Topic outline
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Multiplas Linguagens e Currículos. Quando eu e Paulo nos convidamos para trabalhar juntos, não sabíamos muito bem o que queríamos. Ainda não sabemos bem e isso é ótimo! Em tempos de pós greve, cansados e sofrendo por antecipação. Afinal, trabalhar no verão ninguém merece - ainda mas no Rio de Janeiro... Mas deixemos de lamentações. Vamos fazer do limão uma limonada. Em princípio queríamos nos juntar. Ele expressou o desejo de aprender um pouco mais sobre o digital. Eu com o Paulo sei que posso aprender muito sobre as linguagens desenhadas e o trabalho com imagens e narrativas na pesquisa e nos cotidianos...Além de me divertir muito, ter acesso à papos inteligentes, autênticos e criativos.
Em nosso primeiro papo de planejamento, tomando vinho no aniversário da Nilda - existe coisa mais incrível? Falar de trabalho deixando o Dionísio nos levar? Compartilhamos alguns desejos, a felicidade do encontro. Festejamos e brindamos a vida. A vida da Nilda, nossas vidas, nossos encontros, o encontro nesta nova atividade e a nova vida que vem por ai...Baby do Paulo quase a bordo! Welcome Sgarb's baby!
Até onde me recordo, queríamos experimentar coisas novas, recuperar velhas, trabalhar com textos e artefatos desconhecidos, ler coisas que nunca lemos, ler junto com os nossos alunos, criar atos de currículo mixando e remixando linguagens e artefatos, convidar amigos multirreferenciais (artistas, cientistas, povão!), deixar o povo falar e se expressar...Idem para nós.Imagina se conseguimos ficar calados...eu pelo menos vivo no exercício da escuta, pois falar é comigo mesmo.
Entendemos currículo como artefato cultural que se materializa pelos praticantes culturais em ato. Atos de fala, de ação, narrando suas itinerâncias com os outros e consigo mesmo. Trabalhar com narrativas, imagens e diversas expressões...
Contei para o Paulo sobre meu desejo de estudar o tema e algumas práticas de, sobre e com Storytelling lançando mão do digital móvel e em rede. O digital é por essência "multilinguagens", sua plasticidade nos permite criar, compartilhar, bricolar narrativas, linguagens, mídias, metodologias em rede. Assim, vamos iniciar esta nossa história neste verão carioca. Apertem os cintos! Somos todos pilotos nesta ciberviagem...Somos todos "animais contadores de histórias"...
Primeiro dia de aula...
Em nossa primeira aula 2012-2, contamos um pouco nossas histórias acadêmicas, desejos, expectativas para o semestre. Para que não estava presente, até parece que o vivido foi aquele velha "primeira aula" de apresentações...falamos muito sobre "formação, experiência, mediação como processo de negociação, pesquisas com os cotidianos...". Enfim, já começamos!
** Leitura sugerida
MACEDO, Roberto Sidney Macedo. Compreender/mediar a formação. O fundante da educação. Brasília:Liber Livro Editora, 2010. -
Multiplas Linguagens e Currículos
E por que não falar em currículos praticados?
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Atividades para recesso e processo...
Organizarmos a turma em grupos de trabalhos (GT), onde cada grupo ficará responsável por um tipo diferentes narrativas digitais. São elas:
GT1 - ensaio fotográfico (Júlio, Fabrice, Beatriz, Kênia)
GT2 - webvideo (Rose, Tatiana, Marta, Felipe, Tassiane)
GT3 - história em quadrinhos (Mônica, Reinaldo, Eugênio, Lázaro)
GT4 - hipertexto. (Denise, Vânia, Ana, Rafael)
Para tencionarmos e vivenciarmos as noções de "narrativas digitais"e "transmídias" , decidimos que nossas produções partirão da ação de recontarmos um texto literário. Dai sugerimos o autor Mia Couto. A escolha do autor foi sugerida por conta da sua competência narrativa. Já que queremos investir nas "epistemologias do sul", mais um motivo para pensarmos sobre nossas próprias produções e implicações éticas, estéticas e políticas.
Então para nosso recesso, vamos ler o livro: "E se Obama fosse Africano".
Continuaremos nossos estudos sobre "Narrativas Digitais". No dia 09 de janeiro retomaremos nossos encontros presenciais e daremos continuidade aos trabalhos. Enquanto isso, continuemos os estudos das leituras sugeridas no tópico anterior e boa leitura do.
[]s
Méa
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Somos uma invenção de nós mesmos
"Certo dia,me dei conta de que as pessoas se inventam, de que o ser humano é uma invenção de si mesmo. Veja se não é: a gente, quando nasce, é ninguém, não tem noção de nada, nem do mundo nem de si mesmo. Com o tempo vai aprendendo e então se pergunta: quem sou eu? E, para responder, começa a definir sua identidade. Aí começa a invenção. Claro, a sociedade já existia quando você nasceu, com valores que a constituem e os quais você adquire pela educação.
O conjunto desses valores se chama cultura, desde a noção de justiça, de certo e errado, até como se prepara uma salada.Tudo isso é cultura e foi inventado, como foram inventadas a cidade e quase todas as coisas que estão nela: as casa, os automóveis, o telefone, o computador, a energia, tec, etc. Quem vive na natureza é macaco e onça; nós, seres humanos, vivemos em um mundo cultural, inventado por nós. E dentro desse mundo, as pessoas também se inventam: umas se inventam educadoras, outras artistas, outras esportistas, outras operárias, outras vigaristas. Não estou dizendo que qualquer pessoa pode ser qualquer coisa, desde que decida ser. Nada disso. Para ser esportista, por exemplo, a pessoa deve possuir determinadas qualidades sem as quais não terá êxito. Logo, cada um se inventa mas mediante suas qualidades e necessidades, e é preciso que outras pessoas o reconheçam como tal. Não adianta eu dizer que sou Napoleão, se ninguém acredita. Este é um dado importante: precisamos que o outro reconheça em nós a pessoa que inventamos ser. Por isso, nossa invenção tem de ser plausível, verdadeira. Não nos inventamos apenas para nós mesmos mas também para o outro que, ao nos reconhecer, dá sentido à nossa invenção. "
Gosto muito texto acima. Ele é simples e cheio de sentidos e significados. Menos é mais! Obviamente, para nós da academia, nada do que foi escrito aqui é novidade. Muitas ideias e argumentações são questionáveis, ainda bem! Para citar apenas uma delas, por exemplo, o autor dicotomiza natureza de cultura. E por que não trabalhar com a noção de CULTURAS? Por outro lado, a ideia de INVENÇÃO é muito potente, assim como a noção de OUTRO legítimo outro. Neste momento do nosso curso, estamos itencionalmente "inventando". Vamos em grupos criar narrativas digitias, em várias linguagens, acompanhando os sentidos produzidos pelos "outros" sobre nossas invenções. E por que não dizer que estes sentidos também são invenções?
Vamos ao trabalho? Cada GT tem sua área de trabalho com sugestões de leituras, interfaces de comunicação interativas e ferramentas para produção. Habitem seus espaços e vamos inventar!
Nossas invenções já são coletivas. Vamos registrá-las no Criative Commons. Assim o mundo poderá remixar e criar atos de currículos com as nossas invenções.
[]s
Méa -
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Produções Finais!
Compartilhem aqui os links das narrativas produzidas a partir das ideias e argumentações do livro "E se Obama fosse Africano"
Em breve teremos aqui uma oficina sobre Creative Communs que será ministrada por Rosemary dos Santos e Tatiana Rossini (doutorandas GPDOC). Assim, os trabalhos cairão na rede garantindo a autoria dos grupos e o REMIX pelo mundo...
Aproveito para parabenizar as apresentações no último dia 6 de março. Todos os grupos apresentaram bem e se preparam para isso. Parabéns!!!!!!!
Beijos
Méa e Paulo