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Wiki do grupo 3 (autores: Aline, Cristiane, Miriam e Heloisa)

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Modificado: 4 abril 2010, 20:22 PM   Usuário: Aline Weber  → Aline Weber

A globalização de mercados tem desempenhado um papel estratégico na organização sociopolítica e econômica dos países. Entendida, de uma forma abrangente, como ‘a tomada de consciência do mundo’, constitui processo irreversível, sustentada pelo desenvolvimento das tecnologias da informação e da comunicação - TIC, que fomenta outros vínculos sociais entre as pessoas, grupos e nações, alterando conceitos de tempo e espaço. Essas tecnologias digitais, possibilitadas pelo ciberespaço – novo espaço de comunicação que surge da interconexão mundial dos computadores (web) –, ganham uma dimensão socioplanetária, abrigando um conjunto de seres humanos com suas informações, conhecimentos, valores, práticas, costumes, pensamentos, que navegam e alimentam esse universo, fazendo florescer uma nova cultura – a cibercultura.

“A emergência do ciberespaço acompanha, traduz e favorece uma evolução geral da civilização” ( Lévy, 1999, p.25 ). O ciberespaço, configura-se como espaço de construção de conhecimento coletivo, possibilitando dessa forma a evolução da civilização, onde tecnologias digitais não significam apenas ciência e máquina, mas principalmente tecnologia social e organizativa. A cibercultura pode ser entendida como o movimento social e cultural propagado pelo ciberespaço. Falar de cultura é falar de linguagem, através dela construímos nosso conhecimento de mundo, através de um conjunto de códigos e representações. Nosso acesso ao mundo passa pela linguagem. Para Lévy, línguas, linguagens e sistemas de signos são instrumentos cognitivos, por isso nossa inteligência possui uma dimensão coletiva, porque somos seres da linguagem. A cibercultura corporifica esse ser da linguagem favorecendo o diálogo, desmistificando o sujeito do iluminismo, aquele dotado da capacidade da razão, permanecendo essencialmente o mesmo, e coloca no centro o ser da provisoriedade, transformado continuamente. Assim, na cibercultura a conexão é preferível ao isolamento, a inteligência é coletiva, a comunicação é recíproca, interativa e os interlocutores são atores, para além do indivíduo, pois, “quando deixamos de manter a consciência individual no centro, descobrimos uma nova paisagem cognitiva, mais rica. Em particular, o papel das interfaces e das conexões de todos os tipos adquire uma importância fundamental”( Lévy, 1983, p.173 ).