Defesa de tese "Dinâmicas de uma juventude conectada"
Dinâmicas de uma juventude conectada: a mediação dos dispositivos móveis nos processos de aprender-ensinar
Tese de doutorado: Helenice Ferreira (carinhosamente conhecida como Tuca)
Orientação: Maria Luiza Oswald
A pesquisa como construção dialógica:
alteridade, dialogismo...
Questionamento sobre as imagens que são atribuídas aos sujeitos com os quais ela pesquisa, os adolescentes.
Estes vivem intensamente a cibercultura.
Cibercultura e mobilidade: Lemos, Santaella, Levy e Urry.
Teoria Ator-Rede, não existe nada a priore.
Os atores são elementos humanos e não humanos.
Procedimento de pesquisa: 4 oficinas numa escola publica com jovens de 12 a 16 anos. Usando celulares nas oficinas com os jovens e também como instrumento da pesquisadora.
O Facebook aparece como demanda dos sujeitos e parte importante na comunicação.
De 2011 a 2012 os usos de celulares dos alunos na escola cresceu absurdamente.
Primeira oficina: fotografia e vídeo
Segunda oficina: olhares sobre a cidade
Terceira: Cronistas da cidade (produzir crônicas utilizando diversas linguagens)
Quarta: Jornal Online
Hipermídia e Transmidia
mixar, juntar... convergencia
a linguagem híbrida das redes
junção das hibridações midiaticas com a estrutura hipertextual das informações em rede - importância do papel do mediador
Narrativas transmidias articula arrativas complementares
Redes sociais e ubíquas
O uso pedagógico do facebook não didatizou o mesmo.
"Eu acho q o sucesso do trabalho foi que nós fomos ao encontro do desejo do aluno. Que é o facebook, o celular, o Twitter.." narrativa da professora na escola.
Espaços-tempos escolares:
território
desterritorialização
reterritorialização (produzido pelas mídias, reforçam o sentido de lugar)
territórios informacionais
espaço-rede
os jovens com seus usos tecnológicos reterritorialização o espaço escolar
tempo cronológico
colagem temporal
velocidade
instateneidade
postagem de uma aluna "E nos dias de hj, os professores ainda acham que me mudando de lugar eu vou parar de conversar"
Quadro teórico
Milton Santos
Deleuze e Guattari
Andre Lemos
Lévy
Castells
A relação com a cidade
"Cidade são lugares que assinamos" (Lemos)
- rastros com diversas linguagens compartilhadas em rede
Quadro Teórico
Lemos
Alain Bourdin
Milton santos
Certeau
José Magnani
A tecnologia desaparece #soquenao
Na vida, a tecnologia desaparece porque se torna "comum", quase faz parte do corpo humano.
Na escola, a tecnologia pesa, queima devido a proibição.
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BANCA
RONALDO LINHARES
Diz que sentiu falta da discussão mais condensada sobre cultura escolar.
"Qual é a concepção de cultura escolar que você formata a partir dos recortes que você faz?"
"O que o jovem pensa e produz e o que a escola permite que ocorra nesse processo?"
A postura da pesquisadora pode ser mais confortável quando esteve em parceria com a professora que se imbui no gerenciamento da "ordem".
Tuca: a proposta de dialogar como a cultura escolar foi diluída.
ANDRÉ LEMOS
Análise geral: muito bom a não-compartimentalização dos conteúdos
Críticas:
- a escolha da oficina:
uma coisa é a oficina para usar celular e outra são os processos pedagógicos, uma aula de matemática. Não dá para usar parâmetro para outras relações que se estabelecem.
- faltou o distanciamento crítico sobre a prática da pesquisadora.
- "na minha aula, tenho dificuldades com os usos de dispositivos tecnológicos, porque quando vi, a maioria não usa para aula. E essa é a diferença da oficina para aula."
- Sentiu falta de artigos científicos internacionais, mapeamento de como funciona em outras partes do mundo experiências parecidas.
- Gosta quando os capítulos tem uma conclusão e uma introdução para o próximo.
- Sentiu falta da conclusão final do trabalho mais bem elaborada.
- O título deve explicitar mais o que foi o trabalho
- "Quando foi que a cultura jovem se adaptou à escola?" Essa tensão é sempre positiva. Sentiu falta de uma discussão histórica. A cultura jovem pressupõe rebeldia e a escola pressupõe algum tipo de normatização para ser escola.
DISCORDO!!! Isso é muito generalizador, ao mesmo tempo... interessante de se pensar...
- Novamente: a oficina não é a prática do dia-dia. Acredita que a Tuca deveria ter feito sugestões para indicar para professores as atividades que fez. Mesma preocupação que teve Linhares.
- É muito dificil competir com a explosão tecnologica, as pessoas não querem ler, os alunos não querem ler.
Mas é para competir????
- Para ele, o texto está contaminado pela crítica generalizadora do pensamento moderno que deve ser exterminado para uma coisa jovem, alegre e feliz.
- Fala sobre a dificuldade que tem na graduação, os alunos são muito dispersos e mesmo assim passam.
Sim! É exatamente isso! Aonde está a mágica????!!!
- O diploma não é mais algo que tem tanta importância. Se a pessoa não fez nada, e tem um diploma e outra que fez muito e não tem diploma, esta segunda tem mais chances de ganhar um emprego. Nós temos que tirar proveito disso, só nos resta saber como!
Pois é...
Tuca: para poder pesquisar os usos dos celulares na escola, eu não teria muito como porque é proibido. Na oficina, eu pude criar uma situação. Não era uma aula de português, mas era como se fosse. Todas as propostas estavam conectadas com o currículo. A primeira oficina não.
Como não? Como algo está desvinculado do currículo???
Tuca: os professores realmente pensam em como concorrer com o facebook... Talvez o caminho seja a negociação. Isso tudo é muito novo. Os comportamentos antigos ainda são esperados. Gradativamente, ela acredita que as transformações vão acontecer. Uma coisa que precisa é educar para os usos. "Não tenho conclusões, acho que a gente está num dilema."
Mais uma vez: o caminho é concorrer?
FÁTIMA REGIS
Ficou impressionada com o teórico e o empírico.
Gosta da maneira como a Tuca coloca o problema.
Gosta da explicação: porque jovens e não adolescente, porque oficina e não pesquisa-intervenção
- Sobre didatização: se preocupa na interseção entre Comunicação e Educação. "Como a escola consegue formalizar os video-games?"
- A leitura não é passiva. (Chartier, Mangel, Certeau)
Cada vez mais me sinto ávida em escrever sobre Comunicação e Educação.
RITA RIBES
Eu acho que os positivistas eram uns equivocados.
Existe um desafio no trabalho da Tuca, de pensar no que faz sentido para a escola nos usos tecnológicos.
É uma questão ética: para que a gente pesquisa? por que a gente está aqui?
No caso dos jovens, a Tuca tem uma perspectiva política, para podermos ver o Outro.
Pensar a EDUCAÇÃO COMO COMUNICAÇÃO.
A horizontalidade é o ponto de partida da ética.
Última atualização: quarta-feira, 21 mai 2014, 17:28