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GT1 - Conceitos propostos para “ensaio fotográfico”

Re: GT1 - Ensaio fotográfico: conceitos preliminares

por Sènakpon Fabrice F. Kpoholo -
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Após o nosso encontro no moodle, encontro durente o qual combinemos realizar nosso ensaio fotográfico sobre o ensaio “Línguas que não sabemos que sabíamos”, importa-se fazer, ao meu ver, uma releitura do referido texto. Foi o que fiz e vou aqui, como sugeriu Julio, colocar as minhas leituras desse texto e a sua relação com nosso trabalho. Também, li as propostas de Julio e Cris e fiz algumas perguntas no final

         O conto com o qual Couto começou esse ensaio não deixou de me fazer pensar a respeito do que ele chamou de “idioma do caos”. Ele se remete à enfancia mas, tão banal que pode parecer, me fez pensar aos animais. Criaturas cujas, convivemos com elas desde tempos imemoriais; quem comunicam entre eles  e que portanto têm uma idioma que não conhecemos ou entendemos. Alguém já se perguntou o que falam os animais entre eles? O que dizem de nós humanos? O que querem nós dizer quando em algumas circonstancias nós olham? De qualquer jeito, achei esta imagem a seguir no meu face e queria colocar la: 

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 Na p: 12 do ensaio, Couto fala a seguinte: “O nosso fito como produtores de sonhos, é aceder a essa outra língua que não é falável, essa língua cega em que todas as coisas podem ter nomes. [...]”.

   A partir deste trecho, pensei primeiro à imagem ou a fotografia em si. Uma imagem carrega em si, não uma língua só mas varias, devido aos contextos socioculturais em que foi produzida e a realidade sociocultural que a imagem ou a fotografia esta contando. Pode significar muitas coisas como ao mesmo tempo nada. Depende de quem a olha.

     Produzir um ensaio fotográfico, nos torna produtores de sonhos e nos obriga a falar através das fotografias, varias línguas juntos mas numa línguagem só. Fazer aparecer, uma diversidade de pontos de vistas, de interpretações, de sentinos como fala o proprio Couto: “O que fez a espécie umana sobreviver não foi apenas a inteligência, mas a nossa capacidade de produzir diversidade”.

O meu proposto é, “beber em varias fontes” (Alves orgs, 2008), isto é procurar imagem de muitos lugares de maneira a representar a diversidade (cultural e linguística) do que fala Couto. Mostrar o quanto é importante as relações (solidariedade) entre pessoas, que esta sendo perdendo em vários lugares do mundo. Isso torna as pessoas ou nações inteiras pobre. Pobre do jeito que fala Couto na p: 20: “Nessas culturas, o pobre não é apenas o que não tem bens, mas é sobretudo o que perdeu a rede das relações familiares que, na sociedade rural, serve de apoio à sobrevivença. O indivíduo é pobre quando não tem parentes. A pobreza é solidão, a ruptura com a família”.

Contextualisar no nosso ensaio, a interação entre homens e natureza, mostrar essa unidade entre homens e natureza que o autor abordou a partir da p:21 e seguinte, seria, ao meu ver, algo imprescendível. E com tudo isso, uma coisa que se precisa ter na mente: os meios tecnológicos que temos a nossa disposição, não podem expressar todas as línguas : [...] A verdade é que, munidos de boa-fé, os cientistas traziam, enfim, aquilo que na sua linguagem designavam por “kits de educação”, na ingénua esperença de que a tecnologia é a salvação para problemas de entendimento e comunicação”.

Minhas perguntas agora são: como vamos produzir nossas fotografias? E como vamos fazer nosso ensaio fotografico recontando a história das “Línguas que não sabemos que sabíamos”? Vamos fazer só fotografias ou também textos?