Heloísa, tenho minhas dúvidas sobre a sua afirmação de que "nós não conseguimos entendê-los (aos jovens)". Me parece muito mais uma dentre as várias possibilidades de que dispomos pra deixar acontecer a aula. Dura como uma pedra, ou leve e suave feito a brisa. Realmente, como vc justifica, com Morin, "deveríamos, portanto, ser animados por um princípio de pensamento que nos permitisse ligar as coisas que nos parecem separadas umas em relação às outras. As juventudes me parecem mais se adequar ao meio termo. Entretanto, a nossa prática tende a uma coisa, ou a outra. Como vc já deve ter percebido nos cotidianos escolares, fora da sala, a gente se relaciona bem melhor com eles! Pq será, hein?! Desconfio de que deixamos o cetro e passamos a representar um outro papel, com toda a sinceridade necessária ao convencimento de que estamos bem mais próximos, a uma realidade em comum, do que eles poderiam supor. De quantas bandas de rock vc se lembra de já ter conversado com eles? E sobre um novo filme? e sobre uma tatuagem? Efetuando um pequena acréscimo, porrém significativo, em sua última afirmação: "é assim que eu sinto a escola hoje" - bem mais viva, bem mais energizada.