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Modified: 14 May 2012, 2:05 PM   User: Regina Cury  → Regina Cury

Antes de mergulhar no estudo nas netnografias é bom situar-se nos dilemas metodológicos da Antropologia. Esta é a introdução de uma obra que discute a etnografia e a tradução cultural como caminhos para o conhecimento de outras culturas. Vejam
http://www.scielo.br/pdf/bgoeldi/v3n1/v3n1a02.pdf
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Fatima

Netnografia Introdução (conceituação, relações com a Cibercultura e as Ciências Sociais-Antropologia)
No prefácio do livro o pesquisadorAlexander Halavais fala que com a internet as Ciências Sociais precisam de novas maneiras de pesquisar então são criados métodos que são como lentes para compreender a nova realidade social. Fonte: incluir detalhes do livro

Imagens para analogia http://www.arcauniversal.com/mundocristao/series/noticias/imagens/aug25galileotelebw.jpg http://objetom42.files.wordpress.com/2011/03/telescpio-de-galileu.jpg http://1.bp.blogspot.com/_V32jx77vvh0/ class="wiki_newentry" href="https://docenciaonline.pro.br/moodle/mod/wiki/create.php?swid=80&title=SpQVmCwyM_I&action=new">SpQVmCwyM_I/AAAAAAAAAcw/cJKg2Q4kwW8/s800/galileo.jpg http://2.bp.blogspot.com/-[[C4trpiH_7ks]]/[[TlWH_]]-79H1I/AAAAAAAABOE/z2iEG8Hop_c/s1600/[[4167119_0b130eaa7e]].jpg

RIFIOTIS (2010) destaca que a antropologia tem enfrentado vários desafios teóricos e metodológicos nos últimos anos, com relação as interações mediadas por computador.Fonte: RIFIOTIS, Theophilos, ANTROPOLOGIA DO CIBERESPAÇO. Duas ou três coisas sobre elas, as comunidades virtuais.Editora UFSC, Santa Catarina. p.71-81

"Segundo Kozinets (2002) a netnografia é definida como um método de pesquisa derivado da técnica etnográfica desenvolvida no campo da antropologia e, costuma-se dizer que a netnografia tem conhecido um crescimento considerado devido à complexidade das experiências da sociedade digital." Fonte: Netnografia: incursões metodológicas na cibercultura. Paula Jung Rocha e Sandra Portella Montardo. e-Compos, Dezembro de 2005. Disponível em: www.compos.com.br/e-compos

Para Rutter e Smith (2002), a etnografia online, outro nome encontrado para a netnografia, é o sonho do pesquisador, já que o mesmo não precisa sair se sua mesa, não precisa negociar acesso a informação e os dados coletados podem ser facilmente coletados e salvos para uma análise posterior Fonte: Netnografia: incursões metodológicas na cibercultura. Paula Jung Rocha e Sandra Portella Montardo. e-Compos, Dezembro de 2005. Disponível em: www.compos.com.br/e-compos

"Netnografia é etnografia conectada pela tecnologia, ou pela internet. A netnografia é a etnografia adaptada às complexidades de nosso mundo social contemporâneo, mediado pela tecnologia." Este tipo de método fornece um modo de adaptar a etnografia para uma época onde a cultura é mediada pela tecnologia, considerando a "combinação complexa de socialidade online e offline". É focada em insights culturais e é diferente porque não trata comunicações online apenas como “conteúdo”, mas como interações sociais, como expressões cercadas de significado e como artefatos culturais. A netnografia presta muita atenção no contexto."

Fonte: http://kozinets.net/oneclick_uploads/2010/11/netnografia_portugues.pdf

"O termo netnografia tem sido mais amplamente utilizado pelos pesquisadores da área do marketing e da administração enquanto o termo etnografia virtual é mais utilizado pelos pesquisadores da área da antropologia e das ciências sociais."

Fonte: http://docenciaonline.pro.br/moodle/mod/resource/view.php?id=2454

A criação do termo "netnografia” (nethnography= net + ethnography) data de 1995 e é atribuída a um grupo de pesquisadores americanos (B i s h o p , Star, Neumann, Ignacio, Sandusky & Schatz).

Fonte: http://docenciaonline.pro.br/moodle/mod/resource/view.php?id=2454


A transposição da etnografia "para o estudo de práticas comunicacionais mediadas por computador recebe o nome de Netnografia, ou etnografia virtual". A Netnografia é observada como "um dos métodos qualitativos que amplia o leque epistemológico dos estudos em comunicação e cibercultura".

Fonte: http://docenciaonline.pro.br/moodle/mod/resource/view.php?id=2454

Diferenças entre Netnografia e Etnografia: "Um aspecto que a netnografia apresenta como limitação frente a etnografia tradicional diz respeito à identidade e veracidade dos participantes. A identidade dos bloggeiros, bem como da veracidade das informações postadas é questionável. Por isso, torna-se pertinente triangular a técnica de observação netnográfica com outras técnicas de pesquisa como entrevistas, análise de outros documentos disponíveis no ciberespaço,como sites, etc."

Fonte: http://penta3.ufrgs.br/midiasedu/modulo8/etapa1/leituras/estudo_dos_blogs.pdf

Vantagens da netnografia (KOZINETS, 2002):

  • consume menos tempo
  • mais barata
  • menos subjetiva
  • menos invasiva
Desvantagens da netnografia:
  • perde em termos de gestual
  • perde em contato presencial off-line

Fonte: http://docenciaonline.pro.br/moodle/mod/resource/view.php?id=2454

"Por se tratar de uma transposição de metodologia do espaço físico ao espaço on-line, ao utilizar a netnografia faz-se necessário incluir procedimentos específicos acerca da tipologia dos objetos estudados."

Fonte: http://docenciaonline.pro.br/moodle/mod/resource/view.php?id=2454

Mapeamento do campo de pesquisa na Cibercultura/ciberespaço

Netnografia

Conversações

Práticas

<a class=AppData/Local/Temp/msohtmlclip1/01/clip_image001.png" /> Negociações simbólicas

Observação sistemática

Investigação interpretativa

Decompor e desvendar padrões de comportamento social e cultural

<a class=AppData/Local/Temp/msohtmlclip1/01/clip_image002.png" /> <a class=AppData/Local/Temp/msohtmlclip1/01/clip_image003.png" />

A abordagem etnográfica é uma das metodologias apropriadas ao estudo empírico da internet. Por esta abordagem,compreende-se as práticas comunicacionais num sentido mais amplo considerando os aspectos culturais e comportamentais das comunidades e grupos a serem estudados.

Termos que aparecem relacionados ao método etnográfico e sua adaptação ao ambiente virtual/cibercultura: etnografia virtual, netnografia, etnografia digital, webnografia e ciberantropologia.

Christine Hine foi responsável pela popularização do termo etnografia virtual e argumenta que nunca está desvinculada do off-line.FRAGOSO(2012)

O neologismo netnografia foi cunhado na metade dos ano 90 e popularizado por Robert Kozinets em suas pesquisas com os fandoms, ao marketing e às comunidades de consumo. FRAGOSO(2012)

Autores que discutem a netnografia no Brasil: Sá(2002), Montardo&Rocha(2005), Amaral, Natal & Viana(2008), Silveira(2006), Gutierrez(2009).

Christine Hine alertou em lista de discussão a qual Adriana Amaral teve acesso em2011, que esses vários neologismos derivam da suposta distinção entre os ambientes on-line e off-line e não reflete uma relação de contiguidade a atravessamento entre ambos.

Entretanto as diferenças entre uma entrevista realizada presencialmente e as realizadas por MSM ou Skype devem ser incluídas na narrativa etnográfica a ser construída ao longo da pesquisa.

Fragoso compreende que o termo “etnografia” pode ser retomado. Para tanto é importante explicitar e problematizar as diferenças em termos de coletas de dados e observações.


Como fazer? Percurso Metodológico

"A partir da inserção do pesquisador na comunicação mediada por computador para a observação e investigação de práticas culturais e de comunicação, troca-se o campo não por um “não-lugar” como aferia Augé (1994) nos anos 90, mas por um território contíguo ao off-line que tanto constitui um meio de comunicação, um ambiente de relacionamento e um artefato cultural (SHAH, 2005) o que “fornece pistas evidentes da conexão da antropologia com a cibercultura” (MONTARDO & ROCHA, 2005, p. 08)"

"O p e s q u i s a d o r q u a n d o v e s t i d o d e netnógrafo, se transforma num experimentador do campo, engajado na utilização do objeto pesquisado enquanto o pesquisa (KOZINETS, 2007). " "As análises netnográficas “podem variar ao longo de um e spe c t ro que va i de sde s e r intensamente participativa até ser completamente não-obstrutiva e observacional” (KOZINETS,2007: 15).

Fonte: http://docenciaonline.pro.br/moodle/mod/resource/view.php?id=2454

Três tipos de captura de dados são eficazes para a coleta de dados (Kozinets, 2002).

  1. Dados coletados e copiados diretamente da fonte, ou seja, dos membros das comunidades online, que precisam ser filtradas pelo pesquisar para que sobrem só as informações relevantes para a pesquisa.
  2. Informações das práticas de comunicação dos membros das comunidades, observadas pelo pesquisador.
  3. Dados obtidos através de entrevistas através de e-mails, chats ou mensagens instantâneas, entre outras.


Os ambientes on-line estão divididos em 4 níveis de privacidade:público:aberto e disponível a todos,semipublico(requer cadastro),semiprivado(requer convite)privado(requer autorização)

Fonte: Incluir

"Os p o n t o s c r u c i a i s q u e r e q u e r em a discussão de uma ética de pesquisa, segundo Kozinets (2002) são, até onde a informação contida num site é pública ou privada e o que é o uso consensual de informações no ciberespaço. Além de eticamente recomendável, para Kozinets (2002), a checagem de dados com os próprios membros do grupo, legitima e acrescenta credibilidade à pesquisa. Através dos membros do grupo e da solicitação de suas opiniões, pode-se chegar a insights e conclusões além das observadas em campo."

Fonte: http://docenciaonline.pro.br/moodle/mod/resource/view.php?id=2454

A netnografia segue as seguintes fases sobrepostas:

1. Planejamento de pesquisa 2. Entrada 3. Coleta de dados 4. Interpretação 5. Garantia de padrões éticos 6. Apresentação da pesquisa

Fonte> http://kozinets.net/oneclick_uploads/2010/11/netnografia_portugues.pdf

"Em relação à coleta de dados, Kozinets (1997) destaca que há as notas de campo das experiências no ciberespaço que devem ser combinadas com os “artefatos” da cultura ou comunidade, como download de arquivos de postagens de newsgroups, transcrições de sessões de MUD ou IRC e trocas de e-mails, além de imagens, arquivos de áudio e de vídeo.

" Fonte: http://penta3.ufrgs.br/midiasedu/modulo8/etapa1/leituras/estudo_dos_blogs.pdf

Estudo de caso

http://web.upla.cl/revistafaro/n2/02_watanabe.htm (já postado pela Fátima). http://penta3.ufrgs.br/midiasedu/modulo8/etapa1/leituras/estudo_dos_blogs.pdf (acabei de postar)

Caso que defende o uso da Netnografia como uma forma mais sustentável e verde de pesquisa - http://kozinets.net/archives/category/netnography/page/2

O YouTube tem alguns vídeos sobre netnografia. Estou postando 2 elaborados com base no Orkut.

http://www.youtube.com/watch?v=[[UZfHtwNanbc]]

Não-lugar: o encontro entre a Antropologia e a Cibercultura

em que se pretende tratar os fenômenos contemporâneos ligados à

comunicação. Ao partir de uma constatação temporária de que a cibercultura

é uma matriz de sentido destes tempos, como já se falou anteriormente, há de

se pensar o modo pelo qual o olhar científico deve se guiar na análise de tais

ocorrências.

O fato é que as recorrentes pesquisas ao campo da antropologia (devido

à legitimação dos instrumentos de pesquisa de campo que atuam sobre o

local) levam a considerações, importantes, ainda que não sejam inéditas,

quando se trata de investigar os elementos que descrevem a consolidação de

uma era fortemente permeada pela cibercultura, ou seja, pela

desterritorialização que remete justamente ao não pertencimento físico e

presencial do lugar. Uma época em que pode ser comum, em um primeiro

www.compos.com.br/e-compos Dezembro de 2005 - 7/22

Revista da Associação Nacional dos

Programas de Pós-Graduação em Comunicação

momento, relacionar a oposição online/virtual versus offline/real. Porém em

que em um aprofundamento teórico tal sensação fragiliza-se.

Pode-se dizer que o conceito de não-lugares de Augé (1994) fornece

pistas evidentes da conexão da antropologia com a cibercultura, ainda que o

autor não a tenha explicitado (o texto original é de 1992, antes, portanto, da

popularização da internet pelo mundo). A título de contraponto, o autor,

conceitua lugar a partir de três características comuns, quais sejam, ser

pretensamente identitários, relacionais e históricos. Nas palavras do autor

(1994): “finalmente, o lugar é necesariamente histórico a partir do momento

em que, conjugando identidade e relação, ele se define por uma estabilidade

mínima. (AUGÉ, 1994, p.53). Quanto aos não-lugares, a citação que segue é

bastante esclarecedora:

A hipótese aqui defendida é a de que a supermodernidade é

produtora de não-lugares, isto é, de espaços que não são em si

lugares antropológicos e que, contrariamente à modernidade

baudelairiana, não integram os lugares antigos: estes,

repertoriados, classificados e promovidos a ‘lugares de memória’,

ocupam aí um lugar circunscrito e específico (AUGÉ, 1994, p.73)

Como exemplo de não-lugares, o autor cita: ferroviárias, rodoviárias e

domicílios móveis (meios de transporte) tais como aviões, trens, ônibus,

aeroportos, estações, grandes cadeias de hotéis, parques de lazer, e,

finalmente, “as grandes superfícies de distribuição, a meada complexa, enfim,

redes a cabo ou sem fio, que mobilizam o espaço extraterrestre para uma

comunicação tão estranha que muitas vezes só põe o indivíduo em contato

com uma outra imagem de si mesmo” (AUGÉ, 1994, p.75). O autor (1994)

ainda destaca que um não-lugar pode existir como lugar, destacando ainda

que lugar e não-lugar são polaridades fugidias: o primeiro nunca é

completamente acabado e o segundo nunca se realiza completamente.

Um ponto importante a ser destacado é que o usuário do não-lugar

mantém com ele uma relação contratual (comércio, trânsito, comércio, lazer).

Esses não-lugares têm por característica serem definidos por palavras ou

www.compos.com.br/e-compos Dezembro de 2005 - 8/22

Revista da Associação Nacional dos

Programas de Pós-Graduação em Comunicação

textos, os quais propõem ao usuário, de forma prescritiva, informativa,

proibitiva, o seu próprio “manual de utilização”. Para tanto, vale-se de uma

variedade de códigos ou, até, mesmo, da língua natural.

Em termos de ciberespaço, pode-se dizer que o mecanismo de

mediação se dá por meio da interatividade do usuário frente a interfaces

gráficas. Lemos (1997, internet) propõe que a interatividade digital é um tipo

de relação tecno-social, consistindo no diálogo entre homens e máquinas

(baseadas no princípio da microeletrônica), cujo contato é permitido por

‘interfaces gráficas’, em tempo real. Com a tecnologia digital, o usuário pode

interagir não só com o objeto (a máquina ou a ferramenta), mas também com

a informação, com o conteúdo, seja da televisão interativa digital, seja com os

ícones das interfaces gráficas dos microcomputadores.

Essa característica da interatividade digital, de permitir a interação

com a informação (“cuja forma física escapa à nossa escala de percepção”,

segundo Manzine, apud Lemos, 1997, internet) e não apenas com o suporte

técnico, tende a afetar de maneira substancial as relações entre sujeito e

objeto na contemporaneidade.

Pode-se dizer que são as interfaces gráficas meios (

A inquietação que persegue este estudo está presente desde o momento

hardware e

) pelos quais se dá à interatividade entre os homens e máquinas

 

MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">http://www.compos.org.br/seer/index.php/e-compos/article/viewFile/55/55

 

software