Defesa doutorado "Você tem face?"
Aqui trago minhas anotações durante a defesa de tese.
Em aspas as falas das pessoas.
Em () meus pensamentos.
Como é nascer e viver em rede?
Que experiencias de ser criança são inauguradas na cibercultura?
Que novas formas de sociabilidade são inauguradas nesse contexto?
Mapeamento Conceitual
Infância e cibercultura: campos teóricos em relação
cibercultura: quadro teórico: Primo, Santaella e Levy
transição das webs (1.0/2.0/
conceitos:
Interação
Participação
Colaboração
Cocriação
Convergencia
Mobilidade
Ubiquidade
Web 2.0> wikipedia, blogs e sites de redes sociais
Pesquisa quantitativa
Fonte Cetic/2009
a maioria usa a web para jogar
Em 2010 a lista continua parecida...
Em 2012, a lista aumenta e muitas coisas que as crianças fazem
estão agora diretamente ligadas às redes sociais, que aparecem em segundo lugar. Em primeiro, é para uso escolar.
Cadastramento no facebook
O certo é no facebook é usar a partir de 13 anos.
¨Política de uso de dados"
mesmo assim, as redes sociais, dialogam com as crianças com idade abaixo
Premissas
> Recusa de dualismo pensar online e offline
> Os sites de rede sociais como espaços de busca pelo Outro - adultos e ciranças
> Os sites de ree sociais como espaços de fala e enunciação
Linguagens híbridas
> matrizes misturadas: uso de emoticons
Para uma pesquisa online em crianças:
caminhos e desvios metodológicos
- Pesquisa como ato ético e responsivo
Como pesquisar temáticas contemporâneas?
Como olhar para o tema estando imersa em diferentes relações de intimidade?
Quem sou eu nas redes sociais?
Como construir uma metodologia de pesquisa que possibilitasse uma apropriação do caráter dialógico das redes, contemplando sua dimensão técnica? (a pesquisadora, a princípio, pensava em encontrar presencialmente com as crianças, mas depois percebeu o potencial comunicativo de ciberespaço)
- Desafios da pesquisa online: encontrou muitas dificuldades em se comunicar via online com as crianças, apresentava uma carta-convite, e teve pouco retorno de crianças. Depois optou por se relacionar também com as crianças da escola.
- Como? Chat, inbox, observação constante de perfis infantis
- "Fazer uma pesquisa online não é fazer um monte de perguntas para as crianças na internet, mas conversar sobre os usos" >> a pesquisadora percebe isso conversando com uma criança que diz a ela que não gosta de tantas perguntas. E logo após ensina a mesma menina a usar os emoticons.
- Marcas que crianças curtem, uma das crianças curte:
muita novela, cerveja...
- "as crianças vão criando critérios próprios para curti suas redes"
- brincadeiras:
> quem curti, ganha uma letra
> curte/compartilha
- relação mercantilista nos jogos
- potencial de criação nas redes
"COMUNIQUE-SE COM AS CRIANÇAS, OFFLINE E ONLINE"
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BANCA
NILTON GAMBA JÚNIOR (PUC/SP)
"cabe a academia denunciar o que o mercado naturaliza como verdade"
- ressalta a preocupação ética e os diálogos com as crianças
- aspecto da proibição de crianças de abaixo de 13 anos não acessarem o facebook, se surpreendeu com o universo infantil nas redes sociais, preocupou-se com a ausência de mediação e limites dos usos de crianças nas redes. Começou a trabalhar isso no seu grupo de pesquisa.
- "a gente não consegue discutir infância, sem discutir o adulto"
- ressalta como ele percebe que os trabalhos nas áreas de ciências humanas se dedicam longos tempos para explicações epistemológicas, quando isso já deveria ser consensual.
- não entende a evocação da linguagem digital, quando essa já foi sublimada
- "tecnologias que não utilizam tecnologias antigas, não se estabelecem na lógica do mercado."
RAQUEL SALGADO
- postura metodológico inovador, bem como o tema
- os modos de mediação dos pais é através das limitações, proibições... o que esses pais desconhecem... olham para isso como um lugar para o controle."Quais são as outras formas de lidar com essa situação?"
- conceito Bakhtin> construção de gêneros discursivos > modos de dizer que se formam em função do contexto. Existem modos de dizer que são direcionados para o espaço.
- construção da linguagem nas redes sociais
- "por que hoje na escola não se estuda esses gêneros discursivos?"
- a questão de perguntar para as crianças como pesquisadora: "olhar para nós", como o outro tais questões como pesquisar.
- processo de criação nas redes sociais: apropriação de um genero discursivo (de páginas de marcas)
- a gente sempre cria a partir de algo, as crianças criam dentro de um território que já está demarcado.
- "O que as redes sociais ensinam? Inclusive nesse processo criativo?" - ensinam porque são produtos culturais.
- há uma liberdade, mas também há um encarceramento (em referencia a imagem que a pesquisadora utilizou na pesquisa)
- "Qual é o lugar dos adultos nesse espaço?"
Nélia: Quando a criança começa a usar o espaço com autonomia, o adulto começa o discurso da vulnerabilidade.
ROSÁLIA DUARTE
- repete o que Gama diz sobre a exacerbação da justificativa da metodologia "não precisa de 40 páginas"
- pode cortar um pouco da discussão teórica sobre tecnologia
- porém, é rico o ponto o que as crianças fazem com as tecnologias?
- a história das tecnologias dá uma ideia de evolução> isso é contraditório com o que ela defende. (não sei como a pesquisadora fez isso, mas o que compreendemos é que culturas se interpelam)
- a pesquisadora faz muitas perguntas e isso é muito bom.
- sobre vulnerabilidade: em outros espaços, como é isso? Quando você desmancha o dualismo online x offline, você pode refazer a sua pergunta.
- aponta para formação e comunicação com os pais
- não existe uma resposta para se as crianças sabem ou não se proteger na web, sabem e não sabem
Nélia: acredita que tem diferença entre o online e offline, no caso de usos das crianças no ciberespaço porque a criança pode entrar sozinha.
"Se a criança entrou e quer conversar comigo, eu explico que é uma pesquisa. Seria contraditório se eu fosse falar com os pais. Mas, o que eu faço é o que as empresas fazem, elas falam diretamente com as crianças."
(O debate está grande sobre a METODOLOGIA, algo que a Rosália mesmo citou como algo extenso no trabalho, que foi muito justificado, porém, não suficientemente pelo visto. Percebo agora a importância da metodologia de pesquisa pensada pela Nélia que não se importou com o consentimento dos pais. Ponto que Rosália discorda.)
MARIA LUIZA OSWALD
- Eu sou sua contemporânea no desassossego que esse objeto nos coloca
- destacar o objetivo da pesquisa: pensar a cibercultura como um fenômeno bom
(Infelizmente vou ter que sair... Daqui saio pensando em muitas questões...
Mesmo a escola, muitas vezes, negando a formação no ciberespaço. Mesmo os pais, não dialogarem com seus filhos seus usos nesse espaço. A formação acontece, assim como sempre nas relações com as mídias. O que mais me interessou foi a coragem da pesquisadora e suas metodologias...)
Última atualização: quarta-feira, 21 mai 2014, 17:28