagem, trazendo suas construções e reconstruções do conhecimento, partilhando com os outros suas dúvidas e indagações, contribuindo desta forma, para a o desenvolvimento do grupo. Isso é oportunidade que poucos tem, infelizmente!


Em resposta à Edméa Santos

Re: Criando um roteiro para dialogarmos com as professoras Inês Barbosa e Nilda Alves - Turma 2013-1

por Lhays Marinho da Conceição Ferreira -
Penso que se As diretrizes curriculares nacionais deram uma grande contribuição para a reestruturação dos cursos, podemos então acreditar que um aluno que sai do Rio Grande do Sul para morar no Acre terá o mesmo padrão de curso? Ou o mesmo conteúdo? O currículo é o mesmo? As diretrizes restruturam o curso, mas como? Fiquei com essa dúvida, espero que não tenha saído muito do debate... 

Inês Barbosa, afirma no seu texto "Currículos praticados: regulação e emancipação no cotidiano escolar" que: [...] entendemos ser impossível avaliar as práticas curriculares através de mecanismos que essencializam e dicotomizam os fazeres [...]. Então como avaliar as práticas curriculares? 

Em outro texto ela faz referência a um currículo oculto que tem a ver com a religião, mas ele só se estabelece por meio da religião? Há outros meios? 

Além disso, muitos falam em mudança mas poucos contribuem para que isso aconteça de fato. Temos essa disciplina como exemplo, podemos ter 50 alunos inscritos que aparentemente queriam estudar de forma diferente acompanhando um currículo diferenciado, mas se 25 participam dos fóruns é muito... Por preguiça? Pode até ser. 
Seria mais fácil sentar numa cadeira e copiar o que o professor diz e escreve no quadro, continuando com as práticas que estamos cansados de vivenciar e que sempre criticamos? porque é isso que vem acontecendo.
Acho que essas indagações são válidas e pertinentes no âmbito acadêmico...


Em resposta à Lhays Marinho da Conceição Ferreira

Re: Criando um roteiro para dialogarmos com as professoras Inês Barbosa e Nilda Alves - Turma 2013-1

por Mirian Amaral -

Oi, Lhays,

Seu estranhamento, em relação aos PCN é legítimo, pois essa é uma grande contradição, dado que esses testes/provas de avaliação, como, por exemplo, o SAEB, não levam em conta a própria flexibilização proposta nos DCN. Dessa forma, os resultados auferidos nesses instrumentos, além de arranharem a imagem das escolas, expõem fragilidades dos alunos e revelam muito pouco sobre seus desempenhos. Diante desse impasse, na sua percepção, a partir 'de que lugares' e 'como' os sistemas de ensino poderiam ser avaliados, tendo em vista a construção de políticas públicas?

Sobre a menção a um currículo oculto que tem a ver com a religião,feita por Inês, você indaga se ele só se estabeleceria por meio da religião, e se haveria outros meios.

O currículo ‘oculto’ a que se refere Inês Barbosa diz respeito às diferentes formas como os currículos são postos em ação. A religião é só um exemplo.

O que ela quer ressaltar é que é preciso pensar para além da linearidade e sequenciação próprias dos currículos formais; pensar o real como um todo, apreendê-lo na sua unidade e multiplicidade; pensar o imprevisível, o recursivo, aquilo que não se enquadra nas concepções tradicionais de causa/efeito. Enfim, romper definitivamente as barreiras disciplinares, e construir uma ciência pluridimensional e transdisciplinar; privilegiar o conhecimento como totalidade (MORIN e LE MOIGNE, 2001).

Veja, por exemplo, o vídeo, a seguir. Por que não 'pedir licença' aos currículos formais, e articulá-lo aos elementos do vivido, pois tudo se entrecruza e se imbrica para formar uma teia de relações, sem que essa, contudo, destrua a variedade e a diversidade das complexidades que a teceram.

Que pontos de contato poderíamos estabelecer entre o conteúdo exposto no vídeo (

) e o currículo formal? Que temas poderiam ser trabalhados, a partir dele?

Convido todos a pensarem e se expressarem aqui.

[ ]spiscando

Em resposta à Edméa Santos

Re: Criando um roteiro para dialogarmos com as professoras Inês Barbosa e Nilda Alves - Turma 2013-1

por Talita Flavia Sodre da Silva -
Bem acredito que a professora não está falando nenhuma besteira. E na verdade estes apontamentos são pertinentes a nossa própria formação como professores.
De fato mudanças podem ser, como li em um livro ainda pequena, dolorosas e demoradas. Na verdade falo isso devido a minha própria formação dentro da faculdade. Assim que comecei a faculdade de pedagogia fiz como muitos fazem nos primeiros períodos grandes críticas em relação a escola e as práticas dos professores. Quando entrei em uma escola municipal aqui no Rio para fazer estágio percebi uma grande mudança no meu próprio pensamento. Ainda discordo de muitas coisas dentro da escola, em relação a prática dos professores, mas minhas críticas hoje são menos ingênuas. Primeiro percebi o quanto é difícil mudar algumas atitudes que se tornam verdadeiros hábitos e percebi também o quanto é complexa a prática do professor. Algumas vezes as novidades nos tiram do nosso lugar de conforto e talvez este seja o medo de muitos. É claro que precisamos pensar para além de tudo isso e perceber o quanto a fala dos nossos colegas na faculdade, a opinião dos nossos alunos e até mesmo os "concelhos"  de professores mais experiente influencia diretamente na minha própria formação.
Tudo isso me fez lembrar a fala de um professor aqui da Uerj que me disse certa vez: "a sala de aula pode ser extremamente solitária para um professor" e de fato percebo que realmente muitas vezes isso acontece. O que eu tento fazer em todo tempo que estou na faculdade é criar mecanismos que me tirem do meu próprio lugar de conforto para que minha prática como professora seja uma simples reprodução de práticas de professores que tive.
Em resposta à Edméa Santos

Re: Criando um roteiro para dialogarmos com as professoras Inês Barbosa e Nilda Alves - Turma 2013-1

por Mariana Trindade Gonçalves -
Acho que a professora não está falando nenhuma besteira não. 
Muitas vezes por preguiça ou por não querer experimentar o novo não usufruímos dessas novidades. Realmente é muito comum ouvir críticas da estrutura que vivenciamos, mas tentar mudar, ou tentar experimentar outro modelo, oportunizar-se ao que é diferente e que pode ser bem proveitoso é raro.  
Em resposta à Mariana Trindade Gonçalves

Re: Criando um roteiro para dialogarmos com as professoras Inês Barbosa e Nilda Alves - Turma 2013-1

por Ana Paula Roza da Silva -
Mariana Trindade disse ''Acho que a professora não está falando nenhuma besteira não. 
Muitas vezes por preguiça ou por não querer experimentar o novo não usufruímos dessas novidades. Realmente é muito comum ouvir críticas da estrutura que vivenciamos, mas tentar mudar, ou tentar experimentar outro modelo, oportunizar-se ao que é diferente e que pode ser bem proveitoso é raro. ''


Concordo com isso também. Convenhamos que é muito melhor passarmos um domingo descansando, relaxando, curtindo a família, do que estudando, fazendo cursos. Isso é normal do ser humano, ainda mais nos dias de hoje, onde é tudo muito corrido, o tempo para o lazer é cada vez mais escasso. 
Mas aí é quando contamos com a nossa força de vontade e comprometimento para colocar em prática tudo o que planejamos e desejamos ao nosso futuro.
O novo causa estranheza e é preciso adaptação, tarefa que não é fácil, nós sabemos.
Em resposta à Edméa Santos

Re: Criando um roteiro para dialogarmos com as professoras Inês Barbosa e Nilda Alves - Turma 2013-1

por Daniel Castiajo -
Eu acredito que poucos alunos se adequariam a uma renovação das propostas curriculares, no meu entender a fragmentação dos saberes acaba sendo um fator de desunião o que desfavorece a revolução. Eu penso que Napoleão estruturou a escola no pós-revolução de forma a não permitir uma transformação no sistema que tem como objetivo a preservação dos interesses de um poder dominante. Sinceramente, eu acabo expondo o meu pensamento acreditando que as disciplinas (os saberes) estão interligadas, mas a falta de preparo do ser humano em compartilhar seus saberes sem o sentimento de posse, no meu entender dificulta o processo.
Aproveitando o momento, queria relatar um fato ocorrido em uma aula eletiva universal, que aconteceu em uma aula que aborda a EJA Guarani e a sua efetiva aplicação junto aos povos guarani. Confesso que, enquanto estudante do quinto período de pedagogia, eu poderia não interferir nas discussões que emergem nas aulas, mas não tem como ouvir tantos discursos de superioridade entre distintas cadeiras do conhecimento, que no caso da aula ficou evidente a falta de interação entre as licenciaturas em letras, história, geografia, filosofia e pedagogia. Para mim, são essas peculiaridades que tornam essa discussão interessante, mesmo que não pareça ter fim.
Enfim, no meu entender a professora Edméa não fala besteira.

Em resposta à Daniel Castiajo

Re: Criando um roteiro para dialogarmos com as professoras Inês Barbosa e Nilda Alves - Turma 2013-1

por Talita Flavia Sodre da Silva -
Daniel achei muito interessante a sua colocação em relação a fragmentação do saber.
Em relação as aulas que temos na faculdade acredito que devemos interferir em todo momento, pois na verdade este é um espaço de debate e reflexão. Estamos nos formando professores enquanto refletimos no coletivo. Ao menos esta é minha opinião.
Penso que atualmente é notório que a fragmentação do saber tem sido um ponto responsável por muitos debates. O problema que eu percebo hoje é como unir o que está tão fragmentado. Confesso que tenho certas dificuldades de fazer isso em sala de aula e minha formação na faculdade não tem me dado suporte para trabalhar com essa ideia de ligação entre os saberes.
Em resposta à Primeiro post

Como são realizadas as pesquisas com os cotidianos?

por Edméa Santos -
boca abertaOlá turma!

Gostei muito da inquietação que surgiu aqui em nosso fórum:

  • Como se pesquisa com os cotidianos?

As pesquisas com os cotidianos estão interessadas em mapear, compreender, aprender com as invenções dos praticantes culturais (professores, alunos, gestores, artistas...) nas mais diversas redes educativas (escola, movimentos sociais, internet, mídias em geral , museus, empresas...). Não nos interessamos pelos não fazeres e saberes. Queremos aprender com as pessoas que fazem, que criam, que inventam seu dia a dia, ou seja, os cotidianos. Não queremos "coletar dados" apenas "olhando de fora" da realidade cotidiana. Pesquisamos com todos os sentidos, aprendendo COM as pessoas e com os usos que fazemos dos objetos técnicos e artefatos culturais. Os dados são produzidos com os praticantes culturais a partir de suas narrativas e imagens. queremos pesquisa com que se autoriza, tem voz!!!! Quem são estas pessoas? estes praticantes culturais? Todos nós em potência!!!boca aberta

Nosso grupo de pesquisa, GPDOC, tem este desafio: pesquisar com as pessoas no contexto da cibercultura. Neste espaço vocês encontram nossos projetos de pesquisa, dissertações e tese, de diversos colaboradores.

Mas aproveito para indicar para vocês a leitura de um artigo da professora Nilda Alves que trata exatamente disso tudo. Vamos ao texto. Vejam anexo!

Ah! para saber mais acessem o link: http://www.lab-eduimagem.pro.br/grupos/grupos_laboratorio.html

Aqui vocês terão acesso aos sites de vários grupos de pesquisa engajados com as pesquisas nos-dos e com os cotidianos. Aproveitem!



[]s

Méa
Em resposta à Edméa Santos

Re: Como são realizadas as pesquisas com os cotidianos?

por Jessica Menezes Gonçalves -
Com relação às entrevistas, a princípio me questionei a respeito da mesma coisa que gerou uma dúvida na Barbara: como essas pesquisas sobre o cotidiano são feitas? Após ler o artigo sobre a cultura e cotidiano escolar, me inteirei um pouco do assunto, pois nele a autora elucida todo esse processo.
Bom, acho que isso já foi brevemente respondido. Gostaria de dizer que concordo, em tese, com a opinião da Prof Nilda Alves a respeito de determinados temas, principalmente quando ela afirma que é a escola um reflexo da sociedade na qual se insere. Mas alguns pontos que eu gostaria de ressaltar são:
- Em relação à fragmentação em relação a tempos, espaços e conhecimento, será possível haver uma desfragmentação de algo que já 'cresce' dessa forma? A professora coloca em questão a formação desses professores, mas me questiono se esse é, de fato a base do problema.
- No que diz respeito à questão do ensino religioso, não concordo com a opinião da professora, e minha questão é: defendo a tese de que, realmente, o Estado e o Ensino devem ser laicos, mas não excluo a possibilidade de aulas de religião nas escolas. Não seria válido o ensino de religiões, desde que essa seja ensinada de maneira a ser vista como um fenômeno cultural, efêmero à nossa cultura, independentemente de crenças?

Meus pontos são esses, pessoal...
Em resposta à Jessica Menezes Gonçalves

Re: Como são realizadas as pesquisas com os cotidianos?

por Jessica Menezes Gonçalves -
Ih, esqueci de fazer um comentário sobre a entrevista da Professora Inês!
Primeiro, gostaria de esclarecer uma dúvida: Por que é utilizado o termo "espaçostempos", escrito dessa forma? Seria algum conceito, ou posso interpretar 'ao pé da letra'?
Achei muito interessantes as áreas de pesquisas na qual as entrevistadas estão inseridas e suas trajetórias, ambas militantes da educação e com muita experiência no campo do currículo, onde podemos ver, em suas falas, que o cotidiano escolar está constantemente sendo mencionado.
Apesar de não ter lido todo o artigo da Professora Inês, pude notar a maneira interessantíssima como ela aborda a questão da forma como se dão os processos de criação e desenvolvimento da prática pedagógica com relação ao currículo, com o intuito de fazer os alunos alcançarem a emancipação social.
Pretendo me aprofundar um pouco mais na leitura!
Em resposta à Jessica Menezes Gonçalves

Re: Como são realizadas as pesquisas com os cotidianos?

por Mirian Amaral -

Oi, Jessica,

Muito oportuna sua pergunta.

A profa Nilda Alves utiliza os termos espaços e tempos, de forma articulada, para mostrar como a forma dicotomizada de analisar a realidade, que herdamos da ciência moderna, significa limites ao desenvolvimento das pesquisas nos/dos/com os cotidianos

Em seus textos, e de outros autores que corroboram essa ideia, você poderá encontrar as formas: aprenderensinar; dentrofora, práticateoriaprática, etc..

[ ]s

Em resposta à Edméa Santos

Re: Como são realizadas as pesquisas com os cotidianos?

por Daniel Castiajo -

Respondendo a esta pergunta, com base nos textos lidos seria uma pesquisa que parte do concreto das manifestações de todos os atores que compreendem as redes de conhecimentos, seria a observação de todas as práticas despidas de qualquer prejulgamento, o que inclui também os relatos espontâneos e informais que possam vir a surgir na pesquisa. Ressalto também que uma pesquisa com os cotidianos deve valorizar todas as formas de criação humana, nesse caso caberia citar o conceito de artefatos culturais assinalado pela professora Nilda Alves, bem como a sua explicação para a nação de tecnologia.

Em resposta à Daniel Castiajo

"Mergulhar com todos os sentidos" nos cotidianos escolares

por Edméa Santos -
boca abertaOlá Daniel!

Muito bem, sua síntese ficou bem interessante. Só acrescento que as pesquisas com os cotidianos , não utilizam apenas "as observações". A professora Nilda Alves fala em "mergulhar com todos os sentidos "nos cotidianos escolares. O que seria isso?

O que acham pessoal?

[]s

Méa
Em resposta à Primeiro post

Re: Criando um roteiro para dialogarmos com as professoras Inês Barbosa e Nilda Alves - Turma 2013-1

por Juliana Leite -
Ao analisar as entrevistas e os textos, é possível identificar o perigo na distorção do termo "Cotidiano" na perspectiva escolar. Este confunde-se, pois acabamos por relacioná-lo diretamente com seu significado "gramatical" - de todos os dias; diário; que sucede ou se pratica habitualmente; aquilo que se faz ou ocorre todos os dias - (Dicionário Priberam da Língua Portuguesa). O cotidiano escolar, diferente deste, deve reinventar-se diariamente, alçar redes de conhecimento e relações, docência ativa e participante do currículo (em sua criação e aplicabilidade), enfim, palavras de mesma grafia, mas que representam contextos diferentes.

Em "Cultura e Cotidiano Escolar", Nilda Alves cita e comenta que os pesquisadores e as pesquisadoras que atualmente buscam compreender a relação cotidiano e cultura, parafraseando Malraux, não estão inventando
nem o cotidiano, nem a cultura, nem a relação entre
eles. O que buscam fazer é compreender sua riqueza,
diversidade e complexidade, em primeiro lugar. (ALVES, p. 72, 2003) Ante o exposto, é necessário pensar um currículo que atenda as demandas culturais em constantes conflitos no espaço escolar, pois é neste ambiente onde nos defrontamos com o outro, um outro diferente do eu tido como referencial. E, no que tange o currículo atual, este não compreende a dinâmica da diversidade cultural, tendendo a uma homogeneização do ensino, sempre reforçado UMA única cultura, UMA única história, ou seja, é escolhido um "modelo cultural" e este sobrepõe às demais culturas locais.

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Re: Criando um roteiro para dialogarmos com as professoras Inês Barbosa e Nilda Alves - Turma 2013-1

por Thaís Vianna Richter -
Olá pessoal , boa tarde !
As leituras são interessantes, mas o venho destacar é o trecho da entrevista da Nilda Alves que fala sobre a fragmentação do conhecimento e em consequência  a fragmentação do currículo. 
Concordo com a professora quando ela afirma que essa organização precisa ser revista, por isso acho importante pensarmos sobre esse tema, pois de uma forma "naturalizada" somos condicionados a fazer tudo fracionado, e isso com toda certeza reflete na escola, no currículo e no cotidiano.  
   Para ampliar nosso assunto a repeito desse tema, faço um link com outro autor -Edgar Morin- que problematiza essa segregação dos conhecimentos no texto O espírito do vale.
O autor nos faz repensar nessa ideia de separabilidade que apresenta uma lógica que para se conhecer o objeto é necessária a separação deste em pequenos fragmentos isolados. Dessa forma, ele problematiza a ação que a nossa sociedade tem de produzir conceitos mutilados, que tende a dissociar o que está articulado. 
O método que dissocia as ciências e as disciplinas e que enfoca na especialização funcional nos traz uma visão partilhada, que prioriza uma parte do todo. Necessário seria estabelecer um método capaz de articular o que está separado , e que vai de encontro a simplificação mutiladora.
Acho importante tal discussão , porque a partir dela podemos entrar em outros assuntos como : conhecimentos em rede e interdisciplinaridade que culminaram no nosso currículo/cotidiano escolar.

 
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Re: Criando um roteiro para dialogarmos com as professoras Inês Barbosa e Nilda Alves - Turma 2013-1

por Thaís Boch -
Boa noite, pessoal

Após a leitura das entrevistas, encontrei um trecho que acredito ser bem importante para a nossa disciplina.
Quando a Professora Nilda Alves responde a pergunta de como se dá a relação de cotidiano e currículo, logo pensei na nossa disciplina e em nossas discussões.
Ela afirma que "essa relação se dá dentro da escola. As redes educativas são múltiplas, então você não pode falar em currículo puro. Existe uma proposta oficial  de que  o currículo vai entrar de forma pura dentro da escola, para ser executado, porque lá existem, por exemplo, os livros didáticos, e os livros didáticos encaram esses currículos e propõem soluções para esses currículos de modo diferente. Muitos professores e muitos alunos veem televisão cotidianamente, muito, então vão trazer respostas e propostas que não estão nem naquele currículo oficial, nem nos livros didáticos, estão em outro lugar, como a televisão, por exemplo. Essas múltiplas redes dentre as quais nós vivemos, elas vão trazendo contribuições positivas e negativas e aí são variadas as possibilidades de encarar essa relação currículo e cotidiano, que é extremamente complexa e que tem que ser analisada complexamente."
Após ler esse trecho, pensei logo nessa disciplina e como os computadores estão nos possibilitando vivenciar uma forma diferente de ensino da que estamos acostumados.
Acredito ser importante ressaltar, que assim como a Professora Nilda Alves, também penso que essas múltiplas redes trazem contribuições positivas e negativas, mas fiquei com dois questionamentos na cabeça:
Essas múltiplas redes estão presentes em todas as escolas? Além disso, será que todas as escolas tem essa abertura para escutar respostas e propostas que não estão no currículo oficial?
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Re: Criando um roteiro para dialogarmos com as professoras Inês Barbosa e Nilda Alves - Turma 2013-1

por Talita Flavia Sodre da Silva -
Thaís bem interessantes seus apontamentos pois percebo que pelas falas de muitos dos nossos colegas nem todas escolas estão abertas a flexibilizar o currículo oficial. Ainda assim percebo na escola que faço estágio que alguns professores conseguem pensar para além do currículo posto e levam em consideração o que o aluno traz por exemplo. Ainda que fazer isso seja muito difícil devido as avaliações. Muitos professores alegam que não da tempo de trabalhar muitas coisas além do que estão nos cadernos pedagógicos. E estes devem ser priorizados, pois serão os conteúdos cobrados nas provas da prefeitura por exemplo.
Em resposta à Talita Flavia Sodre da Silva

Re: Criando um roteiro para dialogarmos com as professoras Inês Barbosa e Nilda Alves - Turma 2013-1

por Thaís Boch -
Pois é, Talita, concordo contigo... 
E falo por experiência própria, já que lá na escola em que eu faço estágio as professoras tem que seguir o currículo oficial ao pé da letra e tudo o que elas quiserem fazer além, tem que passar pela coordenação. Ou seja, elas não tem autonomia nenhuma. E o pior, a coordenação nem sempre está aberta pra negociar essas atividades que as professoras pensam em fazer.
Acredito que isso pode ser devido aos tais "resultados" que os pais esperam, já que é uma escola particular de classe média alta da Tijuca.
Em resposta à Thaís Boch

Re: Criando um roteiro para dialogarmos com as professoras Inês Barbosa e Nilda Alves - Turma 2013-1

por Juliana Rebelo -
Essa sua fala Thaís é sobre algo muito frequente que tenho escutado sobre as escolas, de um modo geral particulares. 
Vejo muitas professoras questionando a falta de autonomia nessas escolas. Falam sobre o planejamento que ou já está montado há bastante tempo e elas precisam reproduzir, ou é montado apenas com as coordenadoras e diretoras. O que eu acho bastante complicado, pois a professora que conhece o seu grupo pode saber melhor quais atividades trabalhar e como trabalhar, porém em muitas escolas isso não é levado em consideração.

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Re: Criando um roteiro para dialogarmos com as professoras Inês Barbosa e Nilda Alves - Turma 2013-1

por Talita Flavia Sodre da Silva -
Olá pessoal
Bem primeiramente acho muito interessante algumas colocações dos colegas que acabaram por me fazer levantar alguns questionamentos e serve sempre de reflexão para se pensar nos temas aqui abordados.
Achei muito interessante os textos propostos, principalmente a entrevista da professora Nilda Alves.
Gostaria de destacar uma parte da fala da professora que me chamou muito atenção e de certa forma traduziu muito das minhas inquietações em relação a currículo e cotidiano. A fala está na entrevista que ela deu ao Santo para o Futuro quando diz: "essa relação currículo e cotidiano, que é extremamente complexa e que tem que ser analisada complexamente". Algo que considero de certa forma intrigante e complexo é  esta relação entre currículo e cotidiano. Acredito que qualquer tentativa de estudar essa relação de forma fragmentada e simplificada é vã visto que, esta relação é tão complexa quanto é complexa o próprio pensamentos de redes de conhecimento, que bem nos falou nossa colega Thaís citando um Morin, um autor que estudamos no período passado.
Em minha opinião é concordando com a fala da professora Nilda Alves falar apenas que a escola está em crise é tornar simples de mais algo tão complexo. Realmente podemos perceber uma crise no ambiente escolar. Mas não creio que seja apenas uma crise da escola, mas sim uma crise da própria sociedade no qual estamos inseridos. O aluno quando entra na escola não deixa suas experiências do lado de fora então desta maneira a escola também se modifica com as experiências dos alunos. Percebe que realmente se o currículo oficial da escola se modifique de forma mais lenta. Ainda assim, mesmo em muitas escolas onde o currículo oficial é seguido de forma inflexível podemos verificar inúmeras vezes professores com aulas maravilhosas e não fazendo apenas o que esta posto para ser feito. Com minha experiência em escola percebe que muitas vezes os professores criam atividades interdisciplinares sem nem mesmo saber que estão fazendo isso. É claro que a escola tem inúmeros problemas e a cada leitura de texto percebo que não podemos separar a educação da política assim como não podemos separar currículo do cotidiano escolar e ambos da escola. Na verdade podemos perceber uma teia complexa mas que deve ser estudada para que possamos entender realmente o que se passa dentro do espaço escolar.
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Re: Criando um roteiro para dialogarmos com as professoras Inês Barbosa e Nilda Alves - Turma 2013-1

por Elisângela Tavares -

 

Olá pessoal, tenho aprendido muito com nossa disciplina e com nossas discursões, as entrevistas e textos me fazem refletir cada vez mais na distorção que tem sido feita  do termo "Cotidiano" na perspectiva escolar. Muitos misturam a palavra, por relacioná-la diretamente com seu significado.
 Fiz leitura das entrevistas e a parte que mais me chamou atenção foi quando Nilda Alves comenta  sobre os pesquisadores e as pesquisadoras que atualmente buscam compreender a relação cotidiano e cultura, eles investigam a dinâmica da diversidade cultural no cotidiano escolar. Existe também uma  relação currículo e cotidiano, que é extremamente complexa. Pois tem sido muito difícil relacionar CULTURA X CURRÍCULO. O currículo oficial é seguido de forma inflexível e a cultura do aluno acaba sendo deixada de lado, desta forma é difícil trabalhar o COTIDIANO.

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Re: Criando um roteiro para dialogarmos com as professoras Inês Barbosa e Nilda Alves - Turma 2013-1

por Mirian Amaral -

Thaís, Talita,Juliana, Elisângela, e todos,

Como tem sido destacado nesse ambiente, o trabalho em rede possibilita a troca de ideias, percepções e opiniões com o outro; o que é muito salutar, na medida em que saímos de nossa ‘zona de conforto’ para questionarmos a nossa própria prática docente e visão de mundo, aprendendo juntos, e nos autorizando. Isso é muito bom, e quanto mais colaboração, melhor, na busca de “sintonia fina” sobre o binômio cotidianos/currículos, para desenvolvimento de nossos conhecimentos.

Em relação à questão “Essas múltiplas redes estão presentes em todas as escolas?” - penso que sim. Retomo o que disse Nilda acerca da não existência de ‘muros’ nas escolas, o ‘dentro e fora”, dado que a noção de separabilidade, tão a gosto da ciência moderna, não tem espaço no mundo de complexidade e diferenciação em que vivemos (Edgar Morin; Boaventura Santos). Afinal, pensamos e agimos em rede!

Convém lembrar que essas redes sempre existiram e, de uma forma, ou outra, para além dos livros didáticos, sempre foram exploradas nas escolas, em diferentes eventos, como por exemplo: nas entrevistas com profissionais diversos, visitas a museus, teatros, fábricas, zoológico, exposições, manifestações folclóricas, etc., nos quais esse intercâmbio se concretiza.

A diferença é que as tecnologias digitais deram maior visibilidade aos 'acontecimentos', que podem se trazidos em tempo real. Ao aproximarem a escola à vida que “arde” e flui fora do currículo formal, potencializam nossas práticas e alertam-nos para a urgência dessa integração, dado que essas redes adentram todos os espaços das atividades humanas e afetam nossas vidas; assim, não dá mais para ignorá-las.

Quanto à segunda questão, “será que todas as escolas têm essa abertura para escutar respostas e propostas que não estão no currículo oficial?”, respondo com outras indagações: Essa autorização é necessária? Essa ‘falta de abertura’ pode constituir um fator de paralisia?

Bem sabemos que currículos oficiais são instrumentos de ‘poder’ presentes em nossas escolas. Mas,será que nesses espaços só existe o poder instituído? O que dizer dos micropoderes (atos de currículo) que se revelam na prática cotidiana? Como currículos 'formais' e 'praticados' se expressam nos cotidianos?

Convido todos e todas a trazerem exemplos (imagens, quadrinhos, vídeos, fotos) para nossos debates e escreverem, bevemente, sobre eles.

[ ]s

Em resposta à Mirian Amaral

Re: Criando um roteiro para dialogarmos com as professoras Inês Barbosa e Nilda Alves - Turma 2013-1

por Daniel Castiajo -
As multiplas redes estão presentes nas escolas, é inevitável o fato do aluno trazer todos os seus saberes para dentro da sala de aula. Conheço um aluno estremamente inteligente que não faz questão nenhuma de estar presente na sala de aula, pois em sua comunidade (Complexo do Alemão) ele consegue interagir socialmente todos os seus saberes acerca da dinâmica das suas relações, dos riscos, dos meios de entreterimento, são tantas vivências desvalorizadas pelo sistema centralizador dos conhecimentos. Seria tão interessante poder adequar o currículo para favorecer o planejamentos das atividades ao cotidiano da comunidade no entorno da escola. Existe um meio de interferência dos currículos fechados, seria a adoção dos temas transversais de acordo com as demandas sociais emergentes nas reuniões de planejamento do PPP (Projeto Político Pedagógico), eu acredito que desta forma poderíamos interferir mais nos currículos, visando maior efetividade nas ações educativas.
Em resposta à Mirian Amaral

Re: Criando um roteiro para dialogarmos com as professoras Inês Barbosa e Nilda Alves - Turma 2013-1

por Talita Flavia Sodre da Silva -
Gostei muito de seus apontamos e acredito que eles sirvam para refletirmos a nossa prática em sala de aula.
Eu penso que sempre temos como  ir para além do currículo oficial e ainda que não possamos ter por completo a autonomia dos conteúdos (digo isso em relação as escolas do município do Rio onde os cadernos pedagógicos vem com todos os conteúdos mastigados) podemos sempre trabalhar em como estes serão passados em sala de aula. Outro fator que nos prende muito são as avaliações do governo. São metas em cima de metas, dizem que todos tem acesso a escola mas eu deixo para a reflexão dos colegas: que escola nossos alunos tem acesso?
O desafio do professor é sair da sua zona de conforto, trabalhar com o currículo oficial sem deixar que os conhecimentos que os alunos trazem sejam apenas meros exemplos sem importância.
Concordo quando a professora Nilda fala acerca da não existência de muros. Acredito que hoje com as novas tecnologias e as novas formas de interação está cada vez mais difícil se não impossível pensar que existe os "assuntos" da escola e os "assuntos" fora da escola. Essa noção de separação está cada vez menor em minha opinião.
Em resposta à Talita Flavia Sodre da Silva

Quando a escola é de vidro

por Marta Maria dos Santos Gonçalves -
Pessoal vendo as suas inquietações, quero compartilhar o link do texto de Ruth Rocha. "Quando a escola é de vidro". Aqui vocês poderão refletir mais a respeito das amarras que nos são impostas pelo governo, mas se começarmos a quebrar o vidro no qual estamos aprisionados talvez quem saiba poderemos mudar o sistema. Leiam vocês irão gostar. Aqui vai o link no youtube ".

(Editado por Edméa Santos - segunda, 10 junho 2013, 21:19)

Em resposta à Marta Maria dos Santos Gonçalves

Re: Criando um roteiro para dialogarmos com as professoras Inês Barbosa e Nilda Alves - Turma 2013-1

por Mirian Amaral -

Muito bom, Marta! Adorei.

É isso aí. O novo sempre assusta, cria resistência. Ao invés de dizer não, ou não dá pra fazer, por que não experimentar? E, vai que dá!!!

[ ]s

Em resposta à Marta Maria dos Santos Gonçalves

Re: Quando a escola é de vidro

por Bárbara Castanheira Pires -
Que texto ótimo ! 
Quando estou dentro de sala de aula vejo o quanto é difícil não dar simplesmente um vidros pra cada um ...

Me lembrou essa famosa tirinha do Tonucci ...
escola+padroniza%C3%A7%C3%A3o.jpg
Em resposta à Bárbara Castanheira Pires

Re: Quando a escola é de vidro

por katia prado -
Oi Bárbara, gostei dessa tirinha do Tonucci, ela me fez lembrar do vídeo "quando a escola é de vidro", que a Marta postou.  Sua tirinha e este vídeo tem tudo a ver com os assuntos abordados e discutidos até agora sobre cotidiano e currículo. Em como pensar o currículo em suas relações, a partir de práticas que são tecidas no dia a dia da escola, como forma de quebrar os "vidros" que limitam os espaços das ideias, permitindo inovações. Muito bom!
Em resposta à Bárbara Castanheira Pires

Re: Quando a escola é de vidro

por Thaís Boch -
Essa tirinha é o máximo, Bárbara...
Consigo relacionar ela facilmente com o que eu falei anteriormente aqui no tópico.
Na minha experiência com estágios até agora, é exatamente assim, como se a escola fosse uma fábrica que já está programada pra ensinar determinados assuntos e quem não se encaixa, ou mesmo desvia um pouco o caminho com ideias novas, é "descartado" (ou as ideias são descartadas), seja professor ou aluno.
Em resposta à Thaís Boch

Re: Quando a escola é de vidro

por Bárbara Castanheira Pires -
Eu na minha prática vejo isso o tempo todo também, a repetição de conteúdos e o o novo sendo descartado ! Tento continuamente transformar minha prática, mesmo muitas vezes parecer  mais fácil simplesmente seguir o que já está pré-estabelecido...
 O que eu  acho mais difícil Thaís é mudarmos nossa prática mesmo tendo que cumprir datas, planejamentos, pressão da direção ...
Em resposta à Bárbara Castanheira Pires

Re: Quando a escola é de vidro

por Beatriz Lages de Oliveria -

Eu adoro essa tirinha que a nossa colega Bárbara postou. Meu professor da Disciplina: Trabalho, Educação e Desenvolvimento profissional, trabalhou com ela em sala nesse período.

Ela é o oposto do que queremos para a Educação dos nossos alunos. A tirinha nos mostra uma educação preconceituosa, onde exclui aqueles que são considerados fora dos moldes que a sociedade cria, querendo que todos tenham o mesmo pensamento, onde não se pode debater ou criar novas perspectivas. É lamentável...

Em resposta à Bárbara Castanheira Pires

Re: Quando a escola é de vidro

por Juliana Rebelo -
Essa tirinha é o máximo! Fala muito sobre a escola, tendo pouquíssimas palavras e frases. 

Também gosto muito dela. 
É realmente o que presenciamos em muitas escolas. 
Como se fosse uma verdadeira indústria. 
Alunos que entram na escola e o material didático incluído no processo. Aqueles que conseguem se adaptar saem com o "futuro" brilhante pela frente e os que não conseguem são excluídos e jogados fora pela máquina, como lixo. 
Uma imagem que fala muito!  
Em resposta à Primeiro post

Re: Criando um roteiro para dialogarmos com as professoras Inês Barbosa e Nilda Alves - Turma 2013-1

por Ellen Leão -

Achei muito interessante e importante à entrevista da professora Nilda assim como os artigos disponibilizados. Acredito que esse pensamento que a Nilda relata em sua entrevista de escola como um lugar de troca social em que a sociedade evolui pela escola e a escola evolui através da sociedade é extremamente importante para entendermos quando ela diz que educação e cultura  estão intensamente relacionadas, não podendo pensar nas duas de forma separada.

Além disso, concordo plenamente quando ela fala que o a formação do professor se inicia muito antes de sua entrada na universidade, a meu ver tudo que vivemos e aprendemos sendo na escola ou não faz parte da nossa formação humana e colabora para evolução da nossa aprendizagem.

Porque o ensino não é renovado por decreto, ele é efetivamente renovado no concreto dele, no cotidiano dele, na compreensão daquele conjunto de professores de uma determinada escola, com o acesso que eles começam a ter às múltiplas redes educativas e, dessa forma, começam a fazer transformações.”

Por fim, achei que esse trecho da entrevista  resume a importância de  pensar e refletir  sobre que acontece em sala, nas práticas e atividades por que é em sala de aula que começa as mudanças necessárias para aprendizagem

Em resposta à Ellen Leão

Re: Criando um roteiro para dialogarmos com as professoras Inês Barbosa e Nilda Alves - Turma 2013-1

por Mayra Ribeiro -
Olá Pessoal,piscando
Mirian, Bia, Marta, Méa, Karine, Lhays, Daniel, Fabiana, Thaís, Mariana, Renata, Bárbara, Gabrielle, Rodolfho, Pollyana, Caio, Kátia, Talita, Jessica, Juliana, Elisângela e Ellen,

Mais uma vez evidenciamos que pensamos, olhamos, sentimos, ouvimos com as nossas redes educativas, essas construídas em processos de dialogicidade, ou seja, “em interação com outros sujeitos nas quais nos constituímos mutuamente, em um devir, numa relação horizontal, que refuta a diretividade” (BAKHTIN).

 Percebemos como são muitas as nossas inquietações, compreensões, mesmo que provisórias, da pesquisa com os cotidianos. Assim, busquei mapear algumas das questões que foram suscitadas no fórum, certamente que outros olhares poderão trazer para o roteiro outras inquietações.

A partir das leituras dos textos das autoras – Nilda e Inês, do pensamento de CERTEAU e das discussões desse fórum, nos parece que devemos considerar na pesquisa com os cotidianos:

- Pensar o cotidiano como invenção e não como repetição;

- Não há predefinição dos instrumentos de pesquisa com os cotidianos, esses vão se constituindo na pesquisa;

- A pesquisa com os cotidianos aposta nas relaçõesredes, no fazer com  e não nos sujeitos subjetivos;

- a oralidade, as narrativas são o lugar da tática;

- o currículo precisa ser pensado em suas relações, a partir dos usos  e das práticas que vão sendo tessidas na escola...

- As pesquisas com os cotidianos estão interessadas em mapear, compreender, aprender com as invenções dos praticantes culturais (professores, alunos, gestores, artistas...) nas mais diversas redes educativas (escola, movimentos sociais, internet, mídias em geral , museus, empresas...). Não nos interessamos pelos não fazeres e saberes. Queremos aprender com as pessoas que fazem, que criam, que inventam seu dia a dia, ou seja, os cotidianos. Não queremos "coletar dados" apenas "olhando de fora" da realidade cotidiana. Pesquisamoscom todos os sentidos, aprendendo COM as pessoas e com os usos que fazemos dos objetos técnicos e artefatos culturais. Os dados são produzidos com os praticantes culturais a partir de suas narrativas e imagens. queremos pesquisa com que se autoriza, tem voz!!!! Quem são estas pessoas? estes praticantes culturais  (MÈA).

 Diante dos textos e das entrevistas das professoras Nilda Alves e Inês Barbosa e de todas as contribuições e autorias apresentadas no Fórum,  o que ainda nos inquieta? As questões suscitadas no Fórum ainda permanecem, vejamos:

1. Se o cotidiano é uma 'caixa preta', que guarda diferentes realidades, de que forma podemos desvelar 'as realidades não visíveis' nesses cotidianos, pelo menos a olho nu'? Quem é (são) o(s) guardião(ões) da chave capaz de abrir essa caixa?

2.    2. Se somente o professor que está em sala de aula conseguiria desvelar essas realidades, como os pesquisadores que estudam o cotidiano conseguiriam também ter a chave dessa caixa? Visto que quando há uma pessoa diferente em sala de aula já temos uma outra realidade.

3.    3. Se o  pesquisador pode ser o próprio professor, como ele com os seus alunos (praticantes, participantes, de dentro) conseguem “estranhar” as relações praticas com/nos cotidianos na prática pedagógica?

4.   4.  Como as pesquisas com os cotidianos são feitas? Que metodologias têm sido mais apresentadas nas pesquisas com os cotidianos?

 

5. Como os pesquisadores da área do cotidiano fazem para pesquisar? Normalmente pesquisam na turma em que lecionam, tem abertura com a professora de uma turma e dialogam com ela e com os alunos? Qual o tempo necessário para efetuar uma pesquisa na área de cotidiano?

 

6. O que diferencia a pesquisa com os cotidianos de outras pesquisas? Qual o papel da ciência na pesquisa com os cotidianos? Que saberes para além dos científicos estão implicados na pesquisa com os cotidianos? Essas questões nos levará a uma outra: qual a potência da pesquisa com os cotidianos, como pode contribuir com a melhoria da escola, da formação do docente, dos alunos?

 

7. como trabalhar a diversidade de religiões e o respeito que se deve ter com cada uma delas, entendendo que cada um tem a sua religião, tem seus ritos, tem seus costumes e não devem ser julgado por isso? 

 8. Normalmente, quando as escolas católicas tem aula de religião, são abordados apenas sobre a religião católica, e isso acontece em escolas de todas as religiões. As escolas laicas não poderiam ter uma aula, não de "religião", mas que pudesse abordar as diversidades de religiões que existem e mostrar que cada uma é diferente da outra, mas é preciso o respeito?

 

9. existe algum programa que dê esse suporte tecnológico ao professores? Se sim, como ele funciona? Sei que os professores estaduais têm um notebook dado pelo governo,sem entrar na questão política desse "presente"(rs),seria já uma prática tentando incluir a tecnologia no cotidiano desses professores?   

10.10. É entendendo o que se passa no cotidiano escolar e as pessoas envolvidas nesse processo  que são :alunos, professores,família e cultura é que podemos pensar como elaborar adequadamente o currículo. Vejo muito isso na própria Universidade, há muitos currículos defasados,que não atendem o que realmente vivenciamos, esse tipo de pesquisa deveria haver também na Universidade. Então lanço a minha pergunta: Há pesquisas desse âmbito voltados para os currículos universitários ? Ou há alguma pretensão de desenvolve-los ? 

11.  11. Quanto mais a escola se democratiza( e isso é completamente correto), mais ela esta "vulnerável" a problemas da sociedade. Mais os problemas da sociedade entram no ambiente escolar. Essa escola, que é mais democrática que a antiga, enfrenta novos problemas, que antes não se era enfrentado. Hoje, o professor se depara com uma nova realidade de aluno. Para a senhora, as faculdades que formam professores, ainda pecam no que diz respeito a teorias, e dar base sobre os problemas atuais, dessa nova conjuntura?

12.12. Inês Barbosa, afirma no seu texto "Currículos praticados: regulação e emancipação no cotidiano escolar" que: [...] entendemos ser impossível avaliar as práticas curriculares através de mecanismos que essencializam e dicotomizam os fazeres [...]. Então como avaliar as práticas curriculares? 

 

13. Considerando que as tecnologias digitais com todas as suas interfaces, estão nos possibilitando vivenciar uma forma diferente de ensino da que estamos acostumados, acredito ser importante ressaltar, que assim como a Professora Nilda Alves, também penso que essas múltiplas redes trazem contribuições positivas e negativas, mas fiquei com dois questionamentos na cabeça: Essas múltiplas redes estão presentes em todas as escolas? Além disso, será que todas as escolas tem essa abertura para escutar respostas e propostas que não estão no currículo oficial?

 14. Sabemos que currículos oficiais são instrumentos de ‘poder’ presentes em nossas escolas. Mas,será que nesses espaços só existe o poder instituído? O que dizer dos micropoderes (atos de currículo) que se revelam na prática cotidiana? Como currículos 'formais' e 'praticados' se expressam nos cotidianos?

 Vamos sistematizar o nosso Roteiro de Entrevista!! O que tiram? O que acrescentam? O que modificam?

Bjs (Mayra)

Em resposta à Mayra Ribeiro

Sistematizando nosso roteiro coletivo!

por Edméa Santos -
Olá turma querida!boca aberta

Com ajuda das professoras-pesqusiadoras Miriam e Mayra, já temos um bom roteiro para apresentarmos às professoras Nilda Alves e Inês Barbosa.

Vamos melhorá-lo? Vejam as provocações da Mayra.

Para esta semana, vamos continuar com esta atividade.

Mas já teremos aula nova em breve!

Muitos colegas não participaram da aula. Ainda temos tempo !!!!!
[]s

Méa


Em resposta à Mayra Ribeiro

Re: Criando um roteiro para dialogarmos com as professoras Inês Barbosa e Nilda Alves - Turma 2013-1

por Giselle Torrens -

Nilda Alves em seu texto faz referência à poesia do mestre Fernando Pessoa para dizer que a insignificância de cada ser individual é necessária condição de cada um e de todos, pois  o que nos forma é justamente esse acúmulo de ações e acontecimentos culturais cotidianos. Além disso, estamos em permanente e cotidiana descoberta das coisas, o que nos leva a compreender nossa necessidade de diferentes modos de fazer. Nos estudos da relação cultura e cotidiano escolar, o cotidiano é identificado comouma "caixa preta" na tendência norteamericana. Esta tendência foi utilizada no Brasil para as pesquisas que envolviam esses temas. No uso deste artefato o que interessa mais é aquilo que é inventado pelo aluno, com suas possibilidades criativas e imaginativas. Sendo assim, acredito que já seja possível responder a primeira pergunta: "1. Se o cotidiano é uma 'caixa preta', que guarda diferentes realidades, de que forma podemos desvelar 'as realidades não visíveis' nesses cotidianos, pelo menos a olho nu'? Quem é (são) o(s) guardião(ões) da chave capaz de abrir essa caixa?"

Acredito que não seja só o professor o guardião da chave capaz de abrir essa caixa preta. Há uma grande importância dos sujeitos das escolas, das pessoas reais e de suas narrativas para os cotidianos, sendo estes também potenciais guardiões da chave capazes de abrir essa caixa. O professor pode instigar o aluno a querer conhecer e mostrar essas diferentes realidades, mas o aluno é autônomo para criar, inventar e trilhar seus caminhos nos cotidianos, bem como outras pessoas, que se utilização da experiência vivida em diferentes espaço-tempos cotidianos de aprendizagem para desvelar as realidades não visíveis até então desses cotidianos. 

Em resposta à Giselle Torrens

Re: Criando um roteiro para dialogarmos com as professoras Inês Barbosa e Nilda Alves - Turma 2013-1

por Mirian Amaral -

Oi, Giselle,

Sobre quem são os guardiões da chave capazes de abrir a 'caixa preta', você destaca a relevância dos professores e outras pessoas, em geral, implicados com os cotidianos escolares. Aponta, ainda, com muita propriedade, o papel das narrativas que, na pesquisa nos/dos/com os cotidianos, ganham centralidade, como a arte de contar e recontar histórias. Ao possibilitarem que o fato seja narrado de modo singular, e de diferentes maneiras, oportunizam novas criações. Constituídas por textos escritos, imagens, relatos orais, sons produzidos pelos praticantes no cotidiano escolar, entre outros, as narrativas deixam suas marcas e pistas sobre o conhecimento adquirido; o que constitui um instrumento de análise rico em detalhes, e essenciais à pesquisa, pois auxiliam a compreensão das vivências nesses espaçostempos de aprendizagens, que se atualizam a cada instante.

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Re: Criando um roteiro para dialogarmos com as professoras Inês Barbosa e Nilda Alves - Turma 2013-1

por Rodolpho Silva -


De acordo com o que foi visto até o presente momento, sendo texto, vídeos comentários,  irei destacar algumas questões as quais foram explanadas pela professor Nilda Alves na entrevista! 

Na questão no processo de formação: este ocorre de forma segmenta e isso inclui o período universitário. A critica da Nilda e que deveríamos criar uma propostas no qual os professores se reunissem para pensar em um projeto para a escola, pois o que acontece atualmente na universidade e que os professores pensam que a sua disciplina tem uma maior importância para a formação do professor. Na verdade precisaríamos de uma discussão mais aprofundada para tentar desfragmentar o que nasce fragmentado.

Quando a professora diz que: “ a nossa experiência de escola não começa quando a gente começa, a formação para professor não começa quando passamos a ser professor de uma escola, nem quando fazemos o curso  de formação de professores, ela começa muito antes, no primeiro momento em que você coloca o pé na escola, você está aprendendo como ser professor”.  Concordo plenamente e penso que a nossa formação como professor inicia quando entramos em contato com outra pessoas que nos ensinar algo.

 

Antigamente acreditavam que o professor ensinava e o aluno aprendia por exemplo  a ler, a escrever; a aprender a usar o computador e aprender a usar outros artefatos mais atuais, porém não é assim, já que sabemos que o processo de ensino aprendizagem ocorre em mão dupla, pois aprendemos ensinando.
Em resposta à Rodolpho Silva

Re: Criando um roteiro para dialogarmos com as professoras Inês Barbosa e Nilda Alves - Turma 2013-1

por Mirian Amaral -

Rodolpho, e todos

Você destaca aspectos bem relevantes:

  • a fragmentação do conhecimento em disciplinas;
  • a aprendizagem se dá ao longo de nossas vidas, num processo permanente; e
  • ensinamosaprendendo / aprendemosensinando

A discussão com nossos pares acerca da necessidade de um projeto para a escola no qual a aquisição do conhecimento não seja feita de forma fragmentada e, sim, mediante o estabelecimento de redes de múltiplas e complexas relações (dentrofora da escola) é sempre muito bem-vinda. Mas, ao lado desse esforço, cada um de nós pode fazer sua parte - "pensar global e agir localmente" - fazendo a diferença.

Vejam eese vídeo!

Como então fazer currículos com os cotidianos? como utilizar artefatos tecnoculturais em nossas aulas? vamos pensar sobre isso, moçada?

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Em resposta à Mirian Amaral

Re: Criando um roteiro para dialogarmos com as professoras Inês Barbosa e Nilda Alves - Turma 2013-1

por Rodolpho Silva -
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Re: Criando um roteiro para dialogarmos com as professoras Inês Barbosa e Nilda Alves - Turma 2013-1

por Mirian Amaral -

Olá, Rodolpho,

Esta é a segunda vez que insiro vídeos nesse ambiente, de forma correta. Eles aparecem, e salvo a mensagem. No entanto, como aconteceu agora, acabam saindo da página. Vou verificar com a Marta o que está ocorrendo. Por ora, segue o link do vídeo.

" Uma visão sem ação não passa de um sonho. Uma ação sem visão é só passatempo. Uma visão com ação, pode mudar o mundo".

[ ]s,

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Re: Criando um roteiro para dialogarmos com as professoras Inês Barbosa e Nilda Alves - Turma 2013-1

por Ana Paula Roza da Silva -
Nossa! A entrevista da Nilda abriu caminho para algumas questões que sempre pensei mas que, talvez me faltassem palavras para repensar no que ela disse. 
Nós fomos educados a sempre individualizar nosso trabalho, a pensar muito de forma individual. E de repente nos deparamos com o ambiente escolar e vemos que não funciona dessa forma. Precisamos acabar com a segmentação que existe na própria formação de professores, onde eu acho que o meu trabalho é muito mais bem elaborado e pensado do que o professor da sala ao lado. 
Um trecho da entrevista que me fez pensar isso é esse aqui: ''Nós formamos na universidade de forma absolutamente segmentada, não há nenhum projeto da universidade para que esses professores sentem-se juntos, e pensem um projeto para a escola, por exemplo. Então, você forma o professor de física, o professor de  história, de forma absurdamente segmentada.
(...) físico acha que tem o direito de formar melhor o seu professor, o químico, o geógrafo, eles é que sabem formar o professor secundário, o professor que vai atuar na escola básica.''

E é exatamente isso. Pensamos sempre que detemos todo o saber e com isso dividimos a educação. ''A exatas é melhor que humanas'', ''português é muito mais fácil'', ''só é inteligente quem sabe matemática'' são algumas das frases que já ouvi na própria Uerj, de futuros professores. Isso é um tremendo absurdo. A escola é conjunto, é união de saberes, é coletividade. 

Outro ponto de destaque da entrevista é a relação tão dependente de cotidiano e currículo. É a confirmação de que um está diretamente ligado ao outro. 
Tenho exemplos claros disso no colégio onde estagio. As crianças trazem questões ótimas para a sala de aula, questões de jornais e da própria televisão, pois toda quinta-feira é proposto que eles tragam reportagens que chamaram atenção deles. E o mais comum é ouvir um ''tia, vi na televisão...'' ''tia, vi na internet...'' é uma relação de extrema dependência com o conhecimento escolar. 

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Re: Criando um roteiro para dialogarmos com as professoras Inês Barbosa e Nilda Alves - Turma 2013-1

por Gustavo Franco -
Gostei da entrevista da professora Nilda pois algumas falas dela vão de encontro a aspectos que estamos discutindo ao longo do período que é primeiro diferenciar cotidiano de rotina ( mais uma vez ). segundo é chamar a atenção do que a professora discute sobre o papel da escola, isso me chama muito a atenção pois acredito que isso não está claro na cabeça de nós educadores. Também a questão de cultura e educação caminharem lado a lado e ela trata bem disso quando fala que a escola não é um local isolado, as pessoas trazem suas necessidades, suas experiencias, suas curiosidades da vida que levam fora da escola. enfim, qual o papel verdadeiro da escola? Afinal ainda escutamos muito a frase " educação se aprende em casa" ou " os pais é que devem educar".
Outro aspecto que vem sendo muito discutido em todas as disciplinas que faço na faculdade de educação é a estrutura da escola. que é a mesma estrutura de 50 anos atrás, mas a realidade hoje é outra, com pensamentos novos, enfim, uma realidade totalmente diferente, então eu me pergunto, será que não estamos atrasados? mas por outro lado, será que essa escola de hoje em dia é ruim?

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Re: Criando um roteiro para dialogarmos com as professoras Inês Barbosa e Nilda Alves - Turma 2013-1

por Fabiana Vieira -
Como já comentei no fórum, em relação aos textos, sobre os temas citados, como a questão do ensino religioso, da utilização de tecnologias pelos professores etc...
Como no comentário que eu fiz sobre o assalto que sofri, e a professora me fez refletir sobre a questão de não haver relação com a matéria, mas há como disse e repito não ha como separar o cotidiano dos alunos e dos professores e deixarem eles do lado de fora do espaço escolar, e a partir dai entro na questão do ensino religioso e de como isso pode afetar o cotidiano tanto escolar como social desses alunos e também como a inserção das tecnologias nas aulas.

Podemos sim levar cultura e cotidiano para sala de aula, e juntar tudo em belo trabalho, pois trabalhando o cotidiano do aluno sabemos o que ele admira em cultura ou podemos ajudar mostrando o que há de cultura que não seja do conhecimento dele.
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Re: Criando um roteiro para dialogarmos com as professoras Inês Barbosa e Nilda Alves - Turma 2013-1

por Thamires da Silva Vilches -

As entrevistas e os textos são muito bons  e me fizeram refletir sobre diversos aspectos.

Sobre o professor e a estrutura fragmentada em relação ao conhecimento, tempo e espaço nas escolas, Nilda Alves destacou um fator importante sobre os professores. Os docentes são cobrados a todo momento em aspectos como saber trabalhar em conjunto, utilizar os artefatos tecnológicos como recurso didático entre outros. O que acontece, como ela mesma destaca, é que o salário que os professores recebem é baixo face ao número de gastos que eles têm com sua família, por exemplo. Por falta de tempo e de recursos, aqueles que trabalham em três turnos para levar o sustento para a casa, acabam não tendo a oportunidade de desenvolver outros tipos de atividades. Outro fator importante é sobre a formação dos discentes nas universidades: como esperam professores prontos para lidar com essa escola fragmentada se durante a sua graduação, muitas vezes, não é oferecida uma estrutura curricular digna a uma boa formação ou até mesmo um currículo praticado.

Com relação ao cotidiano, a partir das discussões anteriores, pude mudar a minha concepção sobre ele como algo praticado de forma repetitiva, sem momentos novos, sem novas aprendizagens algo que estaria estático. Nilda Alves, em sua entrevista, me fez concluir que no cotidiano há a renovação de saberes na medida em que os alunos e os próprios professores trazem experiências de fora do contexto escolar e os introduzem no seu dia a dia resultando em uma rede de múltiplos conhecimentos. Desta forma, podemos compor um currículo em cima das experiências cotidianas que se renovam e se reorganizam a todo o momento.

No artigo escrito por Nilda Alves – Cultura e Cotidiano Escolar – achei extremamente interessante a menção que ela faz sobre a utilização da imagem para uma melhor compreensão dos diversos cotidianos. Com a utilização de imagens é possível mostrar espaçostempos educativos e trabalhar com a sua visualização apontando aspectos como: o que o artista quis chamar atenção, a emoção atribuída a essa imagem, os elementos culturais presentes, a percepção do momento histórico e do cotidiano que essa imagem foi construída entre outras análises. É importante lembrar que para cada imagem são atribuídos diversos olhares e concepções e por consequência permitem um esclarecimento dos diversos cotidianos existentes.

As entrevistas com Corinta Geraldi e Regina Leite Garcia fizeram me refletir sobre o aprendizado feito de formas não convencionais, fora da escola, saberes adquiridos cotidianamente. Esse saberes são levados para dentro da escola e muitas vezes o professor não está preparado para explorar e trabalhar esses assuntos. A questão a ser levantada, deixando um pouco de lado a responsabilidade dos professores, é se o currículo está sendo feito para atender e dar voz ao diálogo entre esses múltiplos saberes que emergem fora do contexto escolar?