Como fazer currículos com os cotidianos? como utlizar artefatos tecnoculturais em nossas aulas?

Como fazer currículos com os cotidianos? como utlizar artefatos tecnoculturais em nossas aulas?

Como fazer currículos com os cotidianos? como utlizar artefatos tecnoculturais em nossas aulas?

Número de respostas: 79
Fórum de conversas.

Olá turma!

Nesta aula 5 , disponibilizamos 3 artigos e 3 vídeos que narram práticas educativas mediadas por artefatos tecnoculturais nas mais diversas redes educativas cotidianas.

  • Como fazer currículos cotidianos?
  • Como utilizar e reutilizar artefatos tecnoculturais?
  • De que forma a utilização de artefatos tecnoculturais contribuem para mais e melhores tessituras de conhecimentos?
  • Como você gosta de aprender?
  • Como aprendem os praticantes culturais (crianças, jovens e adultos) na cibercultura?

De que forma o material disponibilizado, sua experiência docente e discente e toda formação que temos e tivemos até agora poderão nos ajudar um pouco mais?

Vamos ao debate?

Quem começa e abre esta conversa?

Espero por todos e todas!

[]s

Méa
Em resposta à Primeiro post

Re: Como fazer currículos com os cotidianos? como utlizar artefatos tecnoculturais em nossas aulas?

por Gabrielle Carvalho de Aragão Santana -
Nos dias de hoje, incluir, não só os surdos, mas os deficientes visuais também é essencial... Já existem programas para os deficientes visuais usarem os computadores e programas que nele existem.
A tecnologia está cada vez mais presente nos dias atuais, dentro das escolas, e ela serve como mediadora no processo educacional. O que antes era mostrado com desenhos, imagens, hoje podemos ver vídeos; entre outras mediações que a tecnologia pode contribuir para a relação entre professor x aluno e para a educação, em geral.
Além disso, a tecnologia pode nos enriquecer não só "didaticamente" mas "culturalmente" também, como exemplo de um dos textos, em que um Ballet que aconteceu em Paris, e, na cidade do Rio de Janeiro, dava para assisti-lo.
Por isso também, é importante os que não escutam, os que não enxergam estarem incluídos nesse contexto do século XXI.
Muitos dizem que as tecnologias como a Internet distanciam as pessoas ou atrapalham estudos, enfim. Eu discordo. Para mim, a internet, sendo bem usada, ela nos traz uma troca, uma proximidade, amizades, conhecimento, cultura entre outras coisas maravilhosas. Ao mesmo tempo que eu entendo a necessidade de não sermos escravos da tecnologia.
Como também foi mostrado nos vídeos, a tecnologia pode ajudar muito na educação, nas matérias didáticas, para a aproximações de lugares, paises, continentes e etc, para o ensino da matemática, para voltar ao tempo, para o ensino de diversas matérias, inclusive na alfabetização de cegos (como vimos em um dos textos).
É claro que alguns professores tem uma certa "resistência" as TICs, porém entendo que, com o tempo, os mesmos verão a importância que elas trazem.
A cibercultura oferece um leque de opções para a aprendizagem dos alunos.
Além disso, achei interessante, nesse contexto, um dos vídeos ser uma web conferencia, em vez de ser uma entrevista com local marcado e etc.
Como já disse. Entendo que, como tudo, há um lado positivo e negativo, porém acho que as TIC tem muito mais coisas a acrescentar do que regredir!

Em resposta à Gabrielle Carvalho de Aragão Santana

Re: Como fazer currículos com os cotidianos? como utlizar artefatos tecnoculturais em nossas aulas?

por Gabrielle Carvalho de Aragão Santana -
Essa nossa matéria é um exemplo de como a tecnologia pode nos acrescentar. As discussões aqui feitas, matérias estudadas as trocas que estamos fazendo diariamente/semanalmente. Além disso, podemos ler discussões antigas, ver vídeos já passados em aulas dadas ou até mesmo relembrar algo dito ou esclarecido.
Mesmo cada um respondendo no seu tempo, ao seu dia, no seu horário, cada um acrescenta ao outro de uma forma.
Em resposta à Gabrielle Carvalho de Aragão Santana

Re: Como fazer currículos com os cotidianos? como utlizar artefatos tecnoculturais em nossas aulas?

por Renata Lopes Marinho de Almeida -
Eu gostei muito do seu exemplo Gabrielle, acho que precisamos buscar meios de aproveitar ao máximo a tecnologia que temos acesso hoje. E conseguir propagar esse entendimento também. A disciplina online, por exemplo, nos proporcionou acoplar materiais e facilidades do nosso lar, trabalho ou até mesmo da internet, transformando os debates cada vez mais interessantes e ricos.
Em resposta à Gabrielle Carvalho de Aragão Santana

Aula 5 ganhando vida!

por Edméa Santos -
sorrisoOlá Gabrielle!

Você tem toda razão. As tics potencializam processos de ensinoaprendizagem e também fazem ótimas mediações comunicacionais.

Nossas pesquisas tem revelado que todas as pessoas, inclusive as com deficiência, estão se autorizando por estas mediações. O artigo sobre "Ativismo surdo " é um belo case de como as pessoas surdas estão se autorizando na rede para aprender e fazer política. No próximo mês, teremos no proped-uerj uma dissertação que será defendida, que narrará como pessoas cegas, alunos nossos da UERJ estão produzindo muito também. Em breve divulgarei a agenda. Os dois trabalhos mostram que as pessoas com deficiência, falam por elas. As tecnologias estão permitindo isso!

Gabrielle você foi muito sensível ao identificar, em nosso artigo, que as tecnologias não só servem para "ensinar", como também , e sobretudo, são artefatos culturais, ou seja, estão na base da cultura contemporânea.

Você diz:

Além disso, a tecnologia pode nos enriquecer não só "didaticamente" mas "culturalmente" também, como exemplo de um dos textos, em que um Ballet que aconteceu em Paris, e, na cidade do Rio de Janeiro, dava para assisti-lo.


Gabrielle, eu vivi isso. Levei minha filha ao Ballet (no Rio numa sala de cinema, mas que se passava em Paris em tempo real), relatei  o evento no Face e muitas narrativas emergiram dessa experiência cultural. O Face, assim como outras Mídia Socias , são espaços cotidianos de trocas, relacionamentos, aprendizagens. São espaços de pesquisa com os cotidianos também.

Os currículos com os cotidianos estão sendo praticados por todos nós!piscando

O desafio é sempre o reconhecimento que nada é pronto, fechado ou acabado. Cada experiência é um acontecimento. Aprendemos que todos nós professores e praticantes culturais devemos "Juntar o máximo de certezas para lidar com as incertezas" como nos sugere Edgar Morin.

Demais colegas, o que acharam dos videos? Que situações gostariam de destacar?

E sobre os textos? Tragam destaques, dúvidas, inquietações...

Estamos esperando por vocês!

[]s

Méa



Em resposta à Edméa Santos

Re: Aula 5 ganhando vida!

por Karine Costa Maia -
Professoras!
Antes de responder as perguntas eu queria saber sobre o uso da palavra TIC's no meu grupo de pesquisa nós não usamos esse termo. Usamos mídias, artefatos e etc...
Também tenho duvidas sobre como usare os instrumentos e ferramentas
Só queria saber... pq essa duvida acaba me perseguindo as vezes (Sei q esse não é o tema da matéria)
como e quando uso esses termos?
Em resposta à Edméa Santos

Re: Aula 5 ganhando vida!

por Juliana Rebelo -
Eu acredito que o uso das Tecnologias podem ser grandes recursos facilitadores para aprendizagem, se bem usados. 
Penso também que o período dos alunos fora da escola (em casa, com amigos, nos seus momentos de lazer) quando estes têm acesso a essas diversas tecnologias, podem se apropriar destas para com isso promover uma educação continuada, ou seja, que vai além do ambiente escolar. Muitas vezes algum conteúdo pouco entendido, ou uma aula perdida, ou alguma curiosidade do aluno pode levá-lo a esses recursos para trabalhar a sua questão. Tudo isso, acredito que a tecnologia nos dar margem para desenvolvermos e aprendermos cada vez mais. 

Tive uma experiência no CAp-UERJ e gostaria de compartilhar com vocês sobre o uso da tecnologia na escola, que também é um tema muito discutido nos dias de hoje. No CAp existe um projeto sobre uma sala chamada Revoluti. Essa sala conta com 21 computadores (sendo um por aluno e um para o professor). A proposta dessa sala funciona durante as aulas regulares, na sala de aula da turma, não como uma sala de informática. Ano passado tive um contato maior com este projeto e acompanhei algumas aulas nesta sala que foram muito interessantes. Além dos alunos gostarem muito, ele podem também aprender através desse recurso. Diversas atividades foram realizadas na sala, de diversas matérias, como Matemática, Geografia, Português, História.... Trabalhos individuais e coletivos, com um recurso (computador e internet) que se apresentava muito familiar aos alunos. E assim conheci diversos programas e jogos que podem ser usados na sala de aula com diversos objetivos.
 
Algo que me chama muita atenção é que muitas escolas nos dias de hoje, dispõe de uma sala de informática, porém está muitas vezes é pouquíssimo utilizada, muitas vezes contam com profissionais desqualificados e equipamentos ruins. Considero importante, pensarmos um currículo que possa usar essas tecnologias para melhorar a qualidade do ensino, para ajudar o aluno e também para ampliar conhecimentos, essa tecnologia que tanto cresceu e que está tão presente no nosso cotidiano e entra na vida das crianças cada vez mais cedo.

Em resposta à Juliana Rebelo

Re: Aula 5 ganhando vida!

por Juliana Rebelo -
Turma, 

achei uma foto da sala no google, pra quem não conhece, ter noção de como é a sala Revoluti.


Anexo foto1.jpg
Em resposta à Juliana Rebelo

Re: Aula 5 ganhando vida!

por Mirian Amaral -

Olá Juliana,

Adorei nosso Encontro!

Você postou uma foto da sala Revoluti. No entanto, os colegas que não estiveram em nosso encontro presencial precisam saber a que você se refere. Trata-se de um projeto: como se chama (Revoluti?)? em que consiste? a quem se destina? qual a instituição que o desenvove? Escreva um pouquinho sobre isso.

Qual o endereço, na Internet, de onde você extraiu a foto - como podemos acessá-la?

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Em resposta à Mirian Amaral

Re: Aula 5 ganhando vida!

por Juliana Rebelo -
Sim, é um projeto realizado no CAp-UERJ.

Um de seus objetivos é o uso de computadores e internet no cotidiano da sala de aula. Busca que esse recurso esteja presente não apenas em um momento do dia ou da semana, com as aulas de informática, mas promover uma rotina em que esse recurso seja usado pelos alunos diariamente, junto ao professor e durante as aulas. 
Ano passado, pude acompanhar um pouco deste projeto com os alunos do quinto ano do ensino fundamental. 

Essa imagem foi tirada do próprio site da UERJ

nessa publicação falando sobre a inauguração da sala no colégio.

Sei que na FEBEF (Faculdade de Educação da Baixada Fluminense) também há uma sala desta e o desenvolvimento desse projeto. São as duas salas que eu sei que funcionam. Porém, acredito que tenham outras, mas desconheço.

sorriso
Em resposta à Juliana Rebelo

Re: Aula 5 ganhando vida!

por Thamires da Silva Vilches -
O projeto da Revoluti é realmente muito interessante e inovador no cotidiano das crianças. Aprender utilizando o computador dentro da escola de forma interativa em uma sala de aula "móvel" é algo memorável e que apresenta grandes resultados. O problema é que infelizmente esse ano o CAp vem enfrentando um problema com a internet, dessa forma o projeto realizado nessas salas não estão sendo realizados. Uma pena! Pois um espaço tão rico acaba não sendo utilizado.
Em resposta à Juliana Rebelo

Re: Aula 5 ganhando vida!

por Mirian Amaral -

Oi, Juliana,

Estou vendo que você, nesta mensagem, oferece informações sobre a sala Revoluti. Comecei a ler as mensagens pelas mais antigas (rs). Mas, o mais importante é que os esclarecimentos foram dados por você. Parabéns!

[ ]s

Em resposta à Juliana Rebelo

Re: Aula 5 ganhando vida!

por Thaís Trindade -
Concordo com você Ju. Alias já tive duas experiências com o uso das TIC´s como facilitadora de aprendizagem. Em um colégio que fiz estágio na Zona Sul, todas as salas são equipadas com data show e computadores ligados a internet. Logo na primeira aula do volta as aulas das crianças do ensino fundamental I, em uma turma de 3° a professora perguntou o que tinham feito nas férias, se tinham ido para algum lugar diferente etc. Com isso, muitos dos alunos viajaram para fora do país, principalmente, França, Itália, Canadá e Estados Unidos. O interessante é que a professora conseguia pesquisar diretamente no Google os locais que eles tinham ido, mostrar para toda e turma e ainda comentava algumas informações históricas e turísticas do lugar. Fiquei impressionada como a turma participou e pedia para ela buscar mais e mais informações de cada lugar. No entanto, hoje em dia, a escola em que faço estágio ainda não instalou data show e computador com internet em sala. Em uma certa aula, houve um termo no livro que as crianças não conheciam, era o veículo conhecido como Perua. Tentei explicar com algumas associações de outros veículos, mas a primeira ideia que tive foi mostrar uma foto da internet para eles e infelizmente não foi possível.
Por isso Ju é muito contraditório quando os professores pedem esse apoio tecnológico e quando o tem não o utiliza.
Em resposta à Thaís Trindade

Re: Aula 5 ganhando vida!

por Daniel Castiajo -

Concordo com você Thaís, também acho que a tecnologia deve ser apropriada na íntegra para facilitar a aprendizagem do aluno, já que ele está inserido na linguagem digital, e nós, no meu entender, devemos acompanhá-lo. Aproveito para confessar que em diversas aulas eu interajo com colegas da turma via SMS (um recurso que está ultrapassado), sai cada coisa! RSRS!! Para mim, isso também é explorar as TIC's, eu ainda não vi nenhum professor fazer uma dinâmica nesse contexto. Será que eu serei o primeiro?

Em resposta à Daniel Castiajo

Re: Aula 5 ganhando vida!

por Mirian Amaral -

Daniel, Thaís, e todos

Algumas variáveis, aqui apontadas, contribuem, significativamente, para a não utilização das TIC nos espaços escolares, como, por exemplo: não exploração desses recursos, pelos professores, por resistência ao novo e a máxima de que "em time que está ganhando, não se mexe"; falta de preparo/habilidade para fazê-lo; ou mesmo, precariedade da infra-estrutura escolar, em termos de equipamentos, conexões, etc..

No entanto, é preciso lembrar que não basta usar a tecnologia disponível; é preciso ter cuidado para que essa apropriação seja feita, de forma adequada, aproveitando-se todas as potencialidades das tecnologias digitais, e suas interfaces, evitando-se, dessa forma, a simples transposição da sala de aula para a tela do computador. Colaboração e interação são peças-chave no processo de aprendizagem.

Há diversos professores que desenvolveram trabalhos bem interessantes, a partir de seus próprios dispositivos móveis (celulares, smartphones, etc), e acabaram estimulando outros professores a usar as TIC.

Quem sabe, vocês se animam e desenvolvam um trabalho desse tipo com seus alunos? Estamos na torcida!

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Em resposta à Thaís Trindade

Re: Aula 5 ganhando vida!

por Juliana Rebelo -
Muito contraditório mesmo. Pois essa ferramenta, no exemplo que você sitou, foi de extrema importância para que todos os alunos conhecessem os locais visitados. Pois, cada aluno viajou para 1 lugar, e a professora pôde usar disso para que toda turma passasse a conhecer aqueles países e até mesmo aos alunos que por ventura não viajaram. 

Além de ser um recurso conhecido hoje por boa parte dos alunos que pode ser um grande facilitador até mesmo pro próprio professor, que pode buscar outros meios para apresentar pros seus alunos um mesmo conteúdo.
sorriso
Em resposta à Edméa Santos

Re: Aula 5 ganhando vida!

por Rodolpho Silva -

No artigo CIBERCULTURA: REDES EDUCATIVAS E PRÁTICAS COTIDIANAS, eu gostaria de destacar que a  a cultura digital não representa o fim da indústria cultural massiva. A cibercultura promove e faz as reconfigurações da cultura de massa e devemos  reconhecer a instauração de uma dinâmica que faz com que o espaço e as práticas sociais sejam reconfiguradas com as tecnologias digitais, assim como são configurados e reconfigurados no nosso cotidiano!

 

No artigo Usos de artefatos culturais nos processos pedagógicos cotidianos dentofora das escolas.

Achei interessante  a parte na qual se fala da criação de trabalhos produções criadas por alunos, às vezes em conjunto com os professores, que independente das condições técnicas de produção, mobilizam e hibridizam linguagens e saberesfazeres. Com certeza essa forma de aprender seria muito

 mais interessante do que é a forma tradicional. Achei interessante também a iniciativa em  utilizar os artefatos tecnológicos, como  por exemplo:  os livros e textos os quais foram escaneados, e jogados no  computador, convertidos por meio de um programa específico para o sistema braile e depois impressos em uma  impressora especial para ajudara a aluna  cega a ler. Outro exemplo plausível é a ideia da professora em utilizar o computador do laboratório pedagógico  para a alfabetização da aluna de baixa visão, colocando letras e números bem  grandes digitados no computador e impressos em papel, recortados e colados  em cada tecla, de modo que a  menina pudesse enxergar.

Mais uma vez o texto retoma a ideia de aprender ensinando e ensinando aprendendo, quando ele comenta sobre o projeto, apoiado pela FAPERJ, que possibilitou que a escola recebesse uma câmera de vídeo profissional, um computador Macintosh e um vídeo walkman. Com isso alunos e professores conseguiram expandir o conhecimento por meio do uso das tecnologias com a interação entre eles,  praticando, avaliando, fazendo e refazendo, compartilhando,  improvisando com o que tinham à mão, buscando recursos na  comunidade. Alunos e professores aprenderamensinaram uns com outros, desestabilizando configurações hegemônicas nas relações poder/saber.

De acordo com o que foi dito acima é importante destacar que os professores estão buscando usar esses artefatos tecnológico, ao contrário do que eu muita gente pensava. Pois existe uma crença que os professores não estavam preparados ou que eles resistiam as tecnologias. 

Em resposta à Gabrielle Carvalho de Aragão Santana

Re: Como fazer currículos com os cotidianos? como utlizar artefatos tecnoculturais em nossas aulas?

por Mariana Trindade Gonçalves -
Gostei muito do que a Gabrielle falou e concordo com ela que as TIC têm muito o que oferecer .. Acredito que muitos professores e docentes, principalmente os mais experientes e com muito tempo de carreira tenham uma certa dificuldade de encarar esse fenômeno e inclui-lo como parte e estratégia para o processo de ensino aprendizagem, lembro-me de um professor excelente,as aulas dele eram excepcionais que tive de história que abominava computador e isso nem faz tanto tempo, estudei com ele entre os anos de 2007 e 2009. Creio que devido a formação dele ser mt diferente na nossa, ele tenha criado uma certa aversão. Mas o que nao significa que os mais antigos nao possam adentrar nesse mundo..podem e devem ! Experimentar o novo, deixam as pessoas mais vivas do que nunca.
Acredito também que tudo tem seu lado negativo, e talvez o comportamento de uso desenfreado dos alunos dessas tecnologias como rede sociais (facebook, orkut, twitter) durante as aulas possam contribuir para que alguns professores se distanciem dessa realidade, é muito verdade que muitos alunos e porque não nós mesmos, usam essas tecnologias em momentos inoportunos.. É tudo uma questão de hora/lugar e respeito ao outro, usar as tecnologias para acrescentar, produzir cultura é super válido nas escolas e no cotidianos das aulas, mas devemos ter o senso  e o cuidado de saber usar cada ferramenta no momento oportuno.  

Mas como docente e discente vejo que ela(Tic) está ai e que como não temos como negá-la ou ignorá-la, é uma realidade e que temos que estudar e tirar e fazer bom proveito do que nos é fornecido.
Em resposta à Primeiro post

Re: Como fazer currículos com os cotidianos? como utlizar artefatos tecnoculturais em nossas aulas?

por Evelyn Valverde -
Eu gostei muito dos textos principalmente aquele que fala sobre a luta dos surdos para que a escola feita especialmente para eles não fosse fechada.
Isso mostra que muitas vezes a inclusão é uma maneira de exclusão. Não acho que a inclusão dos surdos e cegos no ambiente escolar deva ser feita à força, na marra. Como tirá-los de uma escola que tem todas as ferramentas para ajudá-los na aprendizagem para colocá-los em escolas totalmente despreparadas e dizer que isso é inclusão social?
Achei muito emocionante a maneira como eles manisfestaram e lutaram por seus direitos, mostrando que não são os surdos ou os cegos ou pessoas com qualquer tipo de deficiências que ficam de fora das inovação tecnológicas, todo mundo é capaz de acompanhar os avanços, o que nos leva a pensar no por que alguns professores então preferem continuar aterrados ao modo tradicional de ensino se há tantas ferramentas a serem usadas.
O caso dos cegos mostra que a tecnologia e as redes sociais podem ser usadas de uma maneira muito positiva. Então é claro que nos ambientes escolares isso deve sim ser explorado ao máximo, porque a escola é feita de alunos que não possuem mais a mesma mentalidade daqueles que estavam acostumados apenas com o quadro e o giz, o papel e a caneta, trabalhos na cartolina. 
Eu me lembro que na minha época de estudante, poucas pessoas possuiam um computador, estavamos acostumados a procurar figuras em jornais e revistas, fazer trabalhos na cartolina, tirar xérox de figuras de livros hoje em dia existem os slides, powerpoint, transparências. Pergunto-me se quando eu chegar numa sala de aula e pedir os meus alunos para apresentar um trabalho de cartolina ou procurar em revistas e jornais como aprendi com os meus professores de ensino fundamental e médio, meus alunos me acharão um ET.
É por isso que eu acredito que o uso das tecnologias na sala de aula deve ser explorado ao máximo. Quem me dera se minhas aulas antes do ensino superior tivessem sido mais dinâmicas, com slides, vídeos, imagens, sons e cores. Tenho certeza que teria sido muito mais estimulante aprender. A questão é ter todas as ferramentas e incentivo aos professores para que tudo isso seja trazido para os alunos sortudos dessa nova era.
Em resposta à Evelyn Valverde

Re: Como fazer currículos com os cotidianos? como utlizar artefatos tecnoculturais em nossas aulas?

por katia prado -

Olá pessoal, boa noite!

Lendo o que a Evelyn postou, me lembrei do vídeo  Salto para o Futuro - Série "cotidianos, imagens e narrativas", programa 1, onde a professora Sonia Regina, consegue usando retalhos de tecidos doados e restos de linha, confeccionar tapetes que contam histórias, um trabalho muito interessante,  onde juntos, os alunos montam este tapete, e o resultado final é muito lindo! Uma boa opção, que sai da mesmice, em que você falou, e parte para o desenvolvimento de trabalho em grupo, que envolve a noção de equipe e colaboração, enquanto se trabalha as diferenças. Muito bom vídeo, gostei muito!


Em resposta à katia prado

Re: Como fazer currículos com os cotidianos? como utlizar artefatos tecnoculturais em nossas aulas?

por Mirian Amaral -

Katia, e todos,

Esse vídeo é muito interessante, na medida em que a professora trabalha a questão identitária, enfatizando as diferenças - não os diferentes. Assistindo-o , lembrei-me de um outro, cujo link, segue, abaixo, denominado "Chimamanda Adichie - Os perigos de uma história única". Vale à pena conferir!

http://www.youtube.com/watch?feature=endscreen&v=_4uXhbSWIJs&NR=1

[ ]s

Em resposta à Mirian Amaral

Re: Como fazer currículos com os cotidianos? como utlizar artefatos tecnoculturais em nossas aulas?

por Daniel Castiajo -

Professora,

Esse vídeo é emocionante, cheguei a ficar refletindo durante alguns minutos sobre as questões (preconceito, dominação, interesses, controle, manipulação), no meu entender ela explora muito bem as TIC's - tecnologias da Informação e comunicação-, e fala uma verdade que ainda é restrita para "muita gente no mundo". Quantas pessoas ouviram esta história? Será que agradou a todos? Se não agradou, qual foi o motivo?
Como eu disse em postagens anteriores, quando nós fazemos múltiplas disciplinas não tem como não articular o conteúdo com outros campos dos saberes. Para mim, ficou claro que em termos globais o advento da Internet proporcionou a interação em tempo real de tudo. RSRS!! Positivo ou Negativo. Mas quem sou eu para julgar? Qual o motivo que me faz pensar que o "AH LEK LEK LE LEK" não é cultura? Preconceito?
Eu não consigo responder todas as minhas inquietações. Se algum/a colega me ajudar... O fato é que muitas culturas são desqualificadas por diversos motivos, exemplo: a mulçumana, a africana, a da "favela" e etc.
Contudo, refletindo sobre o vídeo e associando ao conteúdo estudado até então, e também pensando nas questões lançadas pela professora Edméa na aula presencial, já dá para ter um norte para minha conclusão, que segue o caminho do entendimento acerca da cultura como de todos sem juízo de valor. Aí é que a minha cabeça dá um nó, pois associando aos últimos acontecimentos acerca do controle do conteúdo da internet por parte do Governo Americano, e também das manifestações concebidas do ponto de vista da televisão, contraditórias frente as notícias postadas na internet. Qual é a real?
Isso tudo reflete na sala de aula. Enfim, chega a me dá medo da responsabilidade do professor, frente a tantas questões em conflito. Pretendo no final desta disciplina chegar a uma conclusão, ou não, já que na lógica Freiriana nós somos seres inconclusos. RSRSRS!!
Finalizo minha postagem cheia de dúvidas com um ditado africano que diz: " Enquanto as histórias de caça forem contadas pelos caçadores, os leões serão sempre os predadores." (Autor Desconhecido).

Em resposta à Daniel Castiajo

Re: Como fazer currículos com os cotidianos? como utlizar artefatos tecnoculturais em nossas aulas?

por Bárbara Castanheira Pires -
Concordo com o Daniel dá um medo de ser professor depois de refletirmos sobre como fazer a mediação de tantas diversidades...
Iniciei minha prática como professora de uma turma mês passado e a primeira matéria que tive que passar aos alunos em geografia foi justamente sociedade brasileira e miscigenação...
Me embaracei em muitos momentos, pois é um assunto muito complexo para ser explicado em uma ou duas aulas... Ao mesmo tempo que me embaracei achei muito interessante como mudou a visão dos livros didáticos desde a minha época de escola. Atualmente se fala da invisibilidade dos negros na sociedade nos livros!
 Pude ver como o preconceito é presente no espaço escolar... O dizer-se negro ainda é muito difícil para os alunos, ainda é difícil assumir que existe diversidade entre 

Aí vai um trecho do livro didático do quinto ano.

Os invisíveis
Como é o "ser negro" que aprendi na escola? Lembro do retrato de um homem amarrado, a calça abaixada, apanhando num tronco. Essa imagem que aparecia repetidamente nos livros escolares. Por que mostravam sempre a mesma figura negra totalmente dominada?
Nunca aparecia de outra forma. Existem muitas outras histórias construídas pelos negros, mas como elas não aparecem nunca, na prática são invisíveis, é como se não existissem.
E nas historinhas infantis então? O único personagem de que me lembro é o Gato Felix, um gato preto. Nunca encontrei personagens negros fazendo papel principal num enredo de amor ou numa aventura. Nas poucas histórias em que eles ganham destaque são pobres e tristes, na melhor das hipóteses. E na televisão, nos cartazes do shopping, nas revistas, a regra é esta: quando aparece a imagem de uma pessoa bem-sucedida, charmosa e competente, essa pessoa não é negra...
LIMA, Heloisa Pires. Histórias da Preta. São Paulo: Companhia das letrinhas, 1999.

Esse texto me possibilitou um bom debate sobre a invisibilidade dos negros na nossa sociedade muito legal. 

Em resposta à Daniel Castiajo

Re: Como fazer currículos com os cotidianos? como utlizar artefatos tecnoculturais em nossas aulas?

por Mayra Ribeiro -
Daniel,
Também gostei muito do vídeo sugerido por Mirian. Mas uma coisa me chamou a atenção, o modelo hegemônico de cultura, de conhecimento, presente em nossos currículos. O vídeo evidencia o endeusamento de uma cultura colonial que foi impostas aos países denominados "subdesenvolvidos" e a luta por uma desconstrução de um discurso que deu a tônica de "verdade" a um modelo de poder, econômico e cultural, considerado melhor do que qualquer outro. Nesse sentido, penso sobre quais caminhos podemos construir na perspectiva de recusar "modelos" curriculares que negam a história, a cultura dos alunos  em pró de uma cultura universal e conolizadora? Como produzir novos sentidos no ambiente regulado por sistemas discursivos hegemônicos? Qual a potencia de um currículo com os cotidianos e dos usos dos artefatos tecnoculturais nessa empreitada?
Em resposta à Mayra Ribeiro

Re: Como fazer currículos com os cotidianos? como utlizar artefatos tecnoculturais em nossas aulas?

por Daniel Castiajo -

Profª Mayra,
De cara, respondendo a primeira indagação, eu creio que antes de qualquer atitude o assunto deve ser exposto na reunião de planejamento do PPP, caso não seja do interesse dos atores sociais representados, faria de outra maneira desenvolvendo o tema transversalmente sem interferir na "grade" curricular. Ex.: Sabe-se que em determinadas comunidades existem demandas que necessitam de maior atenção da escola, como a educação sexual/gravidez da adolescência, é um tema polêmico e descartado por grupos conservadores de variadas vertentes, para mim o educador envolvido nesse contexto deve ser, sobretudo inteligente, ousado e dinâmico.

Quanto a questão dos sistemas hegemônicos, no meu entender, a primeira coisa que devemos fazer é se apropriar efetivamente do conceito de hegemonia assinalado por Gramsci, que tem a ver com a sua origem do grego eghestai - que significa ser líder e também dá a ideia de condução ou comando supremo. Existem outras acepções para o termo, mas a gramsciana, para mim, esclarece alguns fenômenos do nosso cotidiano, e certamente fará a diferença na hora de por em prática a nossa pequena contribuição transformadora.

Já para responder a terceira pergunta, cito o texto da aula, já que assinala que o educador pode aproveitar para a concretização de um currículo online, contextualizando com os cenários históricoculturais e multirreferenciais dos praticantes em suas diversas redes educativas, dentrofora das escolas e dos espaços formais de aprendizagem, destaco o advento dos ambientes virtuais de aprendizagem para a instituição de currículos online, que, no caso do texto “Artefatos Tecnoculturais”, foram citados alguns exemplos de sucesso da sua apropriação.
Em resposta à Mirian Amaral

Re: Como fazer currículos com os cotidianos? como utlizar artefatos tecnoculturais em nossas aulas?

por katia prado -
Bom dia Mirian, eu fui dar uma conferida no vídeo  "Chimamanda Adichie - Os perigos de uma história única", e realmente é muito interessante, como as pessoas estão acostumada a ouvir e aceitar as histórias do outro como algo pré-definido pelas mídias, que já nos apresentam uma imagem das pessoas e de certos grupos, como a palestrante mesmo fala, quando ela usa uma única palavra para definir o que acontece, "nkali", ou, traduzindo, "ser maior do que que o outro", onde o poder econômico e político, define histórias como realidades a serem absorvidas sem serem contestadas,  histórias que passam a ser "consumidas" por todos nós como verdades, são histórias de esterótipos, que não fazem jus aos seus personagens, que não trazem toda a verdade sobre os indivíduos envolvidos, suas lutas e suas conquistas, em geral apenas mostram o lado que interessa à eles os "tidos como poderosos" mostrar! Lindo, amei! Obrigada pela dica!
Em resposta à katia prado

Re: Como fazer currículos com os cotidianos? como utlizar artefatos tecnoculturais em nossas aulas?

por Mayra Ribeiro -
Muito bom Kátia. Das coisas simples do cotidiano podemos criar, inventar práticas pedagógicas interativas, colaborativas e autorais. Veja o exemplo da dinâmica da aula presencial, com artefatos culturais disponíveis e de fácil acesso, foi possível envolver mediação, autoria,  colaboração e ressignificação de ideias sobre currículo.
A sua escrita me instiga a pensar na importância do FAZER COM, condição indispensável em uma perspectiva do currículo com os cotidianos, não acha?
Em resposta à Mayra Ribeiro

Re: Como fazer currículos com os cotidianos? como utlizar artefatos tecnoculturais em nossas aulas?

por katia prado -
Sim, certamente nossa aula foi um bom exemplo de como desenvolver uma atividade onde não foi necessário lançar mão de muitos recursos, para se conseguir a interação de todos, como forma de significar ideias.

Em resposta à Primeiro post

Re: Como fazer currículos com os cotidianos? como utlizar artefatos tecnoculturais em nossas aulas?

por Thaís Vianna Richter -
Olá pessoal !!!
    Como utilizar os artefatos tecnoculturais e de que forma eles nos auxiliam nos nossos cotidianos e currículos é um  dos questionamentos que caminha ao longo do nosso processo de formação. 
As maneiras de inserir as TIC's no nosso cotidianos  ainda são desafios a serem ultrapassados . Essa utilização poderá ocorrer das mais diversas  formas, se irá dar certo ou não isso é muito relativo, dependerá de todo contexto escolar que você estará imerso.  Porém experimentar e fazer uso delas é algo que deverá fazer parte de nossas práticas.  
Todos sabemos que as mais diversas tecnologias já fazem parte constante do nosso cotidiano, e por que ignorá-las no nosso currículo e cotidiano escola ?? Ao contrário, elas não tem que apenas está presente , mas, principalmente, serem utilizadas. ( o que adianta uma sala de recursos sem sua utilização???V-. ) 
 Como dito no vídeo da TV escola/ Salto para o futuro, através da utilizações desses artefatos e das TIC's podemos proporcionar uma aprendizagem plural, com uma linguagem plural que nos possibilita a conhecer e nos aproximar das diversificadas culturas.
E é nessa perspectiva que damos espaço á um currículo multireferencial , o qual valoriza a aprendizagem em diversos ambientes. Além disso, não podemos esquecer -como foi citado no texto: " Ciberativismo Surdo"- que a partir dessa interação com as tecnologias temos nossa alunos como emissor e cocriadores das informações e conhecimentos. 
 Então pessoal , essa é a hora de pensarmos em metodologias agregadas as TIC's e artefatos tecnoculturais !!!! Alguma sugestão ?? :-D

Em resposta à Thaís Vianna Richter

Re: Como fazer currículos com os cotidianos? como utlizar artefatos tecnoculturais em nossas aulas?

por Mirian Amaral -

Thaís, Karine, e todos

Junto-me a você para engrossar esse coro:

"Então pessoal, essa é a hora de pensarmos em metodologias agregadas as TIC's e artefatos tecnoculturais !!!! Alguma sugestão ??"

Mas, antes, precisamos entender bem o significado de alguns termos que surgem em nossas leituras. Nossa colega Karine, em mensagem anterior, perguntava-nos: o que é TIC, o que são artefatos culturais? o que são mídias?

E, agora, indago: o que é multirreferencialidade?

Espero todos aqui com suas contribuições aos debates!

Em resposta à Mirian Amaral

Re: Como fazer currículos com os cotidianos? como utlizar artefatos tecnoculturais em nossas aulas?

por katia prado -
Eu não tenho certeza, mas,  tem a ver com as varias possibilidades na construção e potencialização do  conhecimento, onde todos os envolvidos são tidos como sujeitos formadores no processo educativo, sendo levada em conta a pluralidade de olhares e realidades, na articulação dos diferentes saberes e práticas, para responder a determinada problemática, de acordo com cada contexto e/ou situação que se apresenta. Sendo a escola, um espaço onde se busca  articular o diálogo, a comunicação entre comunidade escolar e toda sociedade.  Não sei se consegui me fazer entender!
Em resposta à Mirian Amaral

Re: Como fazer currículos com os cotidianos? como utlizar artefatos tecnoculturais em nossas aulas?

por Mariana Trindade Gonçalves -
Multirreferencialidade, está ligado ao currículo multirreferencial, que é o tema abordado em um dos vídeos postados aqui para estudarmos nesse fórum, entendi como sendo diversas referencias de conteúdos que podem e devem ser trabalhados com os alunos, sejam eles dentro ou fora da escola, sejam eles utilizando recursos de livros e apostilas como já estamos acostumados até ao uso de computadores, mídias..as TIC; é toda e qualquer forma de interação que nos proporcione aprendizagem, conhecimento. O professor Roberto Sidnei Macedo diz no vídeo que a ideia principal é que se aprende em diversos ambientes distintos, como na escola, no cinema, no trabalho e etc.Ou seja a heterogeneidade de possibilidades da realidade desses contextos a serem trabalhados na escola.
Em resposta à Mirian Amaral

Re: Como fazer currículos com os cotidianos? como utlizar artefatos tecnoculturais em nossas aulas?

por Renata Lopes Marinho de Almeida -
Em relação à indagação sobre multirreferencialidade, acredito ser, após as experiências vividas nessa disciplina, as formas de integração e interação capazes de gerar conhecimento e aprendizagem, as quais não encontram-se restritas ao ambiente escolar, elas podem ser experimentadas em qualquer lugar e através de diversos instrumentos proporcionadores. 
Em resposta à Primeiro post

Re: Como fazer currículos com os cotidianos? como utlizar artefatos tecnoculturais em nossas aulas?

por Thaís Vianna Richter -
AAAAAAAhhh gente , lembrando:

    apenas o uso  das TIC's não garante um processo de ensino aprendizagem de qualidade, isso depende de NÓS através de nossos conhecimentos, saberes, informações, metodologias, e vontade !  ;-)
Em resposta à Thaís Vianna Richter

Re: Como fazer currículos com os cotidianos? como utlizar artefatos tecnoculturais em nossas aulas?

por Thaís Boch -
Concordo plenamente, Thaís.
Não adianta pensar que as TIC's vão fazer todo o "trabalho", temos que ter essa consciência que nós também precisamos fazer a nossa parte!
Em resposta à Primeiro post

Re: Como fazer currículos com os cotidianos? como utlizar artefatos tecnoculturais em nossas aulas?

por Bárbara Castanheira Pires -

Gente o texto Ciberativismo Surdo: em defesa da educação bilíngue”me fez lembrar muito as manifestações contra o aumento de passagem que estão ocorrendo no Rio de Janeiro e em todo o Brasil ....
Principalmente esse parágrafo:
"A ruptura com o paradigma da “transmissão”, próprio das mídias massivas, é outra importante característica da WEB 2.0. A liberação do polo de emissão (SANTOS, 2010, p. 36) facilita os processos de interação, horizontalizando a comunicação e informação, o que reforça as potencialidades da internet no que diz respeito à democratização das relações, fortalecendo os indivíduos “do ponto de vista de suas ações políticas e suas opções identitárias”. (SILVA, S. 2009, p. 171)."

A população não está mais aceitando as informações prontas que vem da mídia, através das redes sociais todos estão se organizando melhor, buscando outros pontos de vista...

O caso do aumento da passagem que a mídia tenta passar como se os manifestantes fossem baderneiros já virou piada no Facebook... O fato é que estamos mais críticos pois temos acesso a diferentes informações e a diferentes pontos de vista! 


Foto: Curta Nossa Página: Geração Invencível      Via página Conselhos do He-Man

Em resposta à Bárbara Castanheira Pires

Re: Como fazer currículos com os cotidianos? como utlizar artefatos tecnoculturais em nossas aulas?

por Karine Costa Maia -
A Barbara levantou um assunto q ta em total ebulição com esses protestos e logo me veio essa imagem que ta circulando por vários Facebooks. (Logo abaixo) e tbm vi hoje pelo facebook que um ex professor meu pediu para que os alunos fossem com ele para os protesto de hoje a noite(17/06) que a aula vai ser vivida naquele espaço.  Alguém quer mais cotidiano que isso? rsrs


Anexo saimos-do-facebook.jpg
Em resposta à Karine Costa Maia

Re: Como fazer currículos com os cotidianos? como utlizar artefatos tecnoculturais em nossas aulas?

por Talita Flavia Sodre da Silva -
Karine
Muito interessante o professor utilizar a situação atual do Brasil como tema de aula. Acho que isso é totalmente cotidiano. Explorar outros espaços, sair um pouco da teoria e ir para a prática, chamar todos para uma democracia participativa e principalmente construir conhecimento no coletivo.
É claro que as redes sociais tem sido de grande importância em todo este contexto que nosso país vive e tem sido a forma de unir os diversos sujeitos para uma verdadeira intervenção nas ações absurdas tomas pelos nossos representantes.
Em resposta à Karine Costa Maia

Re: Como fazer currículos com os cotidianos? como utlizar artefatos tecnoculturais em nossas aulas?

por Evelyn Valverde -
Achei muito legal a Bárbara e a Karine mencionarem o assunto das manifestações que estão ocorrendo em várias partes do Brasil. O interessante em estudar o cotidiano é poder ligar a disciplina aos assuntos sociais da atualidade, afinal tudo aquilo que é vivenciado fora do cotidiano escolar influencia a escola e é influenciado por ela.
No caso dessas manifestações, também é interessante como os artefatos culturais ajudam e fazem essas práticas acontecerem, mobilizando as pessoas a participaram e lutarem pelos seus direitos, hoje em dia só é alienado quem quer. Foram criados inclusive eventos no facebook para a mobilização e divulgação e como consequência as ruas de várias cidades do Brasil estão cheias de manisfestantes.
Porém, vale mencionar o papel que a escola deve/deveria ter nessas mobilizações. Educando indivíduos conscientes e ativos para a luta de seus direitos. Eu já tive algumas aulas no ensino médio em que os professores fugiam um pouco do currículo e nos falavam sobre algo importante que estava acontecendo na atualidade, nos explicavam os acontecimentos e no caso de manifestações no Brasil e no Rio até nos incentivavam a participar. Eu achava muito interessantes essas aulas, porque por mais que elas não estejam no currículo é muito necessário que os alunos sejam orientados de acordo com o que está acontecendo no Brasil e no mundo. Só assim nós poderemos atuar como cidadãos ativos e cada vez menos alienados que lutamos por nossos direitos.
Em resposta à Karine Costa Maia

Re: Como fazer currículos com os cotidianos? como utlizar artefatos tecnoculturais em nossas aulas?

por Mariana Trindade Gonçalves -
Sem dúvida uma aula que deve ter sido marcante para alunos e professor. Essa questão do movimento ter se iniciado na internet está demonstrando cada vez mais  e reforçando a ideia de que a cibercultura não  deve mais ser ignorada pelas escolas e instituições, pois é um realidade..a internet é um espaço riquíssimo de cultura, e como estamos fazendo aqui nessa disciplina, pode ser utilizada muito bem para a aprendizagem, e o mais legal de forma até mais atrativa e flexível. Nós temos que nos adaptar ao mundo, é o mundo contemporâneo é tecnológico.
Em resposta à Primeiro post

Re: Como fazer currículos com os cotidianos? como utlizar artefatos tecnoculturais em nossas aulas?

por Juliana Leite -
Colegas, boa noite!!

Juliana Rebelo e Thaís Trindade, seus relatos me chamaram atenção, pois ambas contam suas experiências pessoais com os artefatos tecnológicos e suas funcionalidades dentro do âmbito escolar e, ainda, em um segundo momento, mencionam uma problemática a ser discutida: o uso correto desses artefatos. Tal como aborda-se em um dos textos listados para nossa leitura complementar: “São incessantes as pressões de todos os lados (alunos, professores, gestores educacionais, pais, empresários, ativistas sociais, autoridades, especialistas e mídias) para que as escolas se "modernizem", se midiatizem, se informatizem, sob pena de se tornarem defasadas e desinteressantes em relação às mudanças no mercado de trabalho e à sedução provocada pela indústria de entretenimento, comprometendo, cada vez mais, a tão almejada e controvertida "qualidade do ensino". (SOARES e SANTOS, p. 2, 2012). Do que adianta a presença de inúmeros artefatos tecnológicos (na tentativa de “substituir o ultrapassado, inadequado e tradicionalista” quadro de giz) se ligamos o data show apenas para reproduzir em “modernos” slides tudo o que, anteriormente, seria escrito no quadro de giz? Estaríamos evoluindo significativamente ou apenas substituindo as tecnologias?

Não gostaria de generalizar minha fala, ainda mais ao observar, por exemplo, o uso de computadores na alfabetização de alunos com deficiência visual (fato este citado no texto já referido acima), onde podemos perceber uma utilização pedagógica significativa, priorizando um atendimento substancial e uma inclusão fidedigna, onde se modificou o ambiente para adaptar essa criança ao invés de obrigar essa criança a se adaptar por si só onde fora “incluída”.

Jovens, adultos e principalmente as crianças precisam que lhes sejam despertados o interesse. De uma maneira geral, gosto de aprender através de estímulos, instigações e percebo que a utilização de artefatos tecnológicos insinua a ampliação de possibilidades, horizontes e novos saberes.

Referências:

SOARES,Conceição.SANTOS, Edméa. Artefatos tecnoculturais nos processos pedagógicos: usos e implicações para os currículos. In: ALVES, Nilda. Libâneo, José Carlos. Temas de Pedagogia: diálogos entre didática e currículo. São Paulo: Editora Cortez, 2012. (pgs 308-330)

Em resposta à Juliana Leite

Re: Como fazer currículos com os cotidianos? como utlizar artefatos tecnoculturais em nossas aulas?

por Juliana Dias de Oliveira -
Concordo com você Juliana, não temos como tirar a tecnologia da escola e tenho percebido que há uma “inexistência” tecnológica, a não apropriação dos recursos dentro das aulas. Minha monografia aborda a influência da mídia dentro no cotidiano infantil, apesar de ser forte a questão as professoras abominam a utilização de qualquer recurso externo, tratam os alunos como seres zerados de conhecimento, algumas não sabem ligar o computador, que hoje é uma grande porta de troca informações para serem utilizadas por elas. As crianças já são alfabetizadas midiaticamente e porque não utilizar essa questão a favor da escola? O próprio desenho animado pode ser uma aula interessante. Mas é claro que temos que cuidar para não julgar as professoras 
Em resposta à Juliana Leite

Re: Como fazer currículos com os cotidianos? como utlizar artefatos tecnoculturais em nossas aulas?

por Juliana Rebelo -
Com certeza Juliana Leite,

esse é um grande problema que vejo, enfrentado pelas escolas. 
Algumas têm computador, data show, internet... Tem todos os aparatos tecnológicos, porém se percebe a mesma prática de ensino. Como se nada mudasse. Professores que usam os equipamentos apenas substituindo o quadro negro por um quadro informatizado. Professores que muitas vezes não sabem utilizar os equipamentos e que não se mostram interessados em aprender.

Me recordo no meu ensino médio, que estudei em uma escola que tinha todos esses aparatos. E meus professores (principalmente de biologia, história, geografia) usavam muito o data show. Mais era exatamente do mesmo modo que eles usavam o quadro negro. Nós, alunos, ficávamos copiando os textos dos slides, e os professores liam aquilo e explicavam. 

Quando vejo hoje, em sala de aula, como estagiária, o quanto a tecnologia pode ajudar um professor no processo educacional, penso em por que, às vezes, há uma resistência destes?
Penso que a tecnologia não veio pra substituir, mas sim pra inovar. Pra trazer coisas novas pra escola e pra facilitar a aprendizagem a medida que te permite usar de diversos mecanismos. 
Em resposta à Primeiro post

Re: Como fazer currículos com os cotidianos? como utlizar artefatos tecnoculturais em nossas aulas?

por Talita Flavia Sodre da Silva -

Boa noite turma,

Acho que muito mais que uma síntese das informações obtidas através do texto é interessante destacar alguns pontos que me chamaram bastante atenção.

Dentre os conteúdos disponibilizados o que mais me chamou atenção foi a entrevista do professor Nelson no vídeo Currículo Multirreferencial.  Sua fala inicial dizendo que “Nós não queremos a internet nas escolas, nós queremos a escola na internet” me chamou atenção e realmente me fez refletir acerca da utilização dos artefatos tecnológicos dentro do ambiente escolar.  Com o passar do tempo e o avanço nos estudos sobre este tema podemos perceber que apenas o acesso aos artefatos tecnológicos não é o bastante para que haja uma verdadeira mudança na perspectiva escolar. Mais do que ter o acesso à internet é necessário que as escolas tenham professores capazes de trabalhar da melhor maneira possível com tais artefatos.  Acredito que tanto os computadores quanto as demais tecnologias da informação e comunicação vieram para somar à prática docente e não se opor. Desta maneira penso que o receio de alguns professores quanto ao uso de tais tecnologias seja compreensível pois entendo como o medo do novo,mas também desnecessário visto que, no mundo contemporâneo é quase impossível pensar em alunos que em algum momento não esteja em contato com estas tecnologias.

Com o uso das tecnologias percebo claramente uma mudança no currículo que cada vez se caminha para ser em redes e não como algo imposto. Este currículo deve ser construído com os diversos sujeitos presentes na escola e na sala de aula ele deve ser algo onde todos os alunos são mediadores do conhecimento.

E como o conhecimento se dá em redes temos que pensar sobre como colocar em prática tais reflexões. E surge em minha mente a necessidade de uma melhor formação do professor, uma infra estrutura adequada e uma escola aberta as inúmeras possibilidades geradas pela internet e os demais artefatos tecnológicos encontrados no mundo atual.

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Re: Como fazer currículos com os cotidianos? como utlizar artefatos tecnoculturais em nossas aulas?

por Monique Laino de Alencar -
A partir dos textos e vídeos fica evidente o quão abrangente é falar sobre as tecnologias que vem surgindo ao longo do tempo e que invadem a escola "sem pedir licença". Notei, com a contribuição dos materiais disponibilizados, que discutir o uso das TICs na, com e para a escola, está para além de discorrer sobre sua utilização ou sua não utilização. Passamos agora para algo bem mais complexo e novo, trata-se de pensar o como, de que maneira utilizá-las. Muitíssimo enriquecedor conhecer experiências de outros estados, bem como depoimentos de educadores que, mesmo sabendo das dificuldades preferiram arriscar e inovaram na educação com o uso das TICs de forma criativa, que não se restringiram em ensinar sistemas operacionais a fim de formar para o mercado de trabalho, mas ao contrário, utilizam tais recursos como artefatos escolares em benefício do ensinoaprendizagem. Chama a atenção a forma como defende-se o fato de que as transformações tecnológicas chegaram a um ponto em que não há como a escola ignorar o que vem acontecendo. Percebi que não são os alunos que devem ficar inertes mediantes ao que ocorre no mundo,mas sim, a escola que tem o dever e o direito de adaptar-se à nova realidade educacional. Entendendo que o aluno há muito  não deve ser observado segundo o seu conhecimento científico (se assim pode-se dizer), pelo contrário, entende-se que a aprendizagem ocorre nos ambientes mais diversos.Nos jogos,nas redes sociais, em casa, na rua e em todos os locais que façam parte da sua realidade, do seu cotidianos, da sua vivência. Pensar um currículo que não abarque tal realidade é o mesmo que dizer que o aluno é uma tábula rasa, é tão antiquado quanto dizer que não importa o que o aluno traz, suas experiências. Incrível é pensar que nós, professores desta geração teremos a oportunidade de trabalhar de forma mais dinâmica e abrangente. Não que seja, nem pareça fácil, mas só a possibilidade já é motivo de comemoração. piscando
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Re: Como fazer currículos com os cotidianos? como utlizar artefatos tecnoculturais em nossas aulas?

por Lhays Marinho da Conceição Ferreira -
 Percebi, que é possível produzir experiências novas e diferentes nos espaçostempos da cibercultura, por meio dos ambientes online de aprendizagem e com a interação entre professor e aluno nas redes. E assim as tecnologias fazem parte da forma de agir e pensar nos processos culturais.
O que nos leva a pensar na comunicação em rede que se estabelece no cotidiano. Entretanto, não podemos centrar a formação de professores na cibercultura apenas interagindo com os espaçostempos do ambiente escolar.
Além disso, a criação de redes sociais é criada através da dinâmica da internet; e dessa forma novas redes educativas são formadas e inspiram novas práticas cotidianas, como se fosse um ciclo constante. No texto é citado que "muitos professores estão na internet partilhando esses usos como membros nas redes sociais". E realmente isso acontece no nosso cotidiano, com grupos no facebook para compartilhar trabalhos e informações de determinada disciplina, por exemplo. Dessa forma, percebe-se que os professores querem ou devem dar novos significados à sua aula, para que ela posa ser interessante e trazer também um pouco do cotidiano do aluno, que é imerso na cibercultura para o âmbito escolar. Isso pode ser feito através da utilização de recursos digitais dentrofora da escola.
Foi isso que resolvi destacar dos temas abordados nessa aula.




Em resposta à Lhays Marinho da Conceição Ferreira

Re: Como fazer currículos com os cotidianos? como utlizar artefatos tecnoculturais em nossas aulas?

por Talita Flavia Sodre da Silva -
Olá Lhays,
Interessante os seus apontamentos sobre o recursos digitais. Eu acredito que tais recursos são formas interessantes de serem trabalhadas pelos professos. Recursos que ajudam nossa prática docente e que facilita muitas das vezes a comunicação e a interação no ambiente escolar.
Acredito que não basta apenas inserir os recursos digitais, mas utilizá-los da melhor maneira possível dando a estes recursos uma funcionalidade pedagógica se é que me entende. 
É legal como a partir de uma fala novas reflexões vão surgindo e criando forma em nossas mentes.

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Re: Como fazer currículos com os cotidianos? como utlizar artefatos tecnoculturais em nossas aulas?

por Fabiana Vieira -
Alguém tem com me ajudar restá dando erro quando eu abro para ler esse texto Ciberativismo surdo: os surdos nas redes educativas das cidades e do ciberespaço, só falta ele para terminar alguém pode me ajudar.
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Re: Como fazer currículos com os cotidianos? como utlizar artefatos tecnoculturais em nossas aulas?

por Fabiana Vieira -
Eu estava assistindo ao vídeo e lembrei de um livro que tive que ler para uma disciplina, o nome do livro é Identidade de Bornier, é um livro muito interessante que fala de todas as formas de identidade, e que como construímos, eu recomendo a leitura é muito legal e interessante para debate.
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Re: Como fazer currículos com os cotidianos? como utlizar artefatos tecnoculturais em nossas aulas?

por Fabiana Vieira -
Bom ta um pouco difícil forma uma unica resposta para esse fórum pois conforme vou lendo e vendo os videos eu lembro de algo, e rapidamente venho dividir.
Como neste fórum fala sobre os artefatos tecnoculturais em salas de aulas, eu rapidamente pensei em educação especial, eu amo essa área e minha mono e sobre educação especial.
Então queria compartilhar um vídeo que vi e coloquei um trabalho que fiz, mais esse vídeo não achei foi uma reportagem que passou na Globo, mas fui a procura desse vídeo achei vários videos de tecnologias que estão ajudando os alunos com deficiência e estudarem e a interagirem com a internet coisas do tipo segue abaixo alguns links. E ainda achei um referente a um personagem da malhação, apesar de achar que hoje em dia malhação não serve para nada "minha opinião" eles trouxeram a realidade de um menino com deficiência visual mando para vocês também esse link.
Espero que gostem.

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Re: Como fazer currículos com os cotidianos? como utlizar artefatos tecnoculturais em nossas aulas?

por Rodolpho Silva -
Não estou conseguindo acessar o artigo!
Aparece isso: PERIÓDICOS PROPED:REVISTA TEIAS

CHILDHOOD & PHILOSOPHY

EM MANUTENÇÃO

Em resposta à Rodolpho Silva

Re: Como fazer currículos com os cotidianos? como utlizar artefatos tecnoculturais em nossas aulas?

por Rodolpho Silva -
Em resposta à Primeiro post

Re: Como fazer currículos com os cotidianos? como utlizar artefatos tecnoculturais em nossas aulas?

por Talita Flavia Sodre da Silva -
Bom dia turma,
Interessante como nosso "cotidiano" dentro de sala de aula pode ser dinâmico. Gostaria de compartilhar uma experiência. Eu faço estágio em um projeto com alunos do 9° ano do Ensino Fundamental em uma escola municipal aqui no Rj e na última quinta-feira seguindo o planejamento do projeto fiz uma roda de conversa com meus alunos. O tema central proposto era falar sobre nossas escolhas(principalmente em relação aos estudos) e como estas afetam nossa vida. A partir da fala dos alunos resolvi elaborar uma linha do tempo e destacar algumas escolhas feitas por eles e seus planos para o futuro. Impressionante como os alunos se empolgaram e depois de terminar a tarefa ficaram olhando para o quadro e relacionando a imagem com as redes sociais, como tudo e todos estão interligados e fizeram inúmeros apontamentos que eu nem havia me dado conta. Achei bem legal principalmente pelo fato dessa atividade não ter sido "planejada" mas surgiu a partir da fala dos alunos naquele momento. Vou anexar duas fotos que tirei para vocês terem uma ideia do que foi feito.
Anexo online.jpg
Em resposta à Talita Flavia Sodre da Silva

Re: Como fazer currículos com os cotidianos? como utlizar artefatos tecnoculturais em nossas aulas?

por Mirian Amaral -

Muito bom, seu trabalho, Talita!

Como os cotidianos escolares são espaçostempos de produção de conhecimento, crenças e valores que dão sentido à própria vida, não se pode dissociar as situações que neles são engendradas das metodologias que as apreendem. Um exemplo disso foi o mapeamento feito por você sobre as escolhas que fazemos eseus impactos em nossas vidas.

Destaco alguns pontos de grande relevância dessa metodologia, trabalhada em ‘tempo real’:

· Alinhamento ao ‘instituído’, dado que é parte de um projeto desenvolvido com alunos do 9° ano do Ensino Fundamental em uma escola municipal aqui no RJ, mediante abordagem criativa;

· Ponto de partida: fala de seus alunos, oportunizando o diálogo, a interação e a colaboração entre todos;

· Integração temporal – passado, presente e futuro, reunidos no mesmo espaço, para se pensar as escolhas, positivas ou não, que fazemos em nossas vidas (estudos, diversão, relações, gostos, entretenimento);

· Não dicotomia entre escola/sociedade - vida acadêmica/profissão - o dentrofora da escola;

· Associação mapa/redes – suas ligações e recursividades.

· Motivação geral

Como se pode ver, há ‘maneiras de fazer’, 'modos diversos de atuar', que vêm sendo tecidos em redes de práticas sociais reais, criativas e plurais, que alteram as propostas curriculares repetitivas, redesenhando relações de parceria professor/aluno, e potencializando novas aprendizagens, para além do previsto e do suposto nos currículos formais.

Continue trazendo suas contribuições.

Já pensou sobre os próximos passos?

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Em resposta à Mirian Amaral

Re: Como fazer currículos com os cotidianos? como utlizar artefatos tecnoculturais em nossas aulas?

por Talita Flavia Sodre da Silva -
Oi Miriam
Obrigada pelos seus apontamentos que eu mesma não tinha me dado conta.
Uma coisa que tenho percebido e acho interessante destacar. Meus alunos do 9° ano são considerados os mais difíceis de trabalhar. Tudo isso devido aos inúmeros confrontos entre eles e seus professores. Porém percebi que eles se interessam muito por atividades coletivas. Quando eu levo atividades em que todos devem participar para que seja possível ver o resultado eles realmente participam. A maioria das vezes eles dizem que não acreditam que fizemos juntos tudo aquilo. Então eu tenho me dedicado nas tarefas coletivas, mas sempre observado o individual visto que, eles não gostam de falar de suas dificuldades. 
Em resposta à Talita Flavia Sodre da Silva

Re: Como fazer currículos com os cotidianos? como utlizar artefatos tecnoculturais em nossas aulas?

por Mirian Amaral -

Talita, e todos

Este é o objetivo deste curso: aprendermos juntos. Você demonstrou, em seu trabalho, que mais que transmitir informações, o processo educativo requer do professor o conhecimento dos saberes prévios do aluno e de sua cultura. Isso pressupõe formação adequada e articulação de múltiplos saberes, sejam eles pedagógicos,científicos, tecnológicos, ou relacionados à experiência. A prática pedagógica é o espaço apropriado de formação continuada, e o aprendizado resulta de nossa reflexão ‘na e sobre’ essas práticas, bem como de conversas e trocas com colegas, no dia-a-dia, e nas reuniões pedagógicas.


Temos, agora, mais um desafio pela frente: resenhar o fime escolhido, relacionando-o aos temas aqui discutidos, buscando o mapeamento das invenções, das práticas emancipadoras, dos currículos que valorizam as autorias e saberes dos praticantes culturais, conforme recomendado por Méa.

Vamos lá, moçada!

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Re: Como fazer currículos com os cotidianos? como utlizar artefatos tecnoculturais em nossas aulas?

por Mirian Amaral -

Daniel, Bábara, Kátia, e todos

Vocês falam de inquietações e responsabilidades do professor diante da diversidade de saberes do mundo. Bem sabemos que mais importante do que as respostas são as perguntas que fazemos. Nossa realidade aponta, cada vez mais, para a necessidade de se entender o currículo, para além do que nos mostram os DCN, PCN e leis específicas, que “já estão prontos para serem oferecidos, tais como um banquete a ser consumido, alguns com sabores e adornos extremamente sofisticados, mas,também, difíceis de serem digeridos" (MACEDO; MACEDO, 2012, p. 4).

O perigo de se ter uma única história, como a do vídeo de Chimamanda Adichie, ou mesmo a do texto sobre a “invisibilidade do negro”, trazido pela Bárbara, é o da desqualificação de culturas e ‘morte de saberes alternativos’. O caso do AH LEK...LEK... LEK...LEK, apontado por Daniel, requer uma atitude de compreensão, isenta de qualquer julgamento de valor.

Atender ao currículo mínimo é essencial; mas é preciso entendê-lo como um limite a ser transposto para se tecer o conhecimento. Assim, o conformismo e submissão ao poder instituído devem ser substituídos por uma re-apropriação saudável do conhecimento, mediante a invenção do cotidiano, a partir da valorização dos saberes prévios de nossos alunos e de fatos e acontecimentos que invadem nossas vidas, sem nos pedir licença.

[ ]s,

________________

MACEDO,Roberto Sidnei; MACEDO, Silvia Michele. Currículo: implicações conceituais.Currícul0s – teorias e práticas. Andrea Ramal e Edméa Santos (Orgs.) Rio deJaneiro: LCT, 2012.

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Re: Como fazer currículos com os cotidianos? como utlizar artefatos tecnoculturais em nossas aulas?

por Beatriz Lages de Oliveria -
Diante das transformações do mundo moderno originadas pelo aumento das tecnologias digitais em várias áreas do conhecimento nós podemos perceber como mudou a forma na qual as pessoas interagem, se comunicam e dão novos significados a conceitos pré-existentes (nossas aulas online são um exemplo disso). As tecnologias estão cada vez mais presentes em nosso dia a dia, então porque não inseri-las no currículo e nos cotidianos escolares!? Elas podem ser facilitaras no aprendizado escolar, como eu vi acontecer em um estágio que eu fiz. A professora trabalhava com jogos educativos, além dos alunos ficarem muito mais interessados nas aulas, a professora conseguia trabalhar diversos conteúdos e ainda criar um ambiente envolvente dentro de sala de aula, estimulando a cooperação e a competição de maneira saudável.
Em resposta à Beatriz Lages de Oliveria

Re: Como fazer currículos com os cotidianos? como utlizar artefatos tecnoculturais em nossas aulas?

por katia prado -
Oi Biazinha, Como você colocou, as tecnologias trazem para a sala de aula, os acontecimentos do dia a dia, as crianças do nosso projeto, elas estão sempre ligadas nos acontecimentos, perguntando, expondo as coisas que estão em evidência na mídia, querendo discutir, interagindo. As  tecnologias estão cada vez mais presentes em nossa sociedade, agindo como facilitadora no processo de aprendizagem,  isso tudo se reflete nos trabalhos e nos debates levantados por eles em sala de aula. 
Em resposta à Primeiro post

Re: Como fazer currículos com os cotidianos? como utlizar artefatos tecnoculturais em nossas aulas?

por Mariana Trindade Gonçalves -
Quando li uma das questões lançadas pela prof. Méa, que é : "Como você gosta de aprender ?" 
Lembrei um de algumas experiências que tive principalmente na faculdade que quando os professores nos solicitam atividades de temas livres, ou atividades não tão direcionadas em algo especificado por eles, mas por nossa conta mesmo. Sempre tem trabalhos e apresentações ótimas, que percebo que surpreende o professor, eu vejo nisso a importância de trabalhar a questão multirreferencial nas instituições/escolas e de procurar conhecer os saberes trazidos pelos alunos, então faço um link com a atividade que a Talita propôs com os alunos dela , que está totalmente ligado a esse conceito e multirreferencialidade, a importância de fazer os alunos participarem de forma ativa, quando digo ativa quero dizer proporcionar a oportunidade do aluno ser o criador do conteúdo trabalho, com certeza essa aula deve ter sido marcante para os alunos, pois muda um pouco a visão e o costume de serem como "telespectodores" e estimula ainda mais a vontade de interação dos mesmos no ambiente escolar. Pensando nesse contexto, faço menção ao que assunto abordado no vídeo 3 em que o projeto da escola da Bahia, faz com que os alunos criem jogos educativos para eles mesmos, ou sejam se tornam criadores-autores de seus próprios conhecimento e produzindo para outros que utilizaram daquele espaço. Outro aspecto muito legal nessa projeto é que o espaço é aberto para outras pessoas que não são da escola, para utilizarem a internet e os recursos do computador de graça, ou seja democratizando as Tic.   

Gostaria de finalizar o meu discurso com a ideia de que proporcionando aos nossos alunos a fala, a autoria, a criação, eles desenvolverão o senso crítico, pois quando passamos de ouvintes para autores, nós passamos a dar mais 
importância as nossas atitudes, procuramos sempre evoluir em pensamento e ideias porque nos sentimos parte ativa de um processo. Faço um link desse momento histórico em que o Brasil está vivendo que é esse movimento de protestos que atingiu a massa da maioria dos Estados, em que a maioria são jovens e que são ativos nesse acontecimento, utilizando as Tic e que com certeza nesse ambiente de cibercultura ajudou a desenvolver o senso crítico de muitos jovens.

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Re: Como fazer currículos com os cotidianos? como utlizar artefatos tecnoculturais em nossas aulas?

por Thaís Boch -
Boa noite, pessoal,

Lendo os textos do tópico, achei interessante destacar a seguinte parte: "Como já vimos, independente de suas necessidades ou vontades, as escolas vêm sendo pressionadas por todos os lados a trabalharem com parafernálias tecnológicas que até bem pouco tempo lhes eram estranhas".
Na hora que eu estava lendo logo pensei em uma conversa que eu tive aqui em casa, que minha mãe falou que as crianças de hoje vivem muito presas em casa na frente de computadores e televisões. Concordo que isso pode ser um atrativo na hora de ensinar, já vi pessoas defendendo fielmente que tem que ter computador em sala de aula, porque se não, não dá pra ensinar, mas será que é tão necessário assim? Me pergunto, como se ensina as crianças a brincarem de roda com o computador? Como pular corda pelo computador? Será que é realmente indispensável o uso dele?
Como a minha mãe disse, as crianças, normalmente, ficam tanto na frente de computadores e televisões em casa, não seria o caso da escola inovar e procurar uma maneira criativa para trazer o interesse do aluno sem necessariamente usar sempre as tecnologias?
Em resposta à Thaís Boch

Re: Como fazer currículos com os cotidianos? como utlizar artefatos tecnoculturais em nossas aulas?

por Mirian Amaral -

Thaís,

Você faz algumas ponderações acerca do uso do computador, e termina questionando: "as crianças, normalmente, ficam tanto na frente de computadores e televisões em casa, não seria o caso da escola inovar e procurar uma maneira criativa para trazer o interesse do aluno sem necessariamente usar sempre as tecnologias?"

Acredito que a resposta para sua questão seja "Equilíbrio": nesses casos, o bom senso deve sempre prevalecer, seja em casa, ou no ambiente escolar. O que não se pode ignorar é que as tecnologias digitais fazem parte de nossa realidade. De uma forma ou de outra, todos a utilizamos, seja em cartões de débito e crédito, smartcards em ônibus, celulares, máquinas bancárias, entre outros. Na educação, são grandes aliadas no processo de aprendizagem, na medida em que potencializam processos dialógicos e colaborativos, não devendo constituir-se, no entanto, um fim em si mesmas.

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Re: Como fazer currículos com os cotidianos? como utlizar artefatos tecnoculturais em nossas aulas?

por Giselle Torrens -
Cada vez mais fazemos currículos cotidianos com os artefatos tecnoculturais nos processos pedagógicos. Negá-los, seria negar o progresso social, mesmo que este ainda seja desigual quando olhamos as escolas. Mais estamos caminhando. Aparelhos tecnológicos que antes era utilizados apenas para um fim, passam a ter mais de uma finalidade. Um bom exemplo são os smartphones. Além das pessoas poderem se comunicar, seja por meio falado, ou escrito, através dos chats como facebook e whatsapp, temos cada vez mais máquinas fotográficas com resoluções melhores que não servem apenas para fotografar pessoas, lugares, coisas. Hoje em dia, e presencio isso de forma crescente, a utilização das máquinas fotográficas como copiadoras de matérias que o aluno perdeu por ter faltado uma aula ou chegado atrasado. Quem imaginaria isso? Eu mesmo já utilizei desse artefato, e o que é melhor: você passa a economizar dinheiro de xerox e de impressão, pois pode ver sua matéria depois pelo computador. Com relação a outros aparatos tecnológicos, acho a criação dos e-readers fantástica, apesar do uso incipiente no Brasil. Já pensou carregar seus melhores e mais pesados livros em um gadget que pesa menos de 1 kg? Pena que muitas vezes só analisamos os "contras" e esquecemos dos "prós". Apesar de ser fã e uma admiradora da tecnologia, cada um tem sua melhor maneira de aprender e a minha é fazendo registros no papel. Não me importo se o professor/ instrutor se utilize de retroprojetores, tablets, audiolivros, desde que eu seja capaz de registrar aquilo que achei mais relevante em uma folha de papel. Gosto de escrever e essa continua sendo minha melhor maneira de assimilar o conhecimento, mas isso varia de pessoa para pessoa. Acho a cibercultura uma ferramenta incrível se bem utilizada e explorada por aquele que a detém. Muitas vezes criticamos o seu uso, porque não sabemos como usar. 
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Re: Como fazer currículos com os cotidianos? como utlizar artefatos tecnoculturais em nossas aulas?

por Mirian Amaral -

Oi, pessoal,

Vejam esta tirinha, obtida em https://www.facebook.com/#!/AVerdadeNuaECruaOficial.

Que relação pode ser estabelecida com os diferentes temas aqui discutidos: cotidianos - dentrofora da escola, currículos, processo ensinoaprendizagem, tecnologias, interatividade, atuação docente, infra-estrutura e gestão escolar, entre outros, aqui discutidos? Escolha uma, e comente. Se possível, exemplifique.

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Em resposta à Mirian Amaral

Re: Como fazer currículos com os cotidianos? como utlizar artefatos tecnoculturais em nossas aulas?

por Marta Maria dos Santos Gonçalves -
Boa noite. Pessoal aproveitando esse assunto que a professora Mírian traz, gostaria que vocês me respondessem: A escola tem a função de "trazer" o cotidiano para seu interior? O que vocês acham a esses respeito? Como vocês trabalharia o cotidiano fora escolar dentro da escola com seus alunos?

Em resposta à Mirian Amaral

Re: Como fazer currículos com os cotidianos? como utlizar artefatos tecnoculturais em nossas aulas?

por Ana Paula Roza da Silva -
Escolho o tema sobre cotidianos - dentrofora da escola, Mirian. Fica visível que é algo totalmente mutável e fica esquecida, de vez, aquela discussão "cotidiano é repetição". Conseguimos mostrar através dessas manifestações que estão acontecendo pelo Brasil inteiro, que a escola tem de estar ligada ao mundo fora dela e que a cada dia temos assuntos diferentes a serem trabalhados. Acredito que seja super interessante e totalmente necessário levar essa questão para dentro da sala de aula, é algo que não há como esconder, os alunos perguntam, querem saber o que é isso, como está acontecendo, porquê... No colégio onde faço estágio foi exatamente assim, toda quinta-feira eles levam reportagens à escola, e o tema de quase todas, era sobre as manifestações. A professora e eu tentamos passar a elas, de maneira bem cuidadosa, já que são crianças de 6 anos, sobre o que estava acontecendo. 
Sobre como se encontra a situação do Brasil e que a população não estava nem um pouco satisfeita e resolveu lutar pelo que achavam justo e que manifestar é um direito nosso.
Claro que é uma tarefa difícil, já que muitos estavam com julgamentos reproduzidos pelos seus pais, mas explicamos que generalizar todos os manifestantes como vândalos e baderneiros não estava certo. 
Essas discussões são muito válidas. Embora pequenos, já tem opinião sobre tudo. 
Em resposta à Ana Paula Roza da Silva

Re: Como fazer currículos com os cotidianos? como utlizar artefatos tecnoculturais em nossas aulas?

por Mirian Amaral -

Ana Paula,

Muito boas suas colocações!

Hoje, ao iniciar um capítulo de minha tese, utilizei uma citação de Foucault (2011, p. 8), que diz:

Mas, o que há, enfim, de tão perigoso no fato de as pessoas falarem e de seus discursos proliferarem, indefinidamente? Onde, afinal, está o perigo?” .

Estava refletindo sobre isso, quando me deparei com o poema NO CAMINHO COM MAIAKOVSKI” , de Eduardo Alves da Costa - veja em:
http://www.varandadeipioca.com.br/conteudo.php?conteudo=142

e, aproveitando o gancho, lembrei do binômio currículo/cotidianos escolares, e pensei:

Por que é tão perigoso silenciar, quando tantas diferenças precisam ser verbalizadas? Por que nos calamos, passivamente, quando a porta está entreaberta à possibilidade de exercermos nossas subjetividades?

Saiamos da mesmice; vamos fazer a diferença!

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Re: Como fazer currículos com os cotidianos? como utlizar artefatos tecnoculturais em nossas aulas?

por Caio Abitbol Carvalho -

Desculpem a demora para responder esse tópico, rs.
Semana de educação, Uerj sem muros e etc, sempre complica.

Bem, eu vejo hoje os jovens como nativos digitais, termo este usado por Marc Prensky, em 2001, em um artigo, onde o autor mostra que o perfil tecnológico de crianças e jovens ao redor do mundo, sofreu uma mutação social gigantesca.Ele considera nativos digitais aqueles que são nascidos nos últimos vinte anos, chegando a um mundo completamente imerso na tecnologia de informação e comunicação, onde estes passam a ter o contato com a internet, computadores e games precocemente, enxergando estas tecnologias como naturais.

 

Acho que é necessário e importante o uso da tecnologia em sala, não somente para aulas dinâmicas e interativas, mas para que o aluno tenha a possibilidade de criar suas próprias experiências com as disciplinas escolares a partir de um conhecimento – a tecnologia - que já domina por ser nativo digital.

 Obs: O trabalho que eu apresentei na Semana de Edu, foi sobre os nativos digitais, tocamos em alguns pontos da utilização das tecnologias, em sala.
Em resposta à Caio Abitbol Carvalho

Re: Como fazer currículos com os cotidianos? como utlizar artefatos tecnoculturais em nossas aulas?

por Mayra Ribeiro -
Olá Caio!

Eu tenho pensado muito nesse conceito de nativo digital, inclusive problematizo a partir de uma experiência que vivenciei com meus alunos no curso de pedagogia da UERN, pensando inclusive que pelo fato de serem nativos digitais não teriam dificuldades nos usos de interfaces. Será que podemos fixar na ideia de que nascer, cronologicamente, em uma época, faz dessas pessoas usuários espertos das tecnologias digitais? O que define é o tempo ou as práticas culturais dos sujeitos, a imersão na cibercultura? Hoje mesmo assisti uma banca de mestrado cuja banca era Nelson Pretto e Alice Casimiro e surgiu algo do tipo, será que está todo mundo conectado? E ainda, o Nelson falou da necessidade de cursos de programação para os jovens como uma necessidade de conhecerem e fazerem um usos mais autorizado das tecnologias digitais. Enfim, são questões para pensarmos, todos Juntos.
Abraços.
Em resposta à Mayra Ribeiro

Re: Como fazer currículos com os cotidianos? como utlizar artefatos tecnoculturais em nossas aulas?

por Renan Dunaevits de Souza -
Realmente o conceito de nativos digitais é posto de uma forma generalizada, sem levar em contar outros aspectos como acesso a determinados artefatos tecnológicos, condições sociais, e econômicas.

Entretanto, acho que o conceito pode ser aplicado devido a facilidade e o contato com essas tecnologias em diversas circunstâncias, mesmo para os grupos com acesso restrito, podemos imaginar que essas barreiras eram maiores, e a tendência caminha para que elas diminuam, uma vez que o custo cai a todo instante e a disseminação da tecnologia transpões distâncias antes inimagináveis. 
É claro que, apesar de vivermos nessa "era digital", não podemos partir do pressuposto de que o uso dessas tecnologias seja um conhecimento inerente à essa geração, descartando possíveis situações que fujam ao conceito. 


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Re: Como fazer currículos com os cotidianos? como utlizar artefatos tecnoculturais em nossas aulas?

por Renata Lopes Marinho de Almeida -
Entendo que hoje existe um significativo movimento de transformar a tecnologia em ferramenta inclusiva e auxiliadora à prática de ensino e aprendizado. Obviamente que tecnologia, enquanto instrumento complementar na educação, irá ter seus defensores e críticos. Contudo, acho importante ressaltar que a questão central é, na verdade, a forma como seus usuários se utilizam dela e não ela em si.
Uso inclusive o argumento da colega Gabrielle Santana para defender a prática tecnológica. A disciplina que estamos cursando online nos proporciona toda a carga educativa que uma disciplina presencial. Fazemos usos de recursos, que inclusive não seria possível numa sala da aula normalmente. Tal como a pesquisa individual na rede, recursos de livros, revistas e afins que temos em casa e etc. Todo um aparato que complementa nosso aprendizado e pode ser compartilhado rapidamente com os demais.
Entretanto, após ler os textos e assistir aos vídeos comecei a me questionar acerca de como essa "novidade" será estruturada. Como os professores serão preparados? eles querem tal preparo? e os alunos, como estão sendo doutrinados a fazerem o melhor uso dessas tecnologias? as escolas estão preparadas para essa nova faze? TODOS terão as mesmas oportunidades ou isso irá virar mais uma forma de segregação? Sinceramente eu não tenho respostas concretas para esses questionamentos, mas acho importante o debate acerca. Até mesmo porque NÓS estamos envolvidos neles. O que faremos com o que aprendemos nessa disciplina?
Em resposta à Primeiro post

Re: Como fazer currículos com os cotidianos? como utlizar artefatos tecnoculturais em nossas aulas?

por Rodolpho Silva -

Devemos fazer o currículo  utilizando a diversidade do Brasil e oq eu cada aluno traz em sua bagagem. O currículo do cotidiano precisa levar em conta a identidade coletiva e a identidade individual dos indivíduos envolvidos, utilizando as experiências vividas das relações interpessoais e essas relações sempre estarão se configurando e reconfigurando no nosso dia a dia. 

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Re: Como fazer currículos com os cotidianos? como utlizar artefatos tecnoculturais em nossas aulas?

por Rodolpho Silva -
Os artefatos tecnoculturais contribuem para mais e melhores tessituras de conhecimentos quando as professoras vêm utilizando as mídias digitais em rede com a emergência de práticas, narrativas e aprendizagens mediadas na e pela cibercultura. 


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Re: Como fazer currículos com os cotidianos? como utlizar artefatos tecnoculturais em nossas aulas?

por Pollyana Fernandes -
Acredito que o fazer currículos cotidianos se dê através da modificação da prática docente a partir da turma, das possibilidades, dos sujeitos, do momento vivido e das experiencias e conhecimentos de cada um.

O currículo é tecido cotidianamente quando o professor pensa em como apresentar os conteúdos formais de maneira a atender cada um de seus alunos, de maneira que faça sentido para eles e para a realidade em que estão inseridos.

Como a Edméa e a Conceição dizem em seu texto, os artefatos tecnoculturais entram nas salas de aula atualmente "sem hora para chegar e sem pedir licença", tanto pelas mãos de professores quanto de alunos, a partir de seus usos e experiencias, quanto pela modernização que é exigida da própria escola.

Acredito que seus usam possam de dar para uma melhor tecitura do conhecimento quando há uma mediação adequada, de forma a fazer tal artefato virar um instrumento para melhor assimilação do conteúdo, para que o aluno se sinta protagonista e valorizado no processo de aprendizagem.
As redes oferecem um mundo de possibilidades e é necessário que seja apresentado aos alunos a possibilidade de tecer e aumentar seus conhecimentos com a ajuda desses artefatos.
Porque não a utilização de blogs, fóruns, facebook, grupos em redes sociais, construção de livros online, twitter e outras interfaces que são acessadas, podem ser atualizadas e ainda construirem permitirem a junção de signos a partir desses meios fazer parte das atividades de uma turma? Acredito que tais atividades possam utilizar tais artefatos que invadem a sala de aula, dar voz aos alunos e melhorar as dinamicas de ensinoaprendizagem.
Em resposta à Pollyana Fernandes

Re: Como fazer currículos com os cotidianos? como utlizar artefatos tecnoculturais em nossas aulas?

por Mayra Ribeiro -
Renata, Rodolho, Thamires e Pollyana,

Parabéns por estarem emergindo nessa discussão do fórum. Todos vocês tocaram em aspectos muito interessantes, como: mediação; valorização da cultura dos alunos; currìculo se constituindo na vivência, no cotidianos; usos de artefatos tecnoculturais para potencializar as aprendizagens, etc. Diante de tudo isso, e me utilizando das inspirações teóricas de Santaella (2013), chamo a atenção, para cada vez mais percebemos  o humano e os objetos - artefatos tecnoculturais, não como dicotômicos, mais hibridizados, interconectados, interfaciados, ou seja, "devemos buscar meios para compreendermos os seres emergentes, dotados de inteligência e sensorialidade, que costumávamos chamar de objetos" (p.37). Com isso penso que cada vez mais se afasta de nós a ideia de tecnologias como ferramentas, como algo separado do humano. Nesse sentido, a autora fala em uma transmutação do humano face a sua mescla com os neoobjetos, seres sencientes que estão emergindo (grifos meus).
Bjs
Mayra - Mossoró-RN