Introdução

As tecnologias (http://pt.wikipedia.org/wiki/Tecnologia) da informação e comunicação vêm inaugurando novas maneiras de ser, se relacionar, aprender, ensinar, perceber o mundo e agir sobre ele. No bojo dessas transformações, nasce um novo sujeito: a criança que se apropria “naturalmente” dos aparatos tecnológicos a que tem ou terá acesso. Ainda que se reconheçam as devidas mediações da família e da escola neste processo, é importante salientar a subversão que o contexto da cibercultura vem anunciando quanto à representação da infância e do adulto em suas relações com a tecnologia. Enquanto propagandas e a mídia em geral apresentam a criança autônoma e desconcertante no domínio das máquinas, o adulto é imbecilizado e inferiorizado por crianças e jovens. Em linhas gerais, a revolução tecnológica funda uma época em que a noção de experiência vincula-se ao domínio do aparato técnico e faz com que criança deixe de ser definida pelo que não sabe ou não tem, denunciando uma certa crise entre as gerações.